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Azh'drazzil
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[CM] Sobrevivência para os mortos Empty [CM] Sobrevivência para os mortos

Ter Set 01, 2020 10:59 pm
Sumário
Campanha Mestrada pelo narrador @Wonder, os eventos serão disponibilizados de acordo com a progressão do roteiro elaborado.

Ficha do Personagem

Objetivos

1. Conseguir um local em meio ao caótico cenário para descanso de Azh'drazzil e, eventualmente, utilizá-lo como um acampamento ou esconderijo temporário;

2. Subir alguns níveis e masterizar certas habilidades;

3. Desenvolver alguma perícia que tenha a ver com táticas de tomar territórios alheios e defender o seu próprio, bem como os meios necessários para isso (armadilhas e etc).


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Azh'drazzil
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[CM] Sobrevivência para os mortos Empty Re: [CM] Sobrevivência para os mortos

Qua Set 02, 2020 1:25 am
[CM] Sobrevivência para os mortos Capitulo-2

As nuvens abriram-se, permitindo minha passagem num mergulho sutil. Analogamente, senti quando gotículas de água salpicaram meu crânio e também refrescaram alguns músculos estriados cansados da viagem em minhas asas. Abri a boca, não num ato de rugido, mas como se… como se na tentativa de fazer algo há muito tempo esquecido. Qual era mesmo o nome? Res…

”Respire sempre. Infle seu peito e, então…” — uma voz vagamente familiar num idioma ancestral invadiu meus pensamentos que, durante toda a viagem, haviam se comportado.

Uma cena tomou parte de minha memória assim que meus olhos puderam contemplar melhor o cenário abaixo de minhas asas: em nada parecia como algo que eu me lembrava mas, ainda assim, eu podia sentir fragmentos de lembranças. Diferentemente dos baques recebidos anteriormente na galeria de catedrais, dessa vez foi algo sutil: o pôr-do-sol por cima de cumes montanhosos verdejantes, montanhas com silcos colossais de entrada, chamas aconchegantes e confortáveis, a estranha sensação de… de… comunidade? Um culto? Um ritual? Não… nada disso.

Parecia algo ainda mais antigo do que aquelas memórias sacrificadas. Completamente desconexas, era como se essas mesmas memórias tentassem desesperadamente se segurar em detalhes que compunham aquele ambiente: mas não havia nada familiar.

Bati minhas asas duas vezes antes de assumir uma postura de planar: sobrevoei montes espinhosos, uma terra batida endurecida em castigantes espetos, ossadas que prolongavam-se por longos vales e tomavam proporções enormes entre montanhas pequenas a grandes. Desviei de um espinho pontiagudo à esquerda apenas para ter que realizar uma curva perfeita numa série de estrepes mais adiante, decidindo, portanto, manter meu vôo em maiores altitudes e tentar manter-me longe daquela floresta de estalactites malditas.

— Grrr… — emiti automaticamente um grunhido ao perceber que aquelas memórias se tornavam cada vez mais bagunçadas.

Era como se algo antigo mesmo para o meu subconsciente tentasse me alertar de diversas palavras ao mesmo tempo. Perigo, lar, predadores, chamas… tudo embaralhava-se quanto mais de toda aquela tormenta eu absorvia com minha visão, cada detalhe servia apenas para afundar mais esses pensamentos, castigá-los por serem insistentes até que então… sumissem de vez. Minhas garras dianteiras encontraram uma planície menos castigada por espinhos, longe da floresta de estrepes ao longe, um ambiente favorável para um pouso.

Suspirei profundamente enquanto tentava recuperar-me da fadiga.

— Inspirar e… expirar?

Aquelas palavras tornaram-se completamente longe de qualquer significado. Embora eu tentasse estabelecer os passos a serem seguidos que, de alguma forma, minhas memórias automaticamente impulsionavam-me a fazer — não havia nada lá. Era como se algo faltasse em meu interior. Mas o que? Como? O que está… faltando? Embora eu abra minha boca e sinta o ar chocar-se contra meus afiados dentes, não é como se… eu conseguisse aproveitá-lo como de fato deveria ser.

