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Sáb Out 31, 2020 9:34 pm
Relembrando a primeira mensagem :

[CL] Seis Faunos e Um Lich - Página 2 QZbyFMA
SUMÁRIO


Quest Média
Pelo Trono de Avareza — I

Descrição: Cruze a Garganta do Desespero em grupo, fazendo parte dos enviados de Avareza para a missão em específico. Após ter passado pelo caminho, desempenhe a função de auxiliar os faunos a entregar o símbolo do selamento do acordo com as Cripta Profanas e faça todo o necessário para que a estratégica movimentação seja bem sucedida. Existem poucos conhecimentos a respeito do que o aguarda em seu caminho, mas talvez possa utilizar do novo acessório obtido para ir atrás de saberes entre a infinidade caótica de Charissa. Uma vez preparado, deve-se reunir com os demais faunos e seguir em direção ao destino citado. Luvwieq e Strenmyr serão os líderes.
Recompensas: 100 de XP — Baú Médio  — Ouro a ser definido na conclusão

OBJETIVOS PRINCIPAIS

  1. Chegar às Criptas Profanas sem baixas;
  2. Aprofundar a relação com os Faunos Cinzentos;
  3. Analisar o uso da gama atual de skills em combate.

OBJETIVOS SECUNDÁRIOS

  • Encontrar algum item útil ao personagem;
  • Desenvolver as capacidades dos Faunos.

Faunos Cinzentos:

chansudesu
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Sáb Dez 12, 2020 11:18 pm
[CL] Seis Faunos e Um Lich - Página 2 QZbyFMA


O momento foi  inteiramente focado para que o plano seguisse nos trilhos. Vhraz’akan junto de Luvwieq mestraram os demais com posicionamentos e táticas que viriam a impactar uma vez em meio à batalha. Strenmyr e Niqemae preparavam-se atrás de grandes estruturas rochosas conforme o restante se locomovia em meio ao ambiente para posições vantajosas — Ythar escolheu um ponto na muralha esquerda do vale em que podia ficar sobre uma rocha saliente. Burmahk e Zhonyee guardavam Luvwieq que encontrava-se distante dos demais.

E no centro, havia Vhraz’akan, além de um frasco, que foi aberto.



O líquido, anteriormente vermelho, elevou em sua escala cromática, aproximando-se do tom púrpuro-violeta rapidamente conforme o forte odor indesejável subiu pelas narinas decrépitas do necromante. O sangue do meio carnhast, em contato com o oxigênio, começou a tornar-se cada vez mais mutável dentro do vidro — borbulhando e espirrando conforme nada além disso ocorria. Foi então que, do alto, em um ponto às cegas, Ythar foi o primeiro que sentiu a atmosfera ser atingida por algo que ia muito além de uma pequena corrente de ar. Uma flecha escapou de sua aljava com a força do vento, servindo como um prelúdio de tudo que estava por vir.

Niqemae e Strenmyr seguraram-se nas pilastras pétreas enquanto Zhonyee e Luvwieq eram abrigados pelos enormes braços de um Burmahk já cicatrizado no chão.

O último a sentir algo foi  Vhraz’akan, isso pelo fato de, nesse exato instante, ter-se tornado o olho da tormenta — tudo ao seu redor ruía, rachaduras ligavam-se a pontos extremos entre ossos e cavidades rochosas à medida em que um som terrível fazia com que o grupo de faunos levasse suas mãos aos ouvidos. Um grito. Um lamúrio. Algo agonizante, que fez até mesmo o próprio capuz do necromante levantar-se com o farfalhar de vento junto da aura pressurizadora que aproximava-se.

O morto-vivo sentiu que não estava lidando com algo tão fraco. Sentiu o perigo aproximar-se de maneira voraz — como se rompesse tudo que estava em seu caminho apenas para matá-lo uma segunda vez. E justamente por conta de já ter presenciado a morte que o lich percebeu que estava lidando com o seu arauto.

— Vhraz’akan, o solo — Luvwieq segurou seu cajado de galhos negros retorcidos cujo tocava o chão.

Uma rachadura abriu-se abaixo dos pés do morto-vivo conforme uma leva de mãos decrépitas e translúcidas surgiram para puxar seu calcanhar. Duas flechas robustas e pesadas de Ythar zuniram cortando os ventos antes de atingirem em cheio uma parte de seu capuz solto e carregarem-no para longe dali — um reposicionamento perfeito por parte do arqueiro mascarado. O necromante cravou-se pela roupa contra um enorme osso que surgia do solo a alguns pés de altura, mas era apenas questão de tempo para que conseguisse se soltar.

