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[CL] Almofadas e peixes - Página 2 Empty [CL] Almofadas e peixes

Dom Ago 30, 2020 3:45 pm
Relembrando a primeira mensagem :

[CL] Almofadas e peixes - Página 2 1691351814

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[CL] Almofadas e peixes - Página 2 Empty Missão simples

Qui Set 17, 2020 10:46 am
Quest: Nem tudo que reluz é ouro

Descrição: Um alvoroço começou em Ngerupolis. Keiko, um tabaxi um tanto atrapalhado, começou a gritar que encontrou um tesouro raríssimo e que precisa de ajuda para pegá-lo. Apesar da natural curiosidade felina, ninguém dá ouvidos a Keiko, já que sua fama de ligeiramente maluco o precede. Sozinho e sem esperanças, o felino recorre a Leoster devido à sua pequena fama por ajudar a plantação do vilarejo. Keiko explica que viu um grupo de mercenários entrando em umas ruínas ao leste da vila e que TEM CERTEZA que se trata de um tesouro IMPORTANTÍSSIMO.

Nota 1: Keiko irá acompanhar a missão. Deixá-lo para trás ou a morte dele resultará em uma falha crítica. Traços de personalidade essenciais: Keiko é atrapalhado e não consegue ficar de boca fechada. É capaz de usar o mínimo de magia arcana (a seu critério).

Nota 2: O local das ruínas fica a seu critério. Considere que tanto o exterior quanto o interior estão bem vigiados por "mercenários". A raça desses "mercenários" fica a seu critério. Considere eles bem fracos, algo nível 1 mesmo. Portanto, você pode usar duas abordagens: ser furtivo ou chegar tacando fogo em geral.

Nota 2.1: Lembre que quem "te deu" a missão foi o Keiko e que ele já tem uma fama de maluquice. Portanto, você pode brincar com isso durante a missão. Principalmente no que tange à identidade dos supostos mercenários e o que estavam fazendo ali nas ruínas.

Nota 3: Considere pequenas armadilhas no interior das ruínas. Algumas são visíveis e podem ser desativada e/ou evitadas, mas há algumas que necessariamente irão ser ativadas. Que tipos de armadilhas? Você define.

Nota 4: Como era de se esperar, não há tesouro nenhum ali. Entretanto, talvez para um tabaxi, possa haver algum souvenir interessante alil (nada que possua valor).

Recompenas: 50 xp + 1 baú simples + ouro a ser definido

chansudesu, Leoster, Emme e Tzo gostam desta mensagem

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[CL] Almofadas e peixes - Página 2 Empty Re: [CL] Almofadas e peixes

Qui Out 08, 2020 11:55 am
Acordei de um pesadelo onde um bando daqueles pequenos seres cogumelos me perseguia, cada um com uma escovinha idêntica à minha, mas minúscula, gritando coisas em uma língua que eu não conhecia, enquanto os anciões riam, observando-me de cima de uma árvore sem folhas. - NYAAAAAHHH!!!

Levantei em um pulo, rapidamente sacando minha escovinha e olhando para todos os lados. Não havia mais ninguém ali.

- Claro que era um sonho. Minha escovinha jamais me trairia dessa forma tão nefasta... - dizia, aproveitando para escovar meus pelos arrepiados do sonho.

Podia sentir-me muito mais relaxado, agora com os pelos perfeitamente limpos, brilhosos e alinhados, quando saí de minha cabana para tomar um ar e ver o que se passava na vila. Tudo parecia tranquilo e exatamente o mesmo de sempre, a não ser... Pelo fato de que nada era todo dia o mesmo naquela vila.

Minha atenção foi atraída por um burburinho que estava acontecendo pela praça central, em frente à tenda onde se reunia o conselho dos anciões. Keiko, um jovem tabaxi conhecido por suas peripécias, era o centro do espetáculo da vez.

- Cêis não tão entendendo! Tem um tesoro sim, eu sei que tem, ela me disse. - argumentava o felino, em um misto apressado de animação e súplica - Cêis têm que liberar essa expedição, vai ser bom pra vila.

- Hum, um tesouro, certo, certo, claro... - respondeu o ancião que o atendia, totalmente desinteressado - Mas ela quem, exatamente?

- A fada da floresta, claro! Ela me viu enquanto eu colhia meus cogumelos e me disse que tinha um tesoro num castelo, e eu vim aqui correndo pra contar procêis.

- Aff... - bufou o ancião, exasperado - Perdoe-me, jovem, mas não tenho como desperdiçar meu tempo, tampouco dos demais tabaxi, abrindo uma expedição por um suposto tesouro, em um suposto castelo, de uma suposta fada! Se quiser ir, que vá sozinho, ou apenas... - foi então que os olhos do ancião me avistaram. Tentei rapidamente procurar por um lugar para me esconder, mas já era tarde - Oooh, jovem Leoster, que momento mais oportuno! - começou... Velho maldito.

- Err... Bom dia. Hehe... - cumprimentei, sem jeito, me aproximando de algo que eu sabia que seria uma grande dor de cabeça.

- Tio Leo! - respondeu Keiko, seus olhinhos de gato brilhando ao meu ver. Toda a vez era a mesma coisa. Ele era filho de uma de minhas irmãs, e tinha certa admiração por mim, sempre gritando nosso parentesco toda vez que nos encontrávamos - como se todos os tabaxis não tivessem algum grau de parentesco.