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Wonder
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[CM] Sobrevivência para os mortos Empty Re: [CM] Sobrevivência para os mortos

Qua Set 02, 2020 4:44 pm

Enquanto Azh'drazzil sobrevoava pela região, algo em sua mente, em sua alma, lhe causava um tipo de coceira, como se uma torrente estivesse tentando libertar-se, ele apenas não sabia como. Imerso em seus próprios pensamentos e sensações, o dragão deixou-se levar, liberando um grunhido e fragmentos de memórias já há muito esquecidas. Um descuido de sua parte? Quem sabe. Ele era um ser de imenso poder, existindo por quase três décadas em um local onde nada lhe causasse uma ameaça. E se não fosse mais o caso?

Como que se em resposta à sua presença, pode ouvir, vindo de longe, um rugido gutural, alto o suficiente para seu som percorrer por quilômetros, poderoso o suficiente para fazer o ar vibrar.

No mesmo instante, o dragão necrótico pode sentir seus músculos retesarem, suas pupilas dilatarem, todos seus sentidos aguçando-se. Um alerta havia sido acionado em sua mente. Era como se uma bomba de adrenalina tivesse explodido em suas veias, mas essas já estavam secas, e não havia mais sangue para percorrê-las.

O que ainda lhe disparava tais sentidos? Instinto ou puro e lógico raciocínio? Quem ele era, afinal? O dragão, o invocador, ou as centenas de almas atormentadas que agora compunham seu cerne?

Agora em alerta, Azh'drazzil pode perceber movimentações de seres dentre os espinhos, espreitando-o, observando-o das sombras. Talvez o estivessem seguindo desde que passara a sobrevoar o local, não havia como saber. Contudo, ao ouvir o rugido que estremecera o ar, o dragão pode observar os vultos seguindo na direção de onde viera o som. Talvez esse fosse um bom momento para despistar o que quer que fosse, ou então segui-los e descobrir o que eram.

De qualquer forma, ainda havia aquela estranha sensação em relação ao lugar, em relação aos espinhos, como se fossem intrusos deformando aquela terra, tornando-a estranha em tudo o que lhe era visível.

Talvez uma olhada no mapa que carregava pudesse clarear sua mente em relação ao lugar. Em uma rápida leitura, será fácil identificar que a direção de onde viera o som - e para onde as criaturas ocultas sob os espinhos foram - sem sombra de dúvidas se tratava de uma enorme formação rochosa, que era representada por uma plana elevação no mapa, à leste. Azh'drazzil não tinha certeza de como, mas sabia que se tratava de um rochedo de estrondosas dimensões, cuja parte superior era perfeitamente plana, como se houvesse sido cortado de maneira perfeita em uma linha horizontal.

Mais ao norte, cumes de montanhas eram representados no mapa. Parecia se tratar de um conjunto de montanhas, nem muito grandes mas tampouco pequenas, dispostas próximas umas das outras de modo a formar uma pequena cordilheira.

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Azh'drazzil
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[CM] Sobrevivência para os mortos Empty Re: [CM] Sobrevivência para os mortos

Qua Set 02, 2020 8:39 pm

Meus instintos afloraram-se no mesmo instante. Um mar inteiro de memórias invadiu meu consciente, transbordando-me com nomes, bem como histórias contadas num idioma extremamente antigo e particular. O rugido, juntamente dos vultos avistados nos espinhos, traziam-me sensações desconfortáveis: não era algo como medo, mas sim… algo estranho. Um sentimento inquieto de desolação: de estar perdido, de ter deixado de fazer algo, quase como se aquela memória invasiva se ramificasse por entre sentimentos das almas humanas que compunham meu núcleo.

Bufei.

E, de um minuto para o outro, foi como se todo aquele mar de pensamentos invasivos tivesse evaporado. Contive-os como deveriam se manter e, mantendo minha visão no horizonte, reconheci não apenas o lugar para onde as sombras batiam em retirada — que inclusive era o mesmo ponto de origem do rugido —, mas também uma série de montanhas espinhentas mais ao longe, como se formassem uma pequena cordilheira em meio ao ambiente. Dentre as opções disponíveis, após ter permanecido parado a fim de recuperar um pouco de meu fôlego, ergui-me no ar com minhas asas novamente.