A figura surgiu entre as mãos que foram empurrando-o para a superfície com uma aura extremamente pesada. O morto-vivo podia palpar o seu poder. Uma máscara extremamente albina contrastava com todo o restante de seu corpo pútrido, com ainda alguns insetos e vermes que alimentavam-se de sua carne necrosada. Embora não houvesse mãos e muito menos uma parte inferior de seu corpo abaixo da cintura, haviam diversas dessas apontando seus dedos para Vhraz’akan conforme ainda manipulavam o corpo da criatura para o terreno. A fenda no solo manteve-se aberta por apenas alguns instantes antes de fechar — Luvwieq arregalou seus olhos ao perceber que havia algo de estranho ali. Vhraz’akan soube que envolvia necromancia.

[CL] Seis Faunos e Um Lich - Página 2 Asad

— Eu sinto seu sangue… mestre… — levantou o braço esquerdo e uma de suas mãos translúcidas apontaram para Vhraz’akan.

O frasco ainda tinha o líquido pela metade.

A aura ao redor da criatura era tão massiva que mesmo Niqemae e Strenmyr hesitaram no momento que deveriam ter atacado. Algo parecia errado a respeito de como deveriam iniciar o confronto, como se se aproximar do oponente fosse algo muito… perigoso. A máscara da criatura um pouco elevada revelava seus lábios rasgados e ainda com parte de sangue seco sobre alguns vermes que transitavam entre seus dentes. Um sorriso abriu-se de maneira espontânea assim que o ser fez menção de aproximar-se de Vhraz’akan rastejando-se conforme o pilar de mãos abaixo de si que surgiam do próprio solo locomoviam-no adiante.

— Nem mais um passo — foi o som da voz de Strenmyr que ecoou como um trovão naquele instante.

Seu martelo girou no ar duas vezes antes de ser empunhado novamente e descer em direção à criatura. Mais atrás, Niqemae descia da protuberância rochosa que havia escalado, desenhando uma linha vertical no ar com seu porrete buscando atingir as costas do ser. Contudo, a criatura sequer precisou observá-los — em um piscar de olhos, fechou seus braços em uma guarda e fez com que uma ramificação de mãos fantasmagóricas brotassem daquelas que carregavam-no adiante, indo debaixo para cima e bloqueando ambos os ataques. Os objetos foram parados ainda no ar, mantendo ambos os atacantes erguidos.

— Tenho um pressentimento ruim… — Vhraz’akan distinguiu o murmuro de Luvwieq mesmo ao longe. — A forma como ele surgiu. Ele não rompeu o solo.

Lentamente, algumas mãos desviaram-se do seu curso naquela estrutura feita para segurar os itens e locomoveram-se em direção aos pés dos faunos erguidos. Vhraz’akan notou uma sede abrir-se naquela tentativa. Uma flecha ígnea rompeu os ares e atingiu diretamente a criatura nas costas — as chamas lamberam a carne decrépita e mataram parte dos vermes da região conforme sacudiam-se e seguiam adiante para seus ombros. Ythar ao longe preparava mais um pouco daquele frasco líquido que Zhonyee havia usado para trazer vida à fogueira, provavelmente para disparar uma saraivada contra aquele que enfrentavam.

— Você gosta de como eu estou agora? Fiz tudo isso para agradá-lo — o som de sua voz era extremamente mórbido, carregando um tom profundo de tristeza.

As chamas em suas costas causaram algumas poucas queimaduras antes de serem apagadas por mãos que surgiram para tal. Burmahk manteve-se atento cobrindo Luvwieq e garantindo sua defesa. O de idade mais avançada, por outro lado, mantinha-se apenas observando-se o desenrolar da batalha — trazendo algumas análises ao seu raciocínio, tentando encontrar padrões no ataque do oponente. Zhonyee, por outro lado, parecia mais nervosa do que o comum — de repente, a corneta em suas mãos parecia ter aproximado-se ainda mais de seus lábios em mãos trêmulas, mas nenhum som havia sido emitido. De longe, o morto-vivo percebeu que o idoso parecia conversar com a jovem.

O oponente permanecia em sua realidade paralela de raciocínio.

— Seu merda! — Niqemae conseguiu soltar-se, descendo com um rodopio e atingindo as mãos que também aproximaram-se para agarrar os pés de Strenmyr que estava próximo de se liberar. Ambos caíram no solo e recuaram alguns passos.

O fauno que empunhava seu martelo estava visivelmente irritado. Como se sentisse vontade de rasgar seu oponente ao meio.

Foi apenas uma questão de tempo até perceberem que seus itens traziam algumas marcações de desgaste. No topo do aço que compunha o martelo de Strenmyr, uma massa puramente enegrecida ganhou espaço, enquanto a extremidade da madeira da faunesa também encontrava-se comprometida. Algumas lascas de madeira caíam com o súbito desgaste. O semblante de ambos tornou-se amargo quando perceberam que o que estavam enfrentando ia além daquela marionete de ossos controlada pelo meio carnhast à distância — talvez por isso tenham sido imbuídos de fazer a tarefa.