- Jovem Leoster, estamos em um pequeno impasse. O pequeno Keiko aqui tem um tesouro para encontrar para nossa vila, mas eu não posso ajudar nem tampouco liberar os demais para uma expedição no local, pois precisamos repor nossos estoques de óleo... Você entende, certo? - não tinha como contra argumentar, então apenas ouvi em silêncio - Mas, com base em seus grandes feitos recentes, acredito que uma aventura dessas não seria um problema para você, não é mesmo? - o sorriso malicioso do velho me deu vontade de lhe dar uma resposta bem boa, mas me mantive calado, em respeito.

- Não, de fato não seria, mas- - tentei argumentar, mas logo fui cortado pelo velho.

- Oho, viram só? Então está resolvido! Tão benevolente como sempre, jovem Leoster, muito obrigado por se oferecer para acompanhar o jovem Keiko nessa expedição, podem partir imediatamente!

- O que?! Acompanhar... Que? Não, não, eu posso ir soz-

- 'Brigado, tio Leoster! Vamo, eu mostro o caminho! - Keiko pulava animado no mesmo lugar, abafando o riso sarcástico do velho e os murmurinhos da multidão que agora se dispersava.

É, acho que seria um longo dia.


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[CL] Almofadas e peixes - Página 2 Empty Re: [CL] Almofadas e peixes

Qua Dez 02, 2020 2:08 am
Parti junto de Keiko para a orla da floresta, à contragosto. Como se não bastasse a situação, Keiko não conseguia calar-se por um instante sequer, e o pior: ficava me instigando a falar mais e mais, perguntando sobre minhas viagens e até mesmo fazendo-me contar a mesma história mais de uma vez, apenas porque ele havia gostado.

- Mas, afinal de contas, Keiko, onde fica esse tal castelo do tesouro que estamos procurando? - questionei, quase uma hora depois de termos saído da vila e começado a darmos voltas e mais voltas pela floresta, sem rumo.

- Não faço ideia! - exclamou, animadamente, em resposta, como se estivéssemos em uma aventura. Bem, para ele possivelmente estávamos, e o pobre jovem não tinha culpa se para mim estava mais para purgatório. Alias, ele tinha sim.

- NÃO FAZ IDEIA?! - exasperei-me, gritando tão alto que o mais jovem estremeceu, seu sorriso vacilando por um leve instante - Quer dizer então que estou dando voltas e mais voltas pela floresta, achando que você estava me guiando, quando na verdade estávamos só rodando sem rumo? - tentei amenizar um pouco meu tom.

- Não, não, tio! Eu não sei como chega no castelo, quando eu estive lá da outra vez a fada me levou, mas tinha uns monstros, eu me assustei e saí correndo, não sei voltar pra lá... Mas a fada sabe! - explicou, logo se animando novamente.

- Huum, essa fada sabe, então... E como encontramos a tal da fada?

- É fácil! Tem um cogumelo especial, ela sempre aparece quando eu como um deles... Eu to procurando, mas até agora não encontrei nenhum...

Fadas... Cogumelos... Todos já achavam que Keiko não batia bem da cabeça, que possuía um parafuso a menos, mas agora era definitivo: o garoto era realmente meio amalucado.

- Quer saber? Não me leva a mal não, Keiko, mas melhor esquecer esse castelo e voltarmos pra vila. Já perdi tempo demais nisso.

- Não, tio! Espera, acho que encontrei! - o garoto então saiu dando pulinhos rápidos até uma árvore velha caída que havia por ali, com vários fungos na volta. Por maior que fosse a sensação de que já havíamos passado por aquele exato ponto dezenas de vezes, tinha certeza de que não tinha visto tal árvore com fungos antes.

Sem esperar nem mais um segundo sequer, tampouco dar ouvidos a qualquer de minhas palavras, Keiko sentou-se calmamente sobre o tronco e serviu-se de uma farta porção daqueles cogumelos - ricamente coloridos, por sinal. Antes que o garoto o levasse à boca, tentei gritar e correr para impedi-lo, avisando que devia ser algo venenoso, mas já era tarde: ele o engolira inteiro.

Passados alguns instantes... Simplesmente nada aconteceu. Keiko continuava ali, bem e contente, nenhum sinal de mal estar ou dor de barriga. Alias, parecia até mais animado do que antes... Se é que era possível.

- Huum, que gostoso esse cogumelo... Ele ta tããããooo booom.... E tem tantos, mas acho que vou comer tooooodos sozinho. - disse o garoto, aparentemente para o além, pois certamente não era para mim.

Keiko me deu uma piscadela meio torta - visto que quando tentou piscar com um olho o outro logo seguiu o movimento, na sequência, em uma contração completa do rosto do felino - e logo consegui entender que parecia fazer parte de um plano, pois logo ouvi uma voz feminina respondendo a suas palavras.

- Ah não, Keiko, de novo não. Vai dividir comigo sim!

Olhei para um lado e depois para o outro, procurando a origem da voz, mas sem ver ninguém ali conosco. Foi então que olhei para Keiko e decidi seguir seu olhar, que era dirigido para o tronco onde estava sentado, e onde havia... Uma criatura bastante pitoresca, para não falar outra coisa.

Em um primeiro momento pensei tratar-se de um caracol ordinário. Contudo, olhando mais atentamente, pude perceber que a parte de seu corpo à frente da carapaça era muito maior e mais ereta, e com formas extremamente diferentes, visto que dela se projetