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- Azh'drazzilNecromancia
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Data de inscrição : 28/08/2020
[CM] Sobrevivência para os mortos
Ter Set 01, 2020 10:59 pm
Sumário
Campanha Mestrada pelo narrador @Wonder, os eventos serão disponibilizados de acordo com a progressão do roteiro elaborado.
Ficha do Personagem
Objetivos
1. Conseguir um local em meio ao caótico cenário para descanso de Azh'drazzil e, eventualmente, utilizá-lo como um acampamento ou esconderijo temporário;
2. Subir alguns níveis e masterizar certas habilidades;
3. Desenvolver alguma perícia que tenha a ver com táticas de tomar territórios alheios e defender o seu próprio, bem como os meios necessários para isso (armadilhas e etc).
Objetivos
1. Conseguir um local em meio ao caótico cenário para descanso de Azh'drazzil e, eventualmente, utilizá-lo como um acampamento ou esconderijo temporário;
2. Subir alguns níveis e masterizar certas habilidades;
3. Desenvolver alguma perícia que tenha a ver com táticas de tomar territórios alheios e defender o seu próprio, bem como os meios necessários para isso (armadilhas e etc).
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- Azh'drazzilNecromancia
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Re: [CM] Sobrevivência para os mortos
Qua Set 02, 2020 1:25 am
As nuvens abriram-se, permitindo minha passagem num mergulho sutil. Analogamente, senti quando gotículas de água salpicaram meu crânio e também refrescaram alguns músculos estriados cansados da viagem em minhas asas. Abri a boca, não num ato de rugido, mas como se… como se na tentativa de fazer algo há muito tempo esquecido. Qual era mesmo o nome? Res…
”Respire sempre. Infle seu peito e, então…” — uma voz vagamente familiar num idioma ancestral invadiu meus pensamentos que, durante toda a viagem, haviam se comportado.
Uma cena tomou parte de minha memória assim que meus olhos puderam contemplar melhor o cenário abaixo de minhas asas: em nada parecia como algo que eu me lembrava mas, ainda assim, eu podia sentir fragmentos de lembranças. Diferentemente dos baques recebidos anteriormente na galeria de catedrais, dessa vez foi algo sutil: o pôr-do-sol por cima de cumes montanhosos verdejantes, montanhas com silcos colossais de entrada, chamas aconchegantes e confortáveis, a estranha sensação de… de… comunidade? Um culto? Um ritual? Não… nada disso.
Parecia algo ainda mais antigo do que aquelas memórias sacrificadas. Completamente desconexas, era como se essas mesmas memórias tentassem desesperadamente se segurar em detalhes que compunham aquele ambiente: mas não havia nada familiar.
Bati minhas asas duas vezes antes de assumir uma postura de planar: sobrevoei montes espinhosos, uma terra batida endurecida em castigantes espetos, ossadas que prolongavam-se por longos vales e tomavam proporções enormes entre montanhas pequenas a grandes. Desviei de um espinho pontiagudo à esquerda apenas para ter que realizar uma curva perfeita numa série de estrepes mais adiante, decidindo, portanto, manter meu vôo em maiores altitudes e tentar manter-me longe daquela floresta de estalactites malditas.
— Grrr… — emiti automaticamente um grunhido ao perceber que aquelas memórias se tornavam cada vez mais bagunçadas.
Era como se algo antigo mesmo para o meu subconsciente tentasse me alertar de diversas palavras ao mesmo tempo. Perigo, lar, predadores, chamas… tudo embaralhava-se quanto mais de toda aquela tormenta eu absorvia com minha visão, cada detalhe servia apenas para afundar mais esses pensamentos, castigá-los por serem insistentes até que então… sumissem de vez. Minhas garras dianteiras encontraram uma planície menos castigada por espinhos, longe da floresta de estrepes ao longe, um ambiente favorável para um pouso.
Suspirei profundamente enquanto tentava recuperar-me da fadiga.
— Inspirar e… expirar?
Aquelas palavras tornaram-se completamente longe de qualquer significado. Embora eu tentasse estabelecer os passos a serem seguidos que, de alguma forma, minhas memórias automaticamente impulsionavam-me a fazer — não havia nada lá. Era como se algo faltasse em meu interior. Mas o que? Como? O que está… faltando? Embora eu abra minha boca e sinta o ar chocar-se contra meus afiados dentes, não é como se… eu conseguisse aproveitá-lo como de fato deveria ser.