Luvwieq levantou-se e tocou o solo com seu cajado.

— Vhraz’akan! — Tornou-se exasperado na fala. — Ele usa um máximo de dez mãos quando está atacando além das que carregam o seu torso, imagino que elas não possam se materializar tão longe de seu corpo, talvez dois metros.

Niqemae levantou seu porrete.

— Não sejam tocados! Esse porra acabou com parte da minha arma! — Anunciou a faunesa.

— Eu preciso de tempo! — Strenmyr gritou para os demais.

O foco da monstruosidade repleta de mãos mantinha-se fixo em Vhraz’akan. Independente do que os outros diziam, percebeu que o foco era inteiramente em si — mais especificamente no forte odor emanado pelo líquido presente no frasco. A perfeita isca, afinal.

— Tantos anos desaparecido… por favor, deixe-me tocá-lo — grunhiu a criatura, avançando com aquela maré de mãos responsável por movê-lo.

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Dom Dez 20, 2020 3:32 pm

S omente quando senti aquela sensação de morte, a mais genuína, a que poderia ser considerada o arauto da mesma, compreendi que o pior dos meus inimigos era na verdade meu próprio ego. Se havia algo que eu não perdera mesmo após ser morto numa primeira vez, era ele. Sempre senti-me como superior a essas criaturas estranhas que encontrei pelo território chari. Era algo natural, simples. Fui um humano alastrio durante tantos anos, estudioso, ganancioso, cheio de conforto e cercado por figuras tão ou ainda mais sagazes que eu.

Minha própria estrutura racial, a que tive durante todo o tempo antes de tornar-me um Lich, garantia-me esse status de superioridade como algo automático. Creio que minha sede de poder acaba por agravar em muito tais sentimentos que, embora possam me conceder determinação e garra o suficiente para traçar meu caminho à frente, também podem se tornar o maior obstáculo presente nele. Eu não sou tão poderoso atualmente como um dia já fora. Ainda preciso caminhar um percurso considerável para alcançar o mesmo nível que já tive enquanto humano. Talvez, só assim, pudesse de fato sentir-me superior a essas criaturas abomináveis, por justamente ser não só em intelecto, mas também em poderio.

Embora ainda fosse árduo confessar, e talvez nunca o fizesse em voz alta, Ythar acabara de salvar minha vida. Precisaria apenas rasgar minha veste para me soltar de suas flechas e conseguir reposicionar-me de modo que não ficasse entre a parede óssea e a horrenda criatura. Ela parecia ignorar completamente a presença dos demais, o que era bom, mas também mantinha seu foco em mim, o que poderia ser altamente perigoso.

Havia algo familiar na composição enegrecida que tomou as armas de Niqemae e Strenmyr e assim eu soube imediatamente que precisava manter distância, independente dos avisos previamente dados pelos faunesos. O segredado por Luvwieq em particular demonstrava-se útil para que eu medisse o espaço entre nós, a partir de agora estando precavido para com a aproximação do monstro.

— Você quer me tocar, aberração? — tentava a todo custo manter uma posição de superioridade, aproveitando-me de aparentemente ele estar me confundindo com seu mestre devido ao sangue em minha posse. — Vem por aqui então.

Minha intenção era recuar em passos calculados para que ele se mantivesse de costas para Strenmyr, mas proporcionando uma visão frontal à Ythar desta vez; talvez suas flechas fossem mais efetivas assim. Enrolaria ao máximo o monstro para ganhar o tempo solicitado pelo fauno, apostando no que quer que planejasse para nos livrar daquele boçal sem maiores transtornos. Seria bom poupar mana caso o rabugento cinza conseguisse dar cabo do monstro por conta própria. Contudo, se julgasse necessário, utilizaria minha própria aura para manter a criatura afastada, ou mesmo apostaria numa abordagem mais nociva disparando esferas de mana contra ela — talvez não fosse má ideia externalizar minhas frustrações pessoais atacando aquele ser abominável.



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Sáb Jul 09, 2022 4:06 pm
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De fato, o nome de Garganta do Desespero condecorava bem o lugar em que a batalha se desenrolava. Ainda que Vhraz’akan já tivesse encarado a morte anteriormente, nada se comparava à imagem daquele arauto do pós-vida encarnando em uma comunhão de mãos por debaixo de uma máscara completamente oca de emoções. O desespero, como se ganhasse forma, moldava-se naqueles dedos pútridos, erguendo o corpo repleto de buracos de vermes do que outrora fora o aprendiz do mercante, compondo tão bem um cenário de pura desolação e desespero — o vale, não tão estreito, dispunha apenas de ossos e alguns rochedos pontiagudos para coberturas de, no máximo, um ou dois quartos e, ainda assim, estavam distantes do necromante.

