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Seg Ago 31, 2020 3:57 pm
Relembrando a primeira mensagem :

arcano
SUMÁRIO

MISSÕES EM ANDAMENTO


MISSÕES CONCLUÍDAS


MISSÕES PENDENTES


INVENTÁRIO
[CL] 00. Empowerment - Página 2 Tome-of-Knowledge Grimório arcano
[CL] 00. Empowerment - Página 2 Free-coin-icon-794-thumb 275
manapot x1
hppot x1

RECOMPENSAS

  • QUEST 1: 50 XP; 25 gold; Baú básico (MINÉRIO)
  • QUEST 2: 65 XP; 50 gold; Baú básico (POÇÃO HP); Conhecimento em runas alastrias (INICIANTE)
  • QUEST 3: 50 XP; 50 gold; Baú básico (EQUIPAMENTO); Perícia Escudeira; INT Rank D >> Rank C

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Sex Set 11, 2020 1:37 am
Reino de Alastrine
Capital — Altaguarda
Conexão Arcana — Encantamento I
Parte I

Nunca imaginei estudar a magia rúnica com tanta vontade como ando estudando por esses dias. Ainda é bem difícil conciliar os treinamentos e as obrigações de soldado altoguarda com os meus estudos rúnicos. Acredito que ainda era algo muito pior, visto que alguns dos meus companheiros de escudo só queriam me boicotar. Duas manhãs após eu iniciar meus estudos rúnicos, eles iniciaram a sondagem deles.

- Então é verdade que a escudeira agora que estudar o uso da mana. - disse Reygiel, um dos melhores escudeiros do Reino.
- Ela quer a promoção dela. Acha que consegue, pirralha? - Muyus falava enquanto coçava o saco sem parar. Eu apenas ignorei e continuei à polir meu escudo para iniciar o treinamento matinal.
- Nossa, a putinha está caladinha. - Wiuce era um dos piores escudeiros do esquadrão, mas adorava ser um pé no saco.
- Já chega, rapazes. - Mivo Gaspari, capitão dos escudeiros de Allastrine, intercedeu por mim - Deixem a Uriel em paz.
- O senhor sabe que ela quer tomar seu posto? - começou Muyus.
- E se tomar, será por mérito dela. Parem de ser pentelhos encravados e sigam pros treinamentos. - Quando todos saíram, ele virou-se para mim - Você está bem?
- Sim.
- Não precisa ficar aguentando tudo desse jeito, Uriel.
- Não precisa se preocupar comigo. Eu falo cuidando deles em campo. - levantei e saí em direção aos campos de treinamento.
- Sim, você cuidará mesmo de todos eles. - Mivo respirou fundo e foi para os campos.

O chão de terra batida estava tomado com soldados escudeiros, de veteranos a novatos, todos unidos ali para os treinos matinais enquanto os lanceiros faziam a ronda pela cidade. Os escudos eram padronizados, só eram alterados quando alguém passava de patente, o que não era muito comum devido às exigências. Para alguém almejar o cargo de Capitão, era necessário estar entre os 3 melhores do seu esquadrão, ter conhecimento em magia e um comportamento impecável. Eu aspirava tanto essa promoção...

- Muito bem senhores e senhorita, vamos iniciar os treinos matinais de hoje. Façam seus aquecimentos e preparem-se pro embate. - Mivo desceu de seu palanque, a voz dele era amplificada com a manipulação de mana, uma habilidade de oratória, provavelmente. - Uriel, você enfrentará Muyus.
- Senhor? Eu gostaria de treinar com o Wiuce. - Muyus engoliu em seco.
- Uriel, Muyus. Uriel.
- Sim senhor. - todos ao redor já tinham alguma ideia do destino de Muyus: a enfermaria.
- Acaba com a cadela. - sussurrou Wiuce.
- Boa sorte amigo, vai precisar. - apoiou outro com tapinhas nas costas de um preocupado Muyus.

O escudeiro veterano sabia o que o aguardava. Era sempre assim. Eles não podiam ter inimizades no esquadrão e qualquer desavença deveria ser resolvida nos campos de treinamento, encerrando o assunto. Logo mais Wiuce também me enfrentaria nos treinos, Mivo trataria de arranjar um combate. Me posicionei do lado oposto do campo e encarei Muyus.

- Acha que consegue, Muyus? - provoquei.
- Hoje eu te coloco pra dormir, escudeira!

A aproximação foi cautelosa dos dois lados. Eu tinha apenas meu escudo, já Muyus era adepto de utilizar uma massa. Estar com uma mão livre me garantia uma melhor mobilidade e equilíbrio, mesmo que eu não fosse tão ágil quanto deveria. Quando ficamos mais próximos, Muyus levantou a massa para o ataque e eu cravei os pés no chão pronta para receber os golpes. Os homens escudeiros pareciam ser todos iguais, sabe? Sempre as mesmas investidas... Cansa até... Muyus desferiu o primeiro golpe por cima, mas meu escudo já esperava o ataque, então ele bateu pela esquerda querendo pegar minha direita desprevenida. Jurou! Recuei e a massa passou direto. Era tanta força em um golpe que ele desequilibrou-se. Eu podia sentir o ódio tomando conta dele quando todos riram. Ele girou lentamente e urrou, dessa vez a mão que segurava a massa brilhava em um intenso tom dourado. Ele estava concentrando bastante força ali. Quando a massa estava descendo em minha direção, apromei meu escudo e segurei o dano. O impacto fora tão forte que fui deslocada uns 2 metros para trás. Muyus esboçou um sorriso enquanto mostrava-se ofegante. Nenhum homem ficava em pé após seu ataque, mas eu não era um homem.

- BY HONOR AND JUSTICE!