”Respire sempre. Infle seu peito e, então…” — uma voz vagamente familiar num idioma ancestral invadiu meus pensamentos que, durante toda a viagem, haviam se comportado.
Uma cena tomou parte de minha memória assim que meus olhos puderam contemplar melhor o cenário abaixo de minhas asas: em nada parecia como algo que eu me lembrava mas, ainda assim, eu podia sentir fragmentos de lembranças. Diferentemente dos baques recebidos anteriormente na galeria de catedrais, dessa vez foi algo sutil: o pôr-do-sol por cima de cumes montanhosos verdejantes, montanhas com silcos colossais de entrada, chamas aconchegantes e confortáveis, a estranha sensação de… de… comunidade? Um culto? Um ritual? Não… nada disso.
Parecia algo ainda mais antigo do que aquelas memórias sacrificadas. Completamente desconexas, era como se essas mesmas memórias tentassem desesperadamente se segurar em detalhes que compunham aquele ambiente: mas não havia nada familiar.
Bati minhas asas duas vezes antes de assumir uma postura de planar: sobrevoei montes espinhosos, uma terra batida endurecida em castigantes espetos, ossadas que prolongavam-se por longos vales e tomavam proporções enormes entre montanhas pequenas a grandes. Desviei de um espinho pontiagudo à esquerda apenas para ter que realizar uma curva perfeita numa série de estrepes mais adiante, decidindo, portanto, manter meu vôo em maiores altitudes e tentar manter-me longe daquela floresta de estalactites malditas.
— Grrr… — emiti automaticamente um grunhido ao perceber que aquelas memórias se tornavam cada vez mais bagunçadas.
Era como se algo antigo mesmo para o meu subconsciente tentasse me alertar de diversas palavras ao mesmo tempo. Perigo, lar, predadores, chamas… tudo embaralhava-se quanto mais de toda aquela tormenta eu absorvia com minha visão, cada detalhe servia apenas para afundar mais esses pensamentos, castigá-los por serem insistentes até que então… sumissem de vez. Minhas garras dianteiras encontraram uma planície menos castigada por espinhos, longe da floresta de estrepes ao longe, um ambiente favorável para um pouso.
Suspirei profundamente enquanto tentava recuperar-me da fadiga.
— Inspirar e… expirar?
Aquelas palavras tornaram-se completamente longe de qualquer significado. Embora eu tentasse estabelecer os passos a serem seguidos que, de alguma forma, minhas memórias automaticamente impulsionavam-me a fazer — não havia nada lá. Era como se algo faltasse em meu interior. Mas o que? Como? O que está… faltando? Embora eu abra minha boca e sinta o ar chocar-se contra meus afiados dentes, não é como se… eu conseguisse aproveitá-lo como de fato deveria ser.
- Considerações:
- Como chegou o momento de ser mestrado, agora eu vou narrar em primeira pessoa mesmo;
- Como dito por wpp, algumas memórias de Azh’drazzil são bem invasivas dentro dessa landmark. Uma delas, em particular, é a noção de respiração não apenas para a “sobrevivência” mas algo mais profundo (irei desenvolver melhor depois se me for dada a chance), algo que agora é impossível já que não possui um sistema respiratório;
- Eu gostaria de usar o meu Mapa do Tesouro no sorteio Daqui a fim de sanar aquele meu primeiro objetivo ali em cima: encontrar um acampamento, um lugar pra ser minha “base” (kkkk) por enquanto;
- Considere meu status como os na ficha já atualizada. Estão todos certos lá.
- Como chegou o momento de ser mestrado, agora eu vou narrar em primeira pessoa mesmo;
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- Wonder
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Re: [CM] Sobrevivência para os mortos
Qua Set 02, 2020 4:44 pm
Enquanto Azh'drazzil sobrevoava pela região, algo em sua mente, em sua alma, lhe causava um tipo de coceira, como se uma torrente estivesse tentando libertar-se, ele apenas não sabia como. Imerso em seus próprios pensamentos e sensações, o dragão deixou-se levar, liberando um grunhido e fragmentos de memórias já há muito esquecidas. Um descuido de sua parte? Quem sabe. Ele era um ser de imenso poder, existindo por quase três décadas em um local onde nada lhe causasse uma ameaça. E se não fosse mais o caso?