Os olhos do lich analisaram o campo de batalha, suas funções cerebrais que opunham-se à necrose funcionando como se em êxtase. Entendeu que precisava ser a isca do momento.

Em passos já bem pensados, Vhraz’akan recuou, mas sem dar as costas para seu oponente, mantendo uma postura evasiva caso algo estivesse próximo de atingi-lo. Por detrás daquela figura monstruosa, conseguia perceber Strenmyr murmurando algo, segurando seu martelo com ambas as mãos Niqemae ainda tentava entender o que, afinal de contas, havia acontecido com seu porrete. Não muito distante dali, atrás de um rochedo, Luvwieq permanecia tocando o solo com a base de seu cajado amadeirado, como se tentasse descobrir mais algo com seus fatores apurados sensoriais em relação à criatura que enfrentavam. Zhonyee tremia tentando manter a corneta em mãos bem equilibrada, e Burmahk mantinha seus longos braços abertos diante de ambos, como uma muralha de pelos. Enquanto isso, a aberração não expressava emoção alguma e muito menos se importava como o cenário atrás se desenrolava — suas mãos tinham como foco, obviamente, Vhraz’akan.

— Eu desvendei seus segredos, mestre… deixe-me mostrá-lo… deixe-me tocá-lo… — seu pescoço pendeu para a direita conforme alguns vermes eclodiram de sua carne putrefada, como se subcutaneamente armazenados.

Uma aura de pura negatividade concentrou-se na atmosfera, semelhante à mesma de quando surgiu em campo de batalha. A compressão de mana necrótica, vislumbrada facilmente por Vhraz’akan, tomou forma de duas mãos cadavéricas, seguindo o mesmo padrão daquelas que carregavam o carnhast. De átimo, seguiram flutuando pelo ar em direção ao necromante, buscando atingí-lo. O lich observou com desprezo em seu olhar, sabendo o momento certo de abaixar-se e fazer com que as mãos tocassem uma espécie de osso que emergia do chão mais atrás de si, desviando do ataque (17/3, desvantagem causada por dodge). A criatura, mesmo nutrindo de alta velocidade para o ataque, não conseguiu acertar Vhraz’akan.

Fhiu. Na escuridão da Garganta do Desespero, uma brasa se aproximou, abrindo espaço no cenário cinzento e colorindo-o como uma pequena labareda de esperança antes de atingir a criatura nas costas. A flecha ígnea disparada por Ythar, de maneira furtiva, do topo de seu posicionamento acima de bons relevos rochosos, nutrindo da vantagem de sua tática em campo de batalha (16/5) atingiu seu alvo de maneira inesperada. O ser erguido por mãos pareceu sentir mais a dor das chamas do que da própria flecha em si (1d8+3 piercing + 1d4 fire + 1d6 sneak), mas não abaixou sua guarda ainda assim. O projétil lentamente se soltou do corpo do cadáver, sendo expelido com sua ponta já apagada.

O carnhast recolheu suas duas mãos erguidas no ar, como se preparasse algo a mais.

— Nem mesmo a morte… irá nos separar… veja como eles tentam, mestre…

— Ah, cala a boca, porra! — Niqemae trotou com seu porrete, saltando sobre Strenmyr e conseguindo proximidade o suficiente para descer com seu ataque em um mergulho de cima para baixo. Seja por conta de sua impulsividade ou pelo fato da arma anteriormente ter sido tomada por uma camada de necrose, a faunesa viu o exato momento de sua investida projetar-se como uma falha crítica enquanto frangalhos de farpas e lenhas se desfaziam em suas mãos antes de acertar o alvo. Como uma reação, as duas mãos espectrais do Carnhast moveram-se rapidamente para trás em sua direção.

Outras duas surgiram.

— M-Me solta, porra! — E, ainda em seu estado de fúria, desceu a tempo de escapar das quatro mãos que fecharam-se em uníssono acima de si quando pousou no chão (6). Sem sua arma, observou as costas da criatura diante de si, como se estivesse indefesa. Contudo, ainda assim, sorriu. — Bora, Zhonyee!

Atrás do rochedo, a faunesa apressou-se em levar a corneta no fim de seu bastão à boca.