Meu grito o pegou de surpresa e ele nem teve tempo de armar uma defesa, logo meu escudo encontrava o peito aberto de meu oponente, empurrando-o para trás. O choque o desequilibrou e e eu consegui desferir um murro em uma das costelas. Ele não trajava um peitoral de armadura, apenas capacete e ombreiras. Ele tomou fôlego e aproveitei para me reposicionar. Muyus urrou novamente e veio para o ataque com sua massa. Ainda podia usar meu avanço uma vez mais, então eu precisava esperar o momento certo. Defendi o primeiro e o segundo ataques da massa, e no terceiro Muyus carregou seu ataque. Ele estaria esgotado depois disso. Quando o brilho dourado desceu em minha direção, eu avancei pela lateral de meu oponente e ganhei suas costas. A massa dele atingiu o chão, levantando poeira e abrindo uma pequena depressão no campo. Aproveitando do choque de Muyus, chutei uma de suas pernas, deixando-o de joelhos e, enquanto ele se esforçava para virar, meu escudo beijou sua face com muita força. Muyus estava desmaiado. Os outros nada disseram, eles não aplaudiam minhas vitórias. Eu não era bem vinda.

- O que vai fazer hoje, Uriel? - Ilyanna se aproximou quando me viu no salão de banho.
- Vou para a ronda pela tarde e devo passar a madrugada na biblioteca. Preciso estudar.
- Nossa, você tá bem empolgada com isso, né?
- Sim. - sorri.
- Uriel, o que houve com seu braço? - Francis chegou logo em seguida - O Capitão Paus estava me dizendo que tinha atendido você hoje.
- Um médico bem falante ele, não? - revirei os olhos - Apenas surrando escudeiros, como sempre.
- Nossa ainda bem. - ele respirou aliviado e voltou ao banho.
- Hoje temos treino pela tarde, então você vai pra ronda sozinha, Uriel? - Ilyanna perguntou.
- Provavelmente sim. Vocês são os únicos loucos que conseguem me acompanhar mesmo...

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Sex Set 11, 2020 1:49 pm
Uriel recebeu 15 de EXP pela interação

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Sex Set 11, 2020 10:23 pm
Reino de Alastrine
Capital — Biblioteca
Conexão Arcana — Encantamento I
Parte II

As ruas do centro de Alastrine eram sempre bem movimentadas e era necessária muita atenção aos pequenos furtos que ocorriam diariamente. Por mais que a moral e o respeito falasse bem alto, muitos tentavam viver às custas dos outros e isso não se vale apenas aos pobres. Caminhar sozinha pelo centro era sempre um problema, mas eu não tinha medo algum de ser surpreendida por algum ladino. Talvez alguns até já me conheciam como uma ótima escudeira, por isso entrei em um pequeno grupamento de ronda e os acompanhei toda a tarde. Eles eram tão calados quanto eu, por isso a tarde passou sem maiores ocorrências.

Ao final do turno de ronda, eu segui para a Catedral Principal do Reino de Alastrine e me ajoelhei em um dos bancos ao fundo da oponente construção. Eu não podia ficar muito tempo na Catedral, mas eu faria sim minha oração pragmática à Ordem.

"Ó grande Árvore da Gênese / Rogo por sabedoria e força /
Imploro por glória e discernimento / Em tua base de julgamento /
Eu hei de encontrar prazer e misericórdia

Ó esplendorosa Árvore / Dai-me tua bênção / Em tuas raízes /
Dai-me tua ordem / Pois sou tuas folhas /
Dai-me desejo / Pois sou teus galhos

Ó maravilhosa Gênese / Guie-nos para a vitória /
Mostre-nos os caminhos /
Que a ti, ó Mãe / Somos servos de tua fé /
E carregaremos a verdade"

Levantei e senti a fé preencher-me o coração. Parecia que toda a pressão que eu sentia por parte dos outros escudeiros, minha fé curava. Talvez um dia eu pudesse servir apenas à Ordem Primária, quem sabe? Segui rumo à biblioteca. Eu precisava retornar aos meus estudos rúnicos.

Mestre Lauri estava perdido entre livros quando me aproximei.

- Então, já começou os estudos?
- Ah sim, já estou dando uma olhada, mas ainda não me é de fácil compreensão. - cocei a cabeça enquanto retirava o grimório arcano da bolsa.
- Obviamente, você ainda é uma porta! - ele piscou e uma pequena runa explodiu de supetão em minha testa.
- Ai, isso queima!
- Só pra manter você ligada. Agora vá desbravar esse grimório logo!

Deixei um risonho Mestre para trás e segui para o espaço de leitura. Coloquei o grimório no mesmo pedestal que usara em todas as visitas à biblioteca e mais uma vez senti a magia do livro inundar a sala e extinguir-se logo em seguida. As palavras em alureano comum eram bem tranquilas de entender, logo eu já estava aprendendo ainda mais sobre as magia rúnica.

"A magia rúnica é usada para cura, sorte, proteção, extinguir fogo e tempestade, obter amor, bênçãos, cicatrizar feridas. Estes e muitos outros objetivos permeavam o uso de encantamentos rúnicos e a confecção de talismãs pelos antigos povos alastrios. Mas hoje a magia rúnica é tida como fraca ou apenas para 'velhos sábios', por se tratar de uma magia sem muita capacidade ofensiva.

A magia rúnica é essencialmente talismânica e o estudioso das runas – normalmente membro da nobreza – era chamado de rúna-meistari (mestre-rúnico).


"Eu gravo as runas que curam,
eu gravo as runas que salvam,
uma vez para os humanos,
e somente para eles."

inscrição rúnica da Catedral do Reino de Alastrine.