Como que se em resposta à sua presença, pode ouvir, vindo de longe, um rugido gutural, alto o suficiente para seu som percorrer por quilômetros, poderoso o suficiente para fazer o ar vibrar.
No mesmo instante, o dragão necrótico pode sentir seus músculos retesarem, suas pupilas dilatarem, todos seus sentidos aguçando-se. Um alerta havia sido acionado em sua mente. Era como se uma bomba de adrenalina tivesse explodido em suas veias, mas essas já estavam secas, e não havia mais sangue para percorrê-las.
O que ainda lhe disparava tais sentidos? Instinto ou puro e lógico raciocínio? Quem ele era, afinal? O dragão, o invocador, ou as centenas de almas atormentadas que agora compunham seu cerne?
Agora em alerta, Azh'drazzil pode perceber movimentações de seres dentre os espinhos, espreitando-o, observando-o das sombras. Talvez o estivessem seguindo desde que passara a sobrevoar o local, não havia como saber. Contudo, ao ouvir o rugido que estremecera o ar, o dragão pode observar os vultos seguindo na direção de onde viera o som. Talvez esse fosse um bom momento para despistar o que quer que fosse, ou então segui-los e descobrir o que eram.
De qualquer forma, ainda havia aquela estranha sensação em relação ao lugar, em relação aos espinhos, como se fossem intrusos deformando aquela terra, tornando-a estranha em tudo o que lhe era visível.
Talvez uma olhada no mapa que carregava pudesse clarear sua mente em relação ao lugar. Em uma rápida leitura, será fácil identificar que a direção de onde viera o som - e para onde as criaturas ocultas sob os espinhos foram - sem sombra de dúvidas se tratava de uma enorme formação rochosa, que era representada por uma plana elevação no mapa, à leste. Azh'drazzil não tinha certeza de como, mas sabia que se tratava de um rochedo de estrondosas dimensões, cuja parte superior era perfeitamente plana, como se houvesse sido cortado de maneira perfeita em uma linha horizontal.
Mais ao norte, cumes de montanhas eram representados no mapa. Parecia se tratar de um conjunto de montanhas, nem muito grandes mas tampouco pequenas, dispostas próximas umas das outras de modo a formar uma pequena cordilheira.
Como que se em resposta à sua presença, pode ouvir, vindo de longe, um rugido gutural, alto o suficiente para seu som percorrer por quilômetros, poderoso o suficiente para fazer o ar vibrar.
No mesmo instante, o dragão necrótico pode sentir seus músculos retesarem, suas pupilas dilatarem, todos seus sentidos aguçando-se. Um alerta havia sido acionado em sua mente. Era como se uma bomba de adrenalina tivesse explodido em suas veias, mas essas já estavam secas, e não havia mais sangue para percorrê-las.
O que ainda lhe disparava tais sentidos? Instinto ou puro e lógico raciocínio? Quem ele era, afinal? O dragão, o invocador, ou as centenas de almas atormentadas que agora compunham seu cerne?
Agora em alerta, Azh'drazzil pode perceber movimentações de seres dentre os espinhos, espreitando-o, observando-o das sombras. Talvez o estivessem seguindo desde que passara a sobrevoar o local, não havia como saber. Contudo, ao ouvir o rugido que estremecera o ar, o dragão pode observar os vultos seguindo na direção de onde viera o som. Talvez esse fosse um bom momento para despistar o que quer que fosse, ou então segui-los e descobrir o que eram.
De qualquer forma, ainda havia aquela estranha sensação em relação ao lugar, em relação aos espinhos, como se fossem intrusos deformando aquela terra, tornando-a estranha em tudo o que lhe era visível.