Farfalhei-as uma ou duas vezes antes de planar em direção à região do aglomerado de pequenas montanhas. Esperava que, de certa forma, lá eu poderia encontrar um lugar em que pudesse me estabelecer por algum tempo. Além da viagem realizada, o local desbravado era como uma provação a todo o instante: embora eu não consiga ler os detalhes, eu sei que eles estão tão próximos que, se tivessem dentes ou presas, eu já teria sido dilacerado. Reorganizar os pensamentos e conseguir abastecer-me para após realizar uma análise ampla da localidade talvez seja a escolha mais sensata.

Ainda que aquele meu instinto de antes diga o contrário.





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[CM] Sobrevivência para os mortos Empty Re: [CM] Sobrevivência para os mortos

Sex Set 04, 2020 1:10 am

Uma torrente de fragmentos de memórias confusas e desorganizadas invadia sua mente. Apesar de não ser capaz de, no momento, coloca-los em ordem, de modo a dar sentido àquilo que lhe estava incomodando em relação àquela paisagem desolada, fora o suficiente para localizar uma cordilheira onde poderia abrigar-se.

Ao se aproximar do aglomerado de montanhas, pode perceber que eram altas o suficiente para seus cumes sobrepujarem até o mais alto dos espinhos, o que lhe deixaria suficientemente acima do que quer que o espreitava até poucos momentos.

Outra coisa que pode ser percebida por Azh'drazzil foi o fato de as montanhas parecerem de alguma forma conectadas, como se formassem uma coisa só. De fato, ainda que seus cumes formassem elevações distintas, suas bases eram uma coisa só, formando um gigantesco complexo rochoso. Em um olhar mais atento, era como se caminhos houvessem sido trilhados por entre as montanhas, gastos até serem fixados. Ao longo destes, uma caverna podia ser avistada.

Contudo, havia um único problema: a dita caverna não estava por inteiro abandonada. Ainda que o dragão não tivesse visibilidade, ao aproximar-se pode sentir o cheiro e ouvir os ruídos de rocha sendo triturada. Tão logo quanto tocara suas garras ósseas no solo já estava novamente levantando voo, esquivando-se do bote da criatura que estava à sua espera.

[CM] Sobrevivência para os mortos 636252769846436684Trava-se de um verme gigante, criaturas conhecidas por viverem em locais inóspitos, escondendo-se no solo ou em cavernas, em busca de presas que pudessem pegar desprevenidas. Havia perdido o elemento surpresa contra o dragão, mas dada a forma como arreganhava suas mandíbulas, não desistiria assim tão facilmente de sua presa.

A criatura não parecia ser das mais espertas, tampouco das mais poderosas. De fato, ela parecia, aos olhos do dragão, um ser faminto, desesperado por alimento.

Giant Worm Lv02 HP (90/90)


Lv02 (50/200)
HP (265/362)
MANA (85/125)
ST (65/125)




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Azh'drazzil
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[CM] Sobrevivência para os mortos Empty Re: [CM] Sobrevivência para os mortos

Dom Set 06, 2020 7:38 pm

A criatura abaixo de mim rompeu o solo com facilidade, erguendo-se no exato instante em que meus sentidos disseram-me para recuar. Bufei. Ela era maior do que qualquer lich que eu havia enfrentado anteriormente em Netheria: sua couraça não parecia a das mais fáceis de ser perfurada e, além do mais, os dentes eram afiados como adagas em sua boca. Mantive certa distância do verme enquanto batia minhas asas mantendo-me no ar: talvez não fosse o melhor momento para pousar, afinal.

De alguma forma, sua aparência destoava de lembranças abissais acerca daquele lugar. Em meu cerne, tentei despistar tais reflexões conforme mantinha-me no ar, mas o bafo ardiloso da fera serpenteada fez-me voltar à realidade antes que pudesse dar o bote e prender-me com tais dentes. Movimentei minhas garras ósseas em sua direção e, fazendo com que a mana fluísse por todos os meus ossos, convergi energia o suficiente para que pudesse sugar a energia vital da criatura, contemplando-a em uma esfera responsável por representar um fragmento de sua alma que ficaria rodeando-me.