Runas são comumente traçadas em armamentos e armaduras para conferir vitória em batalhas, sobre o navio para proteção marinha, sobre a cabeça de assistentes de parto para que os novos filhos alastrios nasçam saudáveis. Existem também runas utilizadas para proferir eloquência em assembleias, runas de sentido para facilitar a compressão, e muitas outras utilizações para essa vasta magia arcana. Além de utilizadas individualmente elas podiam ser gravadas em conjunto, formando uma “bindrune”, ou junção rúnica. Assim se criava uma nova runa ou símbolo personalizado para algum assunto em particular.

Além disto, existe a escrita secreta, onde eram traçadas de forma cifrada para ocultar o verdadeiro significado de uma frase. Então, acredita-se que o rúna-meistari faz isto com o intuito de impedir que outro mestre de runas entenda o real significado do que se escrevia. Vale salientar que as runas não eram exclusivamente símbolos mágicos, sendo empregadas também para fins utilitários e a escrita secreta é ainda muito utilizada no contexto militar, para o envio de mensagens codificadas.

No contexto talismânico, muito da cultura material se perdeu, pois a maior parte foi traçado em madeira que se degrada com o tempo. Além disto, o conhecimento, a mitologia e saberes eram passadas de geração em geração de forma oral, a beira do fogo do lar, mas com o desuso da magia rúnica, muitos não conhecem a real importância da magia arcana."


Como em um estalo, senti meu corpo esquentar. Um misto de alegria e êxtase tomou conta de meu corpo, agitando-o. Eu queria mais, queria saber muito mais, mas logo o alureano dava espaço a símbolos ainda desconhecidos para mim e eu não conseguia ler. Além disso, algumas páginas estavam completamente em branco. Em dúvida, segui de volta ao Mestre Lauri.

- Rúna-meistari, por favor, acho que esse grimório está incompleto.
- Oh... - ele pareceu levemente surpreso, mas ele sequer olhara para mim - Não, o grimório está completo.
- Mas as páginas estão em branco, Mestre.
- Para portas, sempre ficarão em branco, cara porta. - ele sorriu.
- Mas como vou...?
- Aqui, está vendo aquela runa? - ele apontou para uma das muitas runas inscritas nas paredes da sala.
- Sim senhor.
- Se você conseguir encantar essa runa, talvez consiga ler.
- Certo.
- Ah, mais uma coisa. As runas só funcionam se você souber seus nomes.
- E qual o nome dessa runa, senhor?
- Se vira, porta.

Eu queria bufar de ódio, mas... Vamos para mais uma madrugada de estudos.

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Dom Set 13, 2020 12:48 am
Reino de Alastrine
Capital — Biblioteca
Conexão Arcana — Encantamento I
Parte III

A biblioteca era como um grande labirinto, por mais que ela não fosse das maiores. Quase todas as bibliotecas de Alastrine eram incrivelmente mágicas, livros que se organizavam "sozinhos" nas prateleiras, bibliotecários que catalogavam todos com suas penas que escreviam "sozinhas", tudo era feito com magia arcana. Eu estava completamente encantada, mas como encontrar algum livro ali que falasse sobre as runas e seus usos? Eu estava bem perdida, mas segui caminhando pela biblioteca em busca da runa apontada por Mestre Lauri.

Eu estava caminhando completamente entretida em busca da runa, visto que as estantes estavam repletas de possíveis bindrunes, junções rúnicas que eram bem mais poderosas que as runas isoladas. Eu trajava um sobretudo longo e branco, um cinto de couro de yargr marcava minha cintura e a poção de mana estava pendurada nele. Meu grimório seguia em minha mão esquerda, enquanto a direita tateava as paredes. Eu amava seguir as linhas das runas inscritas nas pedras. Foi quando esbarrei em um corpo parado à minha frente.

- Oh, perdo... Mivo?
- Ah, Uriel. Não sabia que frequentava essa biblioteca. - ele sorria, surpreso com o encontro.

[CL] 00. Empowerment - Página 2 Fe722efc3d5a852c812a1bc7f8ca225f

- Desculpe, senhor. Não quero atrapalhar sua leitura. - eu fiz menção em retomar minha procura, mas ele tomou minha frente.
- Não precisa correr de mim, Uriel.
- Não estou correndo, senhor. Só quero finalizar minha busca. - continuei séria.
- Tudo bem, eu posso te ajudar. Conheço essa biblioteca como minha casa.
- Ah não, não quero incomodar o senhor.
- Uriel, não precisa me chamar de senhor o tempo todo. Dirija-se a mim apenas como Mivo enquanto estivermos fora de serviço. - ele sorriu.
- Ok, Mivo. - sorri e voltei a caminhar, ele ficou ao meu lado.
- Então, o que estamos buscando?
- Uma runa, mas ainda não sei seu nome ou função.
- Huum... - ele coçou a cabeça - Por que decidiu estudar runas?
- Porque o único mestre que encontrei disponível e ele é um mestre rúnico. - meus olhos estavam ocupados demais nas paredes para notar o sorriso carismático de Mivo - A runa em questão lembra um R.
- Ah, então é uma runa isolada, não um bindrune.
- Você conhece magia rúnica? - olhei para ele, surpresa.
- Eu li um artigo ou outro sobre. - ele corou - Deve ter algo... Por ali, vem!
- C-Certo. - ele pegou-me pela mão e me conduziu pelos corredores até uma sessão bem menos movimentada - Realmente, eu não encontraria tão cedo essa sessão.
- Verdade, não é muito frequentada, como pode ver.

Soltei da mão quente de Mivo e me aproximei da parede, onde gravuras de diferentes runas pareciam trazer a mensagem das mesmas. Eram diversas e suas descrições também estavam codificadas, ficando deveras difícil de entender, visto que eu tinha quase nenhum conhecimento aprofundado em runas ainda. Mivo me chamou para olhar uma gravura.