Um sopro delicado e tímido ecoou pela Garganta do Desespero, como se buscasse encontrar seu próprio espaço. Uma canção que partia o limiar entre a solidão e uma memória feliz esquecida, mantida por um único fio de esperança que, ainda assim, não pode ser rompido. Vhraz’akan notou quando a faunesa, ainda escondida atrás de Bumahk, fez com que sua mana tomasse formas de pequenas notas musicais de coloração púrpura que, em conjunto, dispersaram-se pelo ar. A sonoridade cessou à medida em que ela trazia um semblante de decepção.

O lich poderia sentir-se uma isca a troco de nada nesse instante. Inclusive, por conta disso, a sua aura necrótica já era exalada das palmas de suas mãos em uma densa camada esverdeada e meio ciano, moldando uma espécie de esfera. Em segundos daquele desenrolar, perdeu apenas o seu tempo em esperar que talvez os faunos pudessem trazer algo de útil naquele momento — condensou sua mana necromântica enquanto suas mãos se uniam, moldando uma Esfera Nefasta bem concentrada e a lançando em direção ao seu oponente.

Contudo, antes mesmo da esfera percorrer parte de seu trajeto, algo interceptou seus ouvidos.

A sonoridade de Zhonyee deu espaço para o silêncio apenas para que ele fosse quebrado. Não, estilhaçado era a palavra correta.

O ribombar de um trovão atraiu a atenção de todos para aquele martelo que girava nos céus. A arma realizou dois giros e brilhou, emitindo uma visível carga de eletricidade estática ao seu redor conforme faíscas se soltavam, erguendo-se para os céus como se tentassem romper qualquer tipo de cenário monocromático que ousasse se embrenhar ao seu redor. Strenmyr ergueu sua mão para pegar a arma lançada para cima à medida em que seus olhos exalavam a mais pura fúria — toda aquela sua calma de antes foi utilizada como uma substituição para uma fúria tão avassaladora que ele faria questão de que todos ouvissem-na. Segurando o martelo com ambas as mãos, desceu o item energizado eletricamente contra a nuca do carnhast, passando por cima de uma Niqemae sorridente que havia visto o plano se desenrolar da melhor maneira.

Contudo, Strenmyr não contava com a surpresa.

O pescoço do Carnhast virou-se totalmente para trás e a máscara o encarou. Diante de tal reação, seus olhos furiosos desconcentraram-se e o fauno perdeu o manejo do martelo que tremia em suas mãos (7). Nesse mesmo instante, a magia canalizada por Vhraz’akan atingiu o seu alvo (22), mas parecia ter pouco efeito (1d8 necrotic). A criatura observou Strenmyr cair, ainda de pé, no chão, ofegante, com aquela mesma fúria canalizada fazendo com que faíscas eletrizantes permanecessem ao seu redor como uma espécie de aura. Algumas partículas daquela eletricidade foram responsáveis por atingir o carnhast aqui e ali, mas Vhraz’akan notou que não seria o suficiente.

— Strenmyr! — a voz de Luvwieq anunciou o que estava por vir.

Das quatro mãos geradas, mais duas se juntaram, como um cardume de piranhas famintas. Elas, em sincronia, desceram sobre o fauno em fúria, que ainda tentou desviar a tempo, mas foi pego no exato momento em que tentou mover-se (13). As duas primeiras mãos tocaram seus ombros e, logo após, um outro par encontrou seu peito. Além disso, as duas outra restantes repousaram sobre sua testa de maneira sutil, em contraste com toda aquela raiva emanada em forma de estática.

O grito de Strenmyr ecoou pelo local como algo aterrorizante.

Veias escuras nasceram dos pontos tocados no corpo do fauno conforme as mãos tentavam, ainda assim, agarrá-lo. Era possível notar seus olhos revirando-se, tornando-se completamente brancos conforme todo o seu organismo reagia da pior maneira possível ao dano massivo recebido (6d6 + 3 necrotic). Seus joelhos encontraram o chão e, além disso, era possível notá-lo agarrando seu martelo com ambas as mãos, os dedos tornando-se ainda mais apegados ao cabo da arma, como se tentasse com todas as suas forças resistir a algo que os demais poderiam apenas teorizar a respeito. Frente à sua falha em resistência (saving throw DC 14 de constituição: 7), algumas notas musicais surgiram como se tentassem quebrar aquele domínio imposto sobre seu corpo (inspiração bárdica 2 insuficiente), mas não houve efeito.

A necrose teve início no corpo de Strenmyr. Era possível notar os seus músculos, anteriormente tão definidos, se tornando mais fracos conforme a vida deslizava para fora de seu corpo.

— Burmahk, assuma a linha de frente e retire Strenmyr de lá — coordenou Luvwieq conforme batia duas vezes com seu cajado de madeira no solo.