— Criatura insolente… — novamente, aquelas palavras vieram em minha mente.

”Inspire e expire.”

Mas nada ocorreu.

Assim sendo, lançaria uma segunda investida daquela mesma habilidade de antes que era executada quase que no automático: mesmo sem saber de fato suas explicações mais profundas, eu sabia como fazê-la exercer meu poder sobre um inimigo desde que estive trancafiado naquela foice como ídolo de santuário. Com isso, permaneceria a uma distância segura do verme, mantendo-me no ar e atentando-me à fadiga que, lentamente, fazia sua aparição…

HB Utilizada:





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[CM] Sobrevivência para os mortos Empty Re: [CM] Sobrevivência para os mortos

Ter Set 08, 2020 9:23 pm

Azh'drazzil quase fora pego de surpresa pela investida do verme gigante, mas seus sentidos o permitiram agir tão rápido quanto necessário. Com um balançar de suas asas, esquivou-se com maestria do bote do atacante, conseguindo uma abertura para cravar em sua carne suas garras imbuídas na mana de seu movimento especial, ferindo não apenas seu corpo físico, mas também sua alma, absorvendo parte dessa, que passou a orbitar o dragão, preguiçosamente.

A criatura, apesar de tola, ainda assim era uma caçadora natural e não desistiria tão facilmente de sua presa, tampouco de sua vida. Aproveitando-se da proximidade do necrótico, deu um novo bote, prendendo a perna pútrida do dragão em sua forte mandíbula. Se ele ainda era ou não capaz de sentir dor, pouco importava. O verme havia traçado seu destino no instante em que cruzara o caminho com a presa errada.

Com a proximidade, Azh'drazzil cravou profundamente suas garras e dentes no verme, terminando por absorver o que restava de sua alma. A criatura, sentindo sua vida se esvair perante o poder do adversário, soltou um último e estridente lamento, ecoando sua voz pela caverna ao lado, antes de cair inerte ao solo.

Momentaneamente aturdido pelo estridente lamento, Azh'drazzil dessa vez não teve tempo de reação suficiente para esquivar-se do que estava por vir. Ao ouvir o lamento de um de seus companheiros - ou apenas em busca de alimento fresco - outros dois vermes gigantes surgiram do solo, rachando a rocha por onde cavavam seu caminho. O dragão até tentou afastar-se à tempo, mas as criaturas ganharam a vantagem graças ao movimento final de seu companheiro caído. Um dos vermes rapidamente avançou, abocanhando-o pelo rabo e prendendo-o com força, impedindo-o de tomar uma distância segura, enquanto o outro espirrou, do fundo de sua garganta, um jato de um líquido verde e viscoso.

O veneno, ainda que queimasse levemente a parte superiora dos músculos do dragão cadavérico, pouco lhe afetava além disso, afinal sequer havia sangue em suas veias ou terminações nervosas ativas em seu organismo para serem atingidas pela toxina. Em contrapartida, Azh'drazzil permanecia prezo pelo rabo, agora em um embate contra dois vermes levemente maiores que aquele que ele acabara de abater.


G. Worm 1 Lv2 HP (00/90)
G. Worm 2 Lv3 HP (110/110)
G. Worm 3 Lv3 HP (110/110)


Lv02 (100/200)
HP (210/362)
MANA (55/125)
ST (50/125)


Almas: [CM] Sobrevivência para os mortos Green-Magic-Forcefield[CM] Sobrevivência para os mortos Green-Magic-Forcefield



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[CM] Sobrevivência para os mortos Empty Re: [CM] Sobrevivência para os mortos

Ter Set 08, 2020 11:20 pm

Insolentes!

Senti a raiva borbulhar em cada centímetro de minha estrutura óssea conforme brandia um rugido puramente carregado de ódio. Como podiam? Seres tão inúteis sem sequer a capacidade de pensar além de instintos básicos como suprir a própria fome ou esconderem-se de predadores maiores. Bufei conforme abria minhas asas, tentando de alguma forma soltar-me daquele destino energúmeno, contudo, não obtive resultado algum: voltei à estaca zero conforme o ácido expelido pela criatura anteriormente lembrava-me da sensação de dor.