[CL] 00. Empowerment - Página 2 6abe934b89f2f14ed7edd7e672dbf400

- Essa é a runa que você procura?
- Sim, ela mesma. - passei a mão sobre ela - Essa representação, seria uma viagem?
- Eu acredito que deve ser algo assim. Não me aprofundei muito sobre.
- Huum... - eu olhei em volta e notei as estantes ali próximas - Por que os livros aqui estão inertes?
- Muito provável que não estejam sendo muito procurados, sabe?
- Entendi... Como faço para-
- Basta chegar perto e pedir. - ele sorriu.
- Huum, OK. - me aproximei de uma das estantes solitárias - Runa de viagem.

Então, como em um estalo, um dos livros brilhou em tom azulado e veio flutuando em minha direção. Parecia capenga, desequilibrado, como se fosse velho demais para mover-se tão subitamente como estava fazendo. Peguei-o ainda no ar, como se fosse um pássaro machucado, e o coloquei no pedestal ali próximo com muita gentileza. Mesmo que fossem apenas as runas, parecia que eu podia sentir a pulsação de um coração vindo daquele livro, em sua capa eu não conseguia identificar o título, pois estavam escrito em runas ainda estranhas, mas após abri-lo, notei que estava em alureano comum. Li a contra capa do livro.

- Este livro foi escrito por Heins Seryon, rúna-meistari de Alastrine. Em memória de Mahirgia, sábio dragão das fronteiras de Alastrine. - pisquei, confusa - Um dragão?
- Por isso muitos livros rúnicos foram proibidos em Alastrine, geralmente são obras escritas assim, com a sabedorias bestiais.
- E existe tal tipo de ser? Bestiais são meras... bestas! - eu estava incrédula.
- Alguma vez viu um bestial, Uriel? - Mivo parecia interessado.
- Nunca, mas ouvi relatos.
- Talvez devesse conhecer alguns primeiro para tirar certas conclusões.
- Talvez...

"O primal arcano nasce de uma manipulação simples da mana de cada ser, mas muitos conceitos complexos foram sendo agregados ao longo dos estudos e formas mais rebuscadas de se praticar a magia arcana foram surgindo, em especial a magia rúnica. Entende-se então que a magia rúnica se tornou um sistema mágico mais ou menos complexo dependendo de quem a usa. Isto significa que existem dois tipos de praticantes da magia rúnica a serem estudadas:

1) os reconstrucionistas: que tentam "reconstruir" a magia rúnica de forma que deva ser ligada apenas aos humanos e ser utilizada para fins militares como códigos de guerra, proteções em construções e documentos importantes, fortalecimento de armaduras e armamentos, curas em campos de batalha, apenas;

2) os adeptos contemporâneos: que empregam o uso das runas em fusão com outros conhecimentos e filosofias provenientes de outras culturas e raças, enriquecendo assim os estudos sobre magia rúnica e conquistando novos usuários rúnicos e assim, passando os conhecimentos de gerações em gerações.

Em sua maioria, os reconstrucionistas possuem a maioria e são aqueles que conseguem publicar livros, visto que a maioria são nobres do Reino de Alastrine. Os que querem seguir por um caminho mais moderno, geralmente sofrem represálias severas, são perseguidos e quase não conseguem publicar seus livros ou artigos. Independente de tipagem, os usuários de magia rúnica precisa seguir uma metodologia severa caso queira praticá-la com sucesso. Para realizar magia através do simbolismo, neste caso das runas, primeiramente necessita-se construir uma intimidade com as runas, indo muito além da simples compreensão de seus significados, é necessário que o praticante sinta cada uma das runas como uma verdadeira e autônoma energia viva.

Por conta disto, os usuários de magia rúnica passam um bom tempo refletindo sobre elas, perguntando-se de que maneira se encaixam em diferentes situações, que ideias ou contextos elas elucidam e que tipo de força elas atraem. As runas falam diretamente ao nosso subconsciente, além de permitir o acesso ao inconsciente coletivo, motivo pelo qual somente poderemos ativar estas engrenagens trabalhando internamente o entendimento destas ferramentas.

Para uma prática adequada, a magia rúnica de ser estudada a fundo, não apenas as características de cada runa como também suas formas, nomes, sons, arquétipos, efeitos mágicos ou incompatibilidade entre elas. Bem como, avaliar atentamente as intenções do procedimento antes de partir para a prática."


- Eu acho que vou precisar olhar um pouco mais esse livro.
- Então vou voltar à minha leitura, mas ficarei por perto caso precise de ajuda.
- Não se incomode. Sei me virar sozinha.
- Sim, sabe sim...

Mivo ficou ali, com os olhos ora no livro em suas mãos, ora espiando-me a estudar. Eu hei de tirar satisfações com ele, mas outra hora. Agora eu precisa me afundar totalmente nesse livro rúnico.

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Seg Set 14, 2020 9:00 pm

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Seg Set 14, 2020 9:13 pm
Reino de Alastrine
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Conexão Arcana — Encantamento I
Parte IV

O antigo livro rúnico que repousava no pedestal à minha frente trazia todas as informações que eu precisava para entender um pouco melhor o grimório que Mestre Lurin me dera. Nessa jornada, eu já tinha aprendido um pouco mais sobre o primal arcano, o primal responsável pela manipulação da mana, nossa essência vital. A partir disso, o primal arcano é um dos mais simples, mas também pode ser um dos mais complexos, como é o caso da magia rúnica, visto que várias ainda sequer foram descobertas e, se foram, nem chegaram a ser traduzidas para o alureano comum.

Eu já conseguia entender que a magia rúnica surgira para esconder muita coisa de curiosos, sejam eles primais ou não-primais, mas o que quer que estivesse protegido por runas, eram sempre segredos antigos, ouros amaldiçoados por centenas de anos, armaduras encantadas e armas poderosíssimas, etc. As runas eram tanto exímias protetoras quanto poderosas devastadoras de vida. E o grimório que me fora passado tinha algum conceito tão valioso assim? O que esperar daquele velho truculento? Continuei minha leitura.