Uma espécie de mana bestial foi tomando forma conforme pequenos vagalumes surgiam de frestas entre rochas e ossos fissurados. Uma quantidade considerável dessas criaturas, em tons verdejantes que contrastavam em muito com todo o ambiente ao redor, envolveram-se ao redor do carnhast, pousando em seu corpo acinzentado e disputando território com os vermes que irrompiam de sua pele (falha no saving throw DC 13 de destreza). A criatura, que agora brilhava em tons de verde, tinha diversos pontos expostos.

Enquanto isso, Burmahk seguia para o núcleo de todo o combate enquanto Niqemae encontrava-se sem saber como agir. Frente a isso, Zhonyee tremia com sua corneta conforme Luvwieq tentava permanecer centrado mesmo vendo Strenmyr desfalecer pouco a pouco. Em algum ponto no meio dos rochedos altos, talvez uma flecha estivesse sendo preparada para o momento mais propício do combate.

Como se não o suficiente, as seis mãos materializadas do carnhast erguiam Strenmyr do chão, se preparando para afligir o mesmo dano novamente.

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Sáb Jul 16, 2022 11:45 pm

J amais admitiria, mas eu não podia culpar Strenmyr pela situação deplorável em que ele se encontrava agora. Talvez se o fizesse, seria pelo fato de ter errado seu golpe após toda aquela encenação visual e sonora, mas não pela forma como ele foi deixado quase entre a vida e a morte no momento. O dano massivo que aquele ser abominável aplicou no Fauno foi capaz de fazer a muralha cinza de carne que ele compunha ruir tijolo por tijolo. Confesso que os receios e preocupações que senti até então diante da presença necromântica esmagadora da criatura foram ainda mais intensificados após ouvir os gritos de dor provindos do que parecia ser o mais forte pé-de-cascos dentre os seis.

Para minha infelicidade, cabia a mim salvar o rabo cinzento deles novamente, uma vez que, mesmo descendo do meu pedestal e me rebaixando ao seu nível para servir de isca, eles nada fizeram além de passar vergonha e se foderem por completo.

— Fique parado, seu merda — me voltava ao maldito aprendiz para a medida em que mirava-o com minha palma destra e exalava a mana de minha aura necrótica. Apesar do receio de ser alvejado, não perderia a postura opressora.

Queria deixá-lo atordoado por um instante que fosse, tanto para impedí-lo de finalizar seu trabalho com o Fauno, quanto para prevenir que voltasse suas mãos em direção a alguém novamente. Diante do êxito ou não, vendo que Niqemae parecia ter perdido o pouco que restava de seu cerébro junto ao porrete, bradaria ordens para a mesma.

— Se você não for acertar essa coisa com sua cabeça de Yargr, tira ele daí! — gritaria, apontando para Strenmyr com a mão livre. Se ela se irritasse com a comparação, melhor ainda, que usasse a fúria como inspiração para agir. — Tenho uma poção em meu bolso — comunicaria, movimentando-me lateralmente de maneira que ficasse afastado do monstro, mas mais próximo dela. Caso a criatura fizesse menção de se aproximar nesse espaço de tempo, obviamente largaria a maldita poção no chão e me afastaria o máximo possível - antes eles do que eu.

Se minha mana fosse o suficiente para nos ganhar tempo, a Faunesa que fizesse algo e trouxesse Strenmyr para perto enquanto eu mantinha-me concentrado no uso de minha aura para subjulgar aquela repugnante criatura. Com um pouco de sorte, conseguiria retezá-lo enquanto Burmahk podia usar toda sua estranheza e força para o esmagar. Se nesse meio tempo as flechas de Ythar fizessem ranhuras no desgraçado, a música de péssimo gosto de Zhonyee desagradesse seus ouvidos ou os vagalumes de Luvwieq o distraíssem, seria um bônus.



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Qua Jul 20, 2022 10:10 pm
[CL] Seis Faunos e Um Lich - Página 2 QZbyFMA


Havia um certo triunfo naquele tom que se mantinha entre o limiar do narcisismo e desprezo. Os olhos tomados pelo azul ciano apodrecido, tão semelhante à coloração de sua própria mana, refletiam o vazio de uma alma que havia livrado-se das amarras impostas sobre o próprio ciclo da vida. Observar Strenmyr falhar em um ataque impulsionado de maneira tão imponente apenas trazia a certeza de que, para morrer, bastava estar vivo — e então poder presenciar aquele mesmo toque moribundo, das vozes de outrora. Contudo, para o lich, apesar de morto, a possibilidade irônica de deixar de viver uma segunda vez ainda era uma espécie de obtáculo. Um borrão no horizonte que não poderia ser fitado por muito tempo.

E isso o faria manter total empenho naquele combate. Francamente, ele não poderia morrer novamente. Não é?