— VOCÊS IRÃO SE ARREPENDER! — Bradei antes dos meus sentidos abandonarem-me.

Uma visão interceptou qualquer pensamento que estivesse conduzindo minha mente no momento.

Era um tempo de pura prosperidade. Os ventos dançavam sob o orvalho do dia ao longo do verdejante gramado disposto na extensão dos montes intermináveis. Senti a estranha sensação de conquista pela primeira vez assim que alcei vôo: um pouco turbulento mas, ainda assim, era um vôo. De certa forma, enchi-me de um sentimento excêntrico quando percebi ganhar altitude: tudo abaixo tornava-se tão pequeno debaixo de minha figura… tão… único. Contudo, de maneira abrupta, a visão deu espaço a um lugar completamente devastado: ossos surgiam como se nascessem do próprio solo, denotando esqueletos de criaturas que, de alguma forma, geravam sensação de familiaridade e comoviam-me.

A morte trilhou o seu caminho sobre os degraus de minha existência. Tudo o que aquelas sensações proviam-me agora eram apenas lembranças laceradas em pedaços generosos construídos numa armadilha irresistível. Como uma presa é atraída para a boca de seu predador, o sentimento emantava-me como novas asas, novos músculos e ossos: a existência por detrás de estar morto não trazia nada além de um vazio insaciável.

Mas talvez eles ainda estivessem pela área… talvez… talvez… houvesse alguma forma?

— LEVANTEM-SE E SIRVAM-ME!

Com a frase tendo sido verbalizada, quase que como se tivesse certeza do que estava fazendo, manipularia uma daquelas orbes fantasmagóricas mergulhando-a no próprio terreno. Como quem adiciona ingredientes para algo ainda maior, minha intenção seria erguer uma pequena fração da minha própria vontade por debaixo de um véu esquelético fragmentado da alma daquele próprio verme antes derrotado. Estabeleceria um controle mental de maneira sutil: ordens que, na realidade, ramificavam-se de minhas intenções enquanto inspirado pelo calor do combate.

Tendo sucesso ou não em minha invocação, seguiria focando-me no verme que tomava conta de minha cauda.

Por intermédio do contato estabelecido, faria uso de uma segunda habilidade a fim de drenar sua energia vital pelo contato e armazenar mais uma daqueles fragmentos ao outro que restava ao meu redor. Mas não era apenas isso em que minha investida encontrava-se pautada: uma vez que seus dentes encontrassem-se fincados em minha cauda, tal fato seria convertido a uma ponte para o trunfo que eu pretendia realizar — a intenção era que o servo de ossos invocado, durante esse meio tempo, tivesse conseguido uma facilitada passagem pelo meu corpo e seguisse via oral para o interior do mesmo verme, atingindo-o pelo interior e não pelo exterior.

Após isso, seria prudente manter-me no mesmo lugar de antes sem muitas movimentações: alçar vôo apenas traria mais fadiga enquanto insistir em mais habilidades esgotaria minha reserva de mana.  

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Sáb Set 12, 2020 8:53 pm

A fúria irrompeu do dragão, ondas de raiva quase visíveis em seu rugir. Lembranças de um passado distante, de uma vida que já não mais lhe pertencia, fluíram através de sua alma, seu cerne. O voo, a grama, os ventos. Até mesmo memórias de centenas e centenas de cascas de ovos de outros filhotes de dragões, espalhadas por gerações sobre a maior e mais alta de todas as montanhas da região, o local mais seguro para aqueles que eram os reis do céu.

Contudo, toda uma história ardeu e foi consumida pelo esquecimento. Como ousaram era o único pensamento que poderia perpassar pela mende do dragão, mas um pensamento incoerente, nada mais que um apenas fragmento de um sentimento passado, talvez o que acompanhara os últimos batimentos de seu coração agora apodrecido. Seus flashes de lembranças eram confusos, fragmentados e irregulares, não lhe sendo ainda possível decifrar a sequência de tempo ou, por vezes, até a conclusão sobre eventos que lhe perpassavam.