"O caminho rúnico traça uma relação direta com o primal arcano, uma relação entre o usuário e sua mana a respeito da criação do Universo, do surgimento das diferentes raças e o desenvolvimento de habilidades diferentes para cada usuário. Dentre as diversas maravilhas históricas de Alastrine, as runas têm destaque próprio, pois elas contam segredos inimagináveis que podem mudar os rumos da história.

Diferente de muitos usuários do primal arcano, os rúna-meistari devem enxergar as runas não apenas como um alfabeto ou um oráculo, mas como um caminho progressivo e consistente. As runas seguem algumas regras e um alfabeto único, mas que podem ser usadas de diferentes maneiras e para entendê-las os estudos são constantes. O alfabeto rúnico é divido em três diferentes grupos, chamados de Aetts, uma palavra antiga que significa família, tribo ou clã. As primeiras oito runas do alfabeto traduzem os assuntos materiais e definem o que o buscador deve adquirir em sua jornada: Fehu, Uruz, Thurisaz, Ansuz, Raidho, Kenaz, Gebo e Wunjo. Compreendendo o primeiro Aett, o usuário rúnico é capaz de aprender um pouco mais sobre a vida do primeiro clã humano."


[CL] 00. Empowerment - Página 2 Futhar10

- AQUI, MIVO, ACHEI! - gritei alegre acenando para o estudioso.
- Shh, shh! Certo, mas não grite. Os bibliotecários detestam. - disse ele ao se aproximar - Hum, então precisamos entender a raidho.
- Deixa eu ver, deixa eu ver... - folheei o livro com cutela, visto que ea um bem antigo - Aqui, essa é a runa.
- Vamos, leia... - incentivou Mivos.

[CL] 00. Empowerment - Página 2 96059f293271918ea8c10456406b7fc5

- Então você conhece o nome da runa. - Mestre Lauri estava logo atrás de nós - Agora eu posso ajudá-la. Muito obrigado, Mivo.
- Não há de que, Mestre. - o capitão fez uma meia-reverência e piscou para mim, saindo logo em seguida.
- Mas... O que?
- Não se apegue a detalhes, porta. Agora deve focar em encantar uma runa.

Mesmo com algumas perguntas referentes à Mivo, decidi afastar tais pensamentos e focar totalmente nas palavras de Mestre Lauri, eu sabia que essa era a melhor opção. O rúna-meistari pediu que eu sentisse minha mana fluindo pelo corpo, e isso não foi o mais difícil, ele ainda pediu para que eu focasse a mana em minha mão, pra começar. Eu o olhei, espantada.

- Calma, portinha, vai dar tudo certo.
- Eu não sei se consigo, rúna-meistari.
- Respire fundo e feche os olhos, sinta a mana fluir em suas veias.

Aos poucos, Lauri foi circulando meu corpo devagar e tocava alguns pontos como meu nariz, cotovelos, ombros, joelhos, todos os toques eram sutis e ele caminhava com delicadeza e pedia que eu sentisse a mana nos pontos em que ele tocava. Eu sentia o toque normal, mas com o passar do tempo eu passei a sentir pequenas cócegas, como se minha pele quisesse ser tocada pelo rúna-meistari. Ele estava estimulando algo em mim e algum tempo depois, eu já conseguia vislumbrar a mana em meu corpo.

- Mestre, eu estou vendo. É como rios que correm junto às veias, mas ao mesmo tempo são tudo. Um fluxo constante que percorrem o corpo todo. É tão lindo... - eu estava admirada.
- Sim, minha cara porta. Agora foque em suas mãos.

Continuei de olhos fechados e foquei na mana em minhas mãos. A mana era vibrante e calorosa, mas também era calma e fria, como pode? Mestre Lauri tomou minha mão direita e estendeu ao ar, fazendo o movimento da runa 'raidho'.

- Agora, você deve passar essa runa encantada no livro. Deixe sua mana sair, gaste-a. Vai demorar um pouco, mas uma hora você consegue, escudeira.

Sorri. Enquanto o Sol nascia, eu conseguia encantar a runa sobre o livro.

- Raidho!

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Seg Set 14, 2020 10:47 pm
[CL] 00. Empowerment - Página 2 Runic


Raidho era o seu nome.

A mana de Uriel fluiu junto com o comando, a runa ᚱ estabeleceu-se no ar desenhada em pura magia antes de fundir-se à pagina do livro, desfazendo-se numa nuvem brilhosa azulada responsável por encantar a página demarcada. Foi como se um velho maquinário tivesse enfim saciado sua sede por combustível: como engrenagens girando, a mana arcana percorreu fios ao longo do papel amarelado pelo tempo tão sutilmente como águas num rio sereno. As páginas mais atrás resplandeceram naquela mesma energia e lacunas cujo antes encontravam-se em branco agora demonstravam seu conteúdo anteriormente oculto: instruções mais aplicadas e específicas, muitas delas consistindo em conhecimentos rúnicos e mágicos básicos.

Raidho fez a sua função.

As primeiras páginas encantaram-se com a descoberta de alguns encantamentos realizados nos séculos passados em cavalos, águias de mensagem e rodas de carroça que permitiam conforto, proteção e sucesso para alcançar o destino da viagem realizada. Indo mais além, Uriel também dançou com seus olhos sobre alguns detalhes que denotavam a respeito de evoluções dentro da própria magia arcana, como passos dados numa trilha árdura que levava a inúmeras e inúmeras ramificações do conhecer tão rico daquela runa. Indo mais além — e com um toque despercebido do rúna-meistari em seu ombro — percebeu que o livro ganhava também páginas que eram desbloqueadas com a magia arcana.