— Veja como tentam enevoar a verdade… e ainda assim você se coloca ao lado dos mais fracos… por favor, peça que façam silêncio, mestre, senão, eu os silenciarei — o pescoço torceu-se para trás, fitando o lich. O rosto encoberto pela máscara misteriosa e albina, mas ainda assim passava certa imponência. Ainda no fundo de sua arrogância, quase como uma fortaleza impenetrável, o morto-vivo sentiu as paredes de pedra lisa e antigas estremecerem diante de um único fio tênue de uma possível dúvida: qual laço de história unia aqueles dois núcleos da história que presenciava? Talvez, apenas talvez, algo em seu âmago, ainda humano, buscasse por uma resposta.

O que lhe esperaria nessa forma apodrecida de lich? Algo semelhante? Não…

Fechou seus olhos antes de abrí-los novamente, resistindo (sucesso na salvaguarda de DC 13 de Wisdom: 20) àquelas incertezas que brotavam como lírios apodrecidos em seu jardim putrefado mental. Fosse algo passivo ou não, notou que, mesmo por um único instante, aquela criatura pareceu mexer com sua mente. Isso, de certa forma, gerou o combustível que precisava para sua próxima ofensiva — seus dedos rasgaram o próprio ar conforme aquela fina camada enevoada era criada. Se perto o suficiente, alguém poderia chegar a ouvir os murmúrios e sussurros daquela mana que ousava rasgar o véu entre a vida e a morte apenas para estabelecer uma espécie de camada nefasta ao redor do corpo do encapuzado com um núcleo de puro poder. Ao se concentrar, Vhraz’akan investiu em retornar ao seu alvo aquilo que havia tentado invadir sua mente momentos atrás.

Os demais faunos reposicionavam-se.

Como num lapso fúnebre, o lich impôs sua vontade sobre aquela mente de maneira brutal para fazê-la ceder (falha na salvaguarda de DC 13 de Wisdom: 2). Como se estivesse diante de um espelho que refletia imagens desconexas, o encapuzado espiou acontecimentos que deveriam ter acontecido em um passado distante. Um grupo de andarilhos — surpreendeu-se com a quantia de crianças humanas entre eles, guiados por um homem que retirava-os da fome e da doença para trilhar um caminho minimamente digno e de aprendizados. Com o tempo, eles aprenderiam o suficiente com o mercante para criarem seus próprios grupos de comerciantes ao longo do que viria a se tornar uma aldeia frutífera, com agricultura em abundância da qual poderiam nutrir, bem como seus filhos. Vhraz’akan vislumbrou o rosto de um menino maltrapilho que os acompanhava em meio às sombras, atrás de pedras, antes de ser vista pelo líder do grupo das crianças. Aquilo fez com que voltasse para a realidade num suspiro.

De volta à garganta do desespero, muito ocorria em poucos segundos.

O primeiro a agir era Strenmyr que, diante da brutalidade inesperada imposta sobre seu corpo, tentou soltar-se com a força bruta, mesmo que seus músculos estivessem minguando, mas fracassou nessa aposta, sentindo seu corpo contrair novamente (falha na salvaguarda de DC 13 de força). Por algum motivo, observar aquele que representava a força do grupo estar próximo da morte fez com que a moral dos demais faunos caíssem de maneira quase instantânea. Contudo, para o lich, era mais como observar mais um ciclo de vida chegando ao seu fim — os olhos do fauno eram tomados por uma coloração enegrecida conforme veias se alastravam por sua face. Ainda assim, os lábios apodrecidos de Vhraz’akan se moveram rapidamente, lançando ordens à Niqemae que, decidida a ajudar o outro, teve força o suficiente (22) para arrancá-lo daquelas mãos, jogando-o sobre seus ombros e trotando para próximo do lich, que já se reposicionava.

Já mais próximos, a faunesa viu quando a poção foi jogada ao ar para que pegasse.

— Seu insolente… — pelo tom da voz, não podia-se concluir se havia sido direcionado ao aliado caído ou ao lich. Suas mãos trêmulas e brutas tentavam gerenciar o líquido no fauno desacordado.

Enquanto isso, o aprendiz mantinha-se em silêncio, como se algo o tivesse colocado em transe. Esse momento foi o suficiente para que Burmahk aparecesse em campo, levantando suas duas mãos para cima da cabeça e gritando com ódio, descendo ambas sobre a parte de trás da cabeça do carnhast, visivelmente enfurecido. Ainda que a vantagem estivesse duplamente a seu favor, o fauno assustou-se quando viu algo por debaixo daquela máscara que, no momento certo, virou-se em sua direção (dois erros com vantagem). Meio temeroso, deu alguns passos para trás, notando que havia se exposto demais. Assim que sentiu o verdadeiro calor do campo de batalha e tornou-se mais acanhado, encontrou coragem ao vislumbrar uma flecha com ponta ígnea que, muito provavelmente, erraria se não fosse pela grande vantagem dada pelos vagalumes e o fato do monstro encontrar-se em choque.