Levantem-se e sirvam-me. Ao seu comando, o fragmento de vida que havia sido roubada do verme abatido foi convertido em algo que era menos que um ser, mas mais do que um simples escravo: uma extensão da própria consciência e vontade de Azh'drazzil. Como tal, fora fácil conduzir tal existência através de seu próprio corpo, diretamente pela bocarra do verme que prendia seu rabo. A criatura sequer entendeu o que acontecera, enquanto era dilacerada internamente ao mesmo tempo em que o dragão sugava suas últimas forças, tal qual como seu semelhante anterior.

Azh'drazzil sentiu quando seu rabo fora liberado da mandíbula do verme, agora caído morto ao solo. Ou, pelo menos, era isso que indicavam aquelas massas de carne dilaceradas. Em meio aos fragmentos, ainda resistira o servo recém invocado. Apesar de bastante danificado - provavelmente pela acidez contida no interior do verme - talvez ele ainda fosse de algum uso.

Restava agora apenas um dos vermes. Caso fosse provida de algum intelecto mais avançado, talvez tentasse fugir, ao ver dois de seus iguais caídos. Ou, talvez, ele apenas sabia que não seria capaz de escapar à fúria do dragão, se este quisesse caçá-lo, mesmo que ele tentasse se esconder por entre as rochas. Fosse o que fosse, a criatura preparava-se para mais um bote, mirando agora o pescoço do dragão, região onde localizava-se, em criaturas vivas, uma veia por onde passava um enorme fluxo sanguíneo.

G. Worm 1 Lv2 HP (00/90)
G. Worm 2 Lv3 HP (00/110)
G. Worm 3 Lv3 HP (110/110)


Lv02 (170/200)
HP (210/362)
MANA (15/125)
ST (47/125)


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Qua Set 16, 2020 10:42 pm

O êxtase preencheu meu interior assim que observei um dos inimigos ser completamente dilacerado. Uma vaga lembrança do que era sorrir perpassou meus pensamentos no momento e, então, novamente encontrei a paz naquela vida extraída. Observei o construto de ossos imbuído da minha própria vontade levantar-se para uma segunda ordem enquanto o oponente restante não parecia conseguir raciocinar entre o momento perfeito para debandar e continuar seguindo seus instintos primitivos que guiavam-no até o fim de seus dias. Concentrando-me mais profundamente, sentia uma espécie de fio de mana ligando o servo a mim, como se tivesse consumindo meu reservatório de vitalidade mágica pouco a pouco.

Que… interessante.

Senti meus sentidos por um único instante parecerem afetados por… algo. Percebi que, lentamente, aquele mesmo brilho verde fosco que encobria-me não encontrava-se tão forte. Um fiapo de memória entre as centenas embaraçadas que compunham meu ser deslizou por uma brecha de sanidade me trazendo um conhecimento que até então eu não havia explorado tão a fundo. Observei o verme levantar-se vindo em minha direção num bote contra meu pescoço e, com uma ordem severa, seria o momento perfeito para que então o construto de ossos de espécies distintas se lançasse para seu interior por aquela mesma abertura. Por sua vontade já tendo sido imbuída à minha ou uma ordem direta, não era o importante.

O que de fato eu queria era um único momento. Segui o que meu instintos diziam e busquei, por entre os ossos de minha caixa torácica, um vidro dentro de um estriado muscular necrosado. Com um toque de garras, rompi o objeto e senti seu líquido vir de encontro à minha palma numa coloração azul, logo após evanescendo numa espécie de fino lençol de mesma cor conduzindo-se ao longo de meus ossos com a única função de restaurar minha mana. No fim daquele passo, senti como a minha luz natural esverdeada aos poucos lutava para se manter viva, como o núcleo de almas que mantinha todos os ossos agindo num conjunto em um organismo necrótico que não depende de funções fisiológicas comuns.

— Era só o que eu precisava: de um momento — logo após, convergi parte daquela mana ganha em minha mão novamente.

Apontando a garra em direção à criatura, seguiria com uma canalização daquela mesma habilidade de antes.

HB Utilizada - 15 de Mana:

HB Ativa - 5 de Mana:

Item Utilizado:





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