As páginas subdividiam-se em categorias específicas da runa ᚱ num passe de mágica.

— Como você pôde ver, cara porta, — as rugas ao redor dos olhos cansados pelo tempo de Lurin pareciam dançar junto com a magia fluindo ao longo do livro — Raidho diz além do que apenas sobre viagens. É sobre o seu próprio ritmo, seu caminho interior a ser percorrido… — ele começou a afastar-se lentamente de Uriel com as mãos descansando sobre as costas — seus primeiros passos. Nunca se esqueça desse dia, portinha. Mesmo uma porta com uma maçaneta tão pequena quanto a sua ainda pode mostrar caminhos especialmente surpreendentes.  

No lugar em que estavam, logo puderam ouvir o som de alguma movimentação advinda da entrada da biblioteca. Lurin levou os dedos às têmporas demonstrando irritação e soltou um longo suspiro. Ele deu o primeiro passo e sua longa capa azul-marinho condecorada em detalhes dourados alastrios farfalhou no ar antes de seguir numa caminhada enfurecida na direção do que quer que tenha-o tirado do sério.

— É uma pena que nem todos vocês sejam portas. Alguns são só paredes rígidas e tornam caminhos inteiros intransponíveis — havia rancor naquelas palavras, é claro, se Uriel se dispusesse a perceber e não perdesse os próprios sentidos nas palavras encantadas do livro.

Enquanto um novo mundo encontrava-se diante de seus olhos naquelas páginas, percebeu que Lurin havia encontrado novos afazeres dentro da biblioteca, burocracias de um rúna-meistari arcanista, afinal. De toda maneira, agora dispondo de tantos conhecimentos novos diante de si, Uriel sentia a exaustão em sua própria fonte mágica conforme piscava diante do alureano disposto no papel junto de runas talhadas como se tivessem sido escritas com a própria mana de alguém. Apesar do progresso obtido, talvez fosse melhor estabelecer um descanso de corpo e mente antes de prosseguir nos ensinos, mesmo que isso significasse não ter o apoio direto do docente bibliotecário no seu próximo passo.

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Dom Set 20, 2020 7:04 pm
Reino de Alastrine
Capital — Ruas de Alastrine

Teria eu sido ambiciosa demais em querer aprender tal magia tão única e incrível? As novas informações encantavam-me e eu ainda estava sedenta por conhecimento, mas o corpo pesou e a mente foi cansando demais a ponto de eu nem mais conseguir assilar as palavras que lia. Fechei meu grimório arcano de iniciante e arqueei a cabeça para trás, respirando fundo e fechando os olhos por alguns segundos. Foi quando notei que estava sozinha na seção.

- Mestre Lauri?

Meus olhos varreram todo o espaço ali e nada do rúna-meistari. "Velho...", bufei. Eu nem tive tempo de procurá-lo pela biblioteca, visto que a badalada da catedral logo tratou de retornar-me à realidade e eu precisava correr para o quartel ou chegaria atrasada para o café da manhã e, consequentemente, me atrasaria para a ronda matinal. Eu precisaria correr, então corri.

Certamente eu não era a melhor corredora da Alataguarda, mas eu conseguia correr por longas distâncias em uma velocidade normal, quase que trotando, por isso que consegui chegar à tempo de trocar de roupa, pegar meu escudo e partir para o café da manhã. Banho? Não tínhamos esse costume pela manhã, era mais rápido só lavar o rosto. Banhos eram sempre no turno da tarde, então recorríamos às colônias dos perfumistas de Alastrine. Bem, isso são as mulheres. A maioria dos homens optam pelo "odor natural" mesmo. Nojo.

O café da manhã era simples, mas rico em energia. Dois pães de trigo, quatro fatias de presunto de yargr, um copo de leite quente de yargr e uma maçã ou banana. Saudável, não? Era meu café da manhã predileto, em contra partida, os dias de mingau de aveia e peixe frito eram os piores. Urgh! Ilyanna acenou assim que me viu, então fui sentar-me com ela.

- Bom dia, Uriel. Está um pouco atrasada, não?
- Talvez. - notei que ela já estava quase finalizando sua refeição, assim como Francis, que jazia ao meu lado. - Como vai, Francis?
- Tudo ótimo, Uriel. - ele parecia nervoso.
- É mentira! Ele está todo medroso por que hoje temos que nos enfrentar nos treinos dessa semana. - Ilyanna sorriu.
- Aposto que você acaba com ela, Francis.
- IMPOSSÍVEL! Ela é um monstro com a maldita magia elemental dela. - Francis devorava tudo freneticamente.
- HAHAHAHA, você que é um fracote.

A implicância de ambos era tipicamente infantil e eles faziam isso sempre que precisavam se enfrentar nos treinos dos lanceiros. Para muitos, a Altaguarda é apenas um quartel, mas vai muito além disso para nós altoguardas. Escudeiros são a defesa de Alastrine, tanto a linha de frente quanto a proteção do alto escalão. Em seguida vem os lanceiros, guerreiros armados e impiedosos, são a força bruta do Reino. Os arqueiros são quase tão populares quanto os lanceiros e, geralmente, são rápidos e furtivos, os olhos alastrios. Por fim, mas não menos importantes, estão os cavaleiros, um grupo seleto de altoguardas capazes de adestrar forstes criaturas como montaria, são o coração de Alastrine. Éramos todos uma grande familia, claramente baseados em hierarquia e disciplina.

A ronda matinal foi extremamente cansativa. Ter passado a noite em claro foi incrível, mas paguei o preço alto da falta de repouso. Eu estava exausta e certamente dormiria logo cedo ao final do dia de hoje.