A flecha o atingiu na testa da própria máscara, perfurando-a. Burmahk conseguiu notar uma espécie de líquido negro vazando pela fissura realizada (5 piercing, 2 fire, 5 sneak). Em algum ponto lá em cima, provavelmente Ythar se gabava de suas aptidões enquanto arqueiro furtivo. Por outro lado, não se ouvia mais nada vindo de Zhonyee que, depois do último ocorrido, decidiu permanecer exatamente onde estava, muito provavelmente tentando se aproveitar da rocha que lhe davam em parte cobertura em relação ao oponente. Já Luvwieq, mantinha-se concentrado na magia realizada com sua mana bestial.

Mais ao lado de Vhraz’akan, a poção utilizada em Strenmyr parecia ter um efeito quase irrisório (1d10 + 2 = 3). As veias negras continuavam ali, mas não se alastravam mais. Ao menos, o sangue que outrora escorria de seus olhos, nariz e ouvidos havia parado. Niqemae murmurou algo positivo em relação à sua rápida melhora que mal foi ouvido pelo lich, que tentava manter a mente daquela monstruosidade presa em suas próprias camadas de negatividade. Ele, apesar de não ter resistido na primeira vez, agora parecia estar lentamente escalando os cacos de vidro pertencentes à sua estrutura mental, ferindo os próprios dedos, para voltar à superfície de sua consciência. E, nesse meio tempo, era o necromante que precisava lidar com mais daquelas visões tão aleatórias.

Novamente, o carnhast não resistiu às intempéries de seu próprio subconsciente (falha na salvaguarda de DC 13 de Wisdom: 3. Em meio a isso, o lich vislumbrou sua queda pelos muros repletos de cacos de vidro abstratos, ralando seus membros conforme era reduzido a uma forma patética e infantil. Viu ali o momento de uma adoção, o momento em que tornou-se um só com as demais crianças, até que, finalmente, em uma noite de lua crescente, seu mestre lhe fez uma proposta quando contraiu uma doença mortal. Poderia ter a sua vida ao lado do homem que tudo lhe ensinara nessa longa viagem se oferecesse todas os demais que haviam lhe mostrado o verdadeiro significado de família em um antigo ritual feito cuidadosamente. Tudo o que precisava era vestir uma máscara vinda de um lugar estranho…

Criptas… um artefato de lá, nas palavras do adulto que sorria de maneira triunfante.

Naquela noite, a lua tornou-se testemunha de um massacre. A criança mascarada, tomada por uma força ímpar, desossou todos os outros com extrema facilidade, colecionando as mãos de seus cinco amigos que haviam crescido como familiares. Dez, no total. Ele sabia que, no fundo, elas fariam o mesmo se pudessem viver ao lado do mestre ao invés de adoecerem até a morte. Por isso, as guardou com esmero, enquanto os cinco corações foram ofertados no ritual — com o sangue do próprio mercante, armazenadas em uma espécie de saco… tornando-se orbes de vida.

Vhraz’akan, então, foi sugado. Aquelas visões tenebrosas deram espaço a uma escadaria que se abria adiante de seus olhos: de ambos os lados, no vácuo, palavras eram escritas em uma espécie de idioma rúnico adaptado ao chari. Ainda que seus olhos tenham tentado absorver o máximo que pôde do momento (skill check de Arcana: 13), tudo o que conseguiu extrair ainda lhe pareceu raso. Contudo, uma informação interessante nasceu daquele amálgama de informações: provavelmente, o núcleo que o mercante se alimentava advinha de cinco bombeadores de sangue que foram ofertados no mesmo ritual. Em um lapso, o lich viu, naquele instante, um raio nascendo daquele mesmo rito — um raio que colocaria fim às sementes dúbias entre vida e morte para criar algo eterno — o artefato grudou-se para sempre no rosto de uma criança manipulada, abandonada após ter feito o que precisava no tabuleiro de ossos daqueles que chamava de família.

— Tudo foi… por você… você me prometeu… vida eterna… mas por qual motivo sinto que tudo foi em vão?

Vhraz’akan estava de volta à realidade, recheado de informações. Os faunos observavam o carnhast e voltaram seu olhar ao necromante, como se tentassem entender algo. Strenmyr gemeu conforme seu corpo voltava a ter espasmos de vida — provavelmente não voltaria a ser útil em batalha.


Considerações Importantes:

Atributos Novos:

Feats Alurea:

CARNHAST APRENDIZ
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UM LICH
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SEIS FAUNOS
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