Talvez uma olhada no mapa que carregava pudesse clarear sua mente em relação ao lugar. Em uma rápida leitura, será fácil identificar que a direção de onde viera o som - e para onde as criaturas ocultas sob os espinhos foram - sem sombra de dúvidas se tratava de uma enorme formação rochosa, que era representada por uma plana elevação no mapa, à leste. Azh'drazzil não tinha certeza de como, mas sabia que se tratava de um rochedo de estrondosas dimensões, cuja parte superior era perfeitamente plana, como se houvesse sido cortado de maneira perfeita em uma linha horizontal.
Mais ao norte, cumes de montanhas eram representados no mapa. Parecia se tratar de um conjunto de montanhas, nem muito grandes mas tampouco pequenas, dispostas próximas umas das outras de modo a formar uma pequena cordilheira.
- considerações:
- Bem, essa é a primeira, espero que esteja boa o suficiente. Sinta-se livre pra fazer qualquer apontamento que tiver para me ajudar a melhorar, será muito bem vindo. Se ela, como um todo, não estiver boa ou eu tiver feito algo que não deveria, por favor me explique e me diga como posso melhorar pra apresentar um trabalho de mais qualidade na próxima, ok? Seja como for, eu espero que aproveite. ;3
- Azh'drazzilNecromancia
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Re: [CM] Sobrevivência para os mortos
Qua Set 02, 2020 8:39 pm
Meus instintos afloraram-se no mesmo instante. Um mar inteiro de memórias invadiu meu consciente, transbordando-me com nomes, bem como histórias contadas num idioma extremamente antigo e particular. O rugido, juntamente dos vultos avistados nos espinhos, traziam-me sensações desconfortáveis: não era algo como medo, mas sim… algo estranho. Um sentimento inquieto de desolação: de estar perdido, de ter deixado de fazer algo, quase como se aquela memória invasiva se ramificasse por entre sentimentos das almas humanas que compunham meu núcleo.
Bufei.
E, de um minuto para o outro, foi como se todo aquele mar de pensamentos invasivos tivesse evaporado. Contive-os como deveriam se manter e, mantendo minha visão no horizonte, reconheci não apenas o lugar para onde as sombras batiam em retirada — que inclusive era o mesmo ponto de origem do rugido —, mas também uma série de montanhas espinhentas mais ao longe, como se formassem uma pequena cordilheira em meio ao ambiente. Dentre as opções disponíveis, após ter permanecido parado a fim de recuperar um pouco de meu fôlego, ergui-me no ar com minhas asas novamente.
Farfalhei-as uma ou duas vezes antes de planar em direção à região do aglomerado de pequenas montanhas. Esperava que, de certa forma, lá eu poderia encontrar um lugar em que pudesse me estabelecer por algum tempo. Além da viagem realizada, o local desbravado era como uma provação a todo o instante: embora eu não consiga ler os detalhes, eu sei que eles estão tão próximos que, se tivessem dentes ou presas, eu já teria sido dilacerado. Reorganizar os pensamentos e conseguir abastecer-me para após realizar uma análise ampla da localidade talvez seja a escolha mais sensata.
Ainda que aquele meu instinto de antes diga o contrário.
Bufei.
E, de um minuto para o outro, foi como se todo aquele mar de pensamentos invasivos tivesse evaporado. Contive-os como deveriam se manter e, mantendo minha visão no horizonte, reconheci não apenas o lugar para onde as sombras batiam em retirada — que inclusive era o mesmo ponto de origem do rugido —, mas também uma série de montanhas espinhentas mais ao longe, como se formassem uma pequena cordilheira em meio ao ambiente. Dentre as opções disponíveis, após ter permanecido parado a fim de recuperar um pouco de meu fôlego, ergui-me no ar com minhas asas novamente.
Farfalhei-as uma ou duas vezes antes de planar em direção à região do aglomerado de pequenas montanhas. Esperava que, de certa forma, lá eu poderia encontrar um lugar em que pudesse me estabelecer por algum tempo. Além da viagem realizada, o local desbravado era como uma provação a todo o instante: embora eu não consiga ler os detalhes, eu sei que eles estão tão próximos que, se tivessem dentes ou presas, eu já teria sido dilacerado. Reorganizar os pensamentos e conseguir abastecer-me para após realizar uma análise ampla da localidade talvez seja a escolha mais sensata.
Ainda que aquele meu instinto de antes diga o contrário.
Leoster, Emme e Wonder gostam desta mensagem