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Qui Set 24, 2020 1:57 am
Reino de Alastrine
Capital — Altaguarda
Aquilo que Podemos Tocar — Encantamento II
Parte I

Descobrir uma nova parte de si era uma aventura e tanto. Eu acho que nunca havia me sentido tão realizada quanto eu estava me sentindo agora, após compreender melhor a runa raidho e suas propriedades, indo muito além de uma simples viagem física, mas o caminho que se deve percorrer para chegar a determinado objetivo. E eu estava em uma jornada assim.

Alguns dias tinham se passado, mas eu não sei dizer certamente quantos dias, visto que minhas tarefas diárias tomavam-me mais tempo que eu esperava. Obviamente eu era a número um, a melhor soldado do meu esquedrão, mas a cobrança diária pareciam duas rochas imensas penduradas em meu pescoço e eu não conseguia muito tempo para estudar as runas. Mas minha folga estava chegando, e eu certamente a aproveitaria com maestria na biblioteca, imersa nos livros.

— Soldado Lindion, você está me ouvindo?
Perdoe-me senhor, acabei por distrair-me. - pisquei, voltando ao centro de treinamento. Capitão Paul era o responsável pelo treino de hoje, enquanto os outros chefes de esquadrão observavam. O homem encarou-me.
— Deixe de fazer corpo mole, soldado! Hoje você enfrentará a soldado Sullivan, entendido?
Sim senhor! - peguei meu escudo e dirigi-me ao campo de treino.
— Sullivan, vá pro seu posto. Entendido?
Sim senhor! - a soldado tomou a posição oposta à mim.
Não corra de mim, Ilyanna.
Jamais, Uriel.

Nossa troca de olhares era intensa. Uma parecia devorar a outra em um misto de alegria e dever, visto que éramos boas amigas, mas nunca deixaríamos nosso dever com Alastrine para trás. Se esse treino estava aocntecendo, era por que realmente tinha sua devida importância. Ilyanna sorria, claramente por ser a melhor oportunidade de assumir uma colocação maior em seu esquadrão e eu estava séria, não queria dar qualquer gosto de derrota para os babacas de meu esquadrão. Daríamos nosso melhor.

Ilyanna deu o primeiro passo. Com a ponta da lança virada em minha direção, Ilyanna cobriu rapidamente a distância entre nós. Sua agilidade era bem superior à minha, mas meu escudo era muito maior. A ponta da lança rapou o escudo de alastina, deixando Ilyanna passa direto por mim e, virando meu corpo 180 graus, já estava pronta pra o próximo ataque. A lanceira foi rápida e girou o bastão nas mãos, atingindo o escudo com uma sequência rápida de golpes, porém todos defendidos por meu escudo. A pancadas não eram fracas, portanto eu podia sentir uma leve pontada dor em meu braço esquerdo, mas nada que já não fosse habitual.

Vendo que seus golpes não surtiam muitos efeitos, Ilyana deu um mortal para trás e essa era a abertura que eu precisava. Antes mesmo que pudesse perceber, bradei "By honor and justice!", tirando pelo instante que eu precisava a atenção de minha oponente e acertanto-a com meu avanço, arremessando-a alguns metros para trás. Voltei a tomar distância com cuidado, enquanto Ilyanna cuspia um pouco de sangue, visto que o impacto não fora fraco, e mesmo assim ela sorriu.

Vagabunda! - no ápice de sua raiva e em busca de vitória, Ilyanna projetou três esferas de fogo ao seu redor. - Toma isso!

Ela lanou a primeira esfera de fogo, que foi facilmente defendida pelo meu escudo. Ele fora feito de alastina, então era bem resistente. A segunda esfera de fogo veio, mas dessa vez o impacto fora bem maior e meus pés deslizaram para trás com o choque. A terceira esfera veio assim que a segunda foi desfeita, não me dando tempo de reação, e me empurrando mais ainda para trás. Eu podia sentir o calor do escudo chegando ao meu braço. Ilyanna sorriu e mais três esferas foram se formando ao redor da lanceira. Ela gritou e dessa vez lançou as três esferas em sequência. Eu não tinha como aguentar tanto calor assim, mas eu precisava. Eu podia sentir minha carne queimando a cada choque das esferas de fogo e quando eu pensava que estava terminando, Ilyanna invocou mais três esferas.

É o fim da linha, Uriel! - ela sorriu.

Ilyanna lançou as três esferas e eu as defendi, como eu sabia que faria. Assim que a terceira esfera atingiu meu escudo e após ouvir meu urro pela dor lacerante da queimadura, Ilyanna girou sua lança e arrancou o escudo de meu braço. Ela chegara tão rápido. A lanceira girou o corpo e a ponta afiada da lança rasgou minha coxa e, em seguida, um chute reforçado da loira me arremessou alguns metros para trás. Seria esse meu fim? Ilyana envocou uma de suas esferas de fogo. Então finalmente eu seria derrotada? Assim? Sem honra alguma? Não! Eu não deixaria que isso acontecesse e reuni minhas últimas forças para conseguir levantar. Ilyanna sorriu, mas eu estava de pé e eu ainda lutaria. A esfera de fogo fora arremessada. Eu não iria ceder.

Thurisaz, proteja-me!

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Canalizando minha mana na mão direita, encantei a runa à minha frente e eu pude sentir toda a mana emanando dela. Uma espécie de barreira se fez presente e aparou boa parte do dano que eu tomaria, não permitindo que o fogo de Ilyanna me queimasse. A loira ficou boquiaberta, assim como aqueles que nos assistiam. Com dificuldade, corri o mais rápido possível até meu escudo e Ilyanna já urrava em meu encalço. Assim que o posicionei corretamente, já estava aparando o primeiro golpe da lanceira em fúria. Aparei o segundo e o terceiro. A adrenalina era tanto que eu nem sentia a carne do meu braço abrindo-se por conta dos impactos e da queimadura. Utilizando de minha perna não maculada, avancei pela lateral, reposicionando-me, mas dando tempo para que ela nota-se a mudança de posição e tivesse que alterar seu golpe. E então, quando a abertura surgiu, eu avancei novamente com meu escudo, atingindo a lateral exposta de minha oponente, que caiu de joelhos.

Você me paga, Urizinha.
Descanse, Ilyanna. - com um soco, a nocauteei.

Todos estavam abismados com a quantidade de poder ali, visto que muitos altoguardas nem conseguiam manipular a mana para coisas simples, e ver duas mulheres assim, com tanatas habilidades, era demais para muitos ali. Eu ainda estava abismada com o que acontecera, então eu precisaria entender um pouco melhor as capacidades de cada runa e talvez buscar encantá-las da melhor maneira. Será que Mestre Lauri me ajudaria?


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Sex Set 25, 2020 2:20 pm
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Capital — Altaguarda
Aquilo que Podemos Tocar — Encantamento II
Parte II

Nossa, Uriel, seu braço... - Francis ficara boquiaberto com a queimadura que tomara conta de meu braço esquerdo - Mesmo com o escudo o primal de Ilyanna fez esse estrago todo?
Nem eu imaginava que ela era tão poderosa assim. - eu disse enquanto fazia careta para sentar, visto que minha perna sangrava pelo corte provocado pela lanceira - Ela vai ficar bem?
Não se preocupe, Mestre Marmedoke já está tomando conta dela. - ele sorriu.
Eu realmente quero que ela fique bem, parecia que ela estava completamente esgotada...
— E estava, mas a soldado Sullivan vai ficar bem. - o capitão Marmedoke entrava em minha seção da enfermaria - Uma elemental formidável, porém muito inconsequente, devo dizer.
Como assim senhor? - as mãos de Francis emitiam um brilho ciano sobre o corte em minha coxa, que lentamente ia se fechando.
— Ela quase perdeu toda a mana de seu corpo.
Ah, que maluca! - indagou Francis, sendo logo repreendido pelo olhar penetrante do capitão no recinto.
— De qualquer modo, vim olhar sua queimadura. - ele examinou meu braço por alguns segundos - Como você acha que devemos tratar dessa monstruosidade, Francis?
Senhor, apenas um médico elemental pode curar feridas elementais, senhor. - a magia de Francis estava quase fechando o corte por completo.
— Errado, rapaz. Lembre-se, um especialista em restauração pode curar quase qualquer coisa.
Ah sim, verdade. Perdoe-me mestre. - a luz das mãos de meu colega fraquejaram por um instante, mas ele voltou a concentrar-se na cura.
— Você entenderá em breve, rapaz. Mas está fazendo um ótimo trabalho.

Depois que o corte na perna estava completamente fechado, o capitão Marmedoke, mestre em Medicina e Cura, tomou meu braço em suas mãos. Ele sorriu e um círculo mágico surgiu sob meus pés e então tentáculos de mana envolveram meu corpo, mas eu não sentia dor alguma em meus machucados. Em questão de minutos, minhas feridas estavam completamente curadas, assim como minha fadiga e a queimadura em meu braço.

— Pronto, você está liberada. Pode começar sua ronda, Uriel.

Agradeci o tratamento e voltei ao alojamento para iniciar minha ronda. Hoje, apenas Francis me acompanharia, visto que o tratamento de Ilyanna deveria durar até a manhã seguinte. Eu não sabia muito sobre Francis, nem ele sobre mim, mas ambos nos respeitávamos e nos importávamos um com o outro. Obviamente, o jovem aspirante à médico altoguarda era uma boa companhia. Diferente de Ilyanna, que era bem mais impulsiva e com instinto aventureiro, Francis era bem mais pacífico e sempre buscava resolver tudo com conversa. Sim, ele não era muito bom de briga, mas era bem esperto. Com ele, tratamos de ajudar civis com problemas comuns e rotineiros, cuidando de problemas entre vizinhos até mesmo tratando dos impostos de uma comerciante. Francis fazia de tudo e as pessoas o adoravam por onde passávamos.

Você deveria deixar de ser um altoguarda, Francis. - ele parou de supetão.
P-Por que diz isso, Uriel? - ele parecia incrédulo.
Acredito que você seria bem mais útil cuidando do povo nos hospitais, do que tratando de arrogantes machistas da Altaguarda.
Aah - ele suspirou aliviado - Mas eu gosto de ser um altoguarda, sinto que nasci pra isso.
Tenho em mim que você só sente isso por ser mais uma tradição da sua família, do que sua vocação real. Não é mesmo, Francis Marmedoke? - sorri.
Como você...?
Foi só um tiro no escuro, mas você caiu como um yargr.
Sua... - ele sorriu - Não conte a ninguém, prefiro que não saibam.
Por isso usa o nome da sua mãe?
Sim, eu gosto de criar essa distinção, mesmo ele sendo tão legal comigo.
Entendo... Bem, nossa ronda está para terminar. Vou trocar de roupa e ir à biblioteca. Preciso estudar.
Farei o mesmo, mas na enfermaria do quartel.

Ele sorriu para mim e partiu em direção aos seus deveres. Talvez Fracis realmente quisesse estar ali, mas... Bem, eu tinha preocupações um pouco maiores para lidar no momento. Troquei de roupa e parti rumo à biblioteca, seria mais uma noite de muito estudo. Eu precisava entender um pouco melhor as runas, visto que pouco sabia sobre elas. Nos últimos dias, eu havia lido um pouco mais sobre a magia rúnica e tinha visto sobre o uso da thurisaz como proteção, mas não imaginava que conseguiria encantar a runa assim, no desespero. Aposto que a adrenalina deve influenciar em algo... Talvez Mestre Lauri me ajudasse nessa questão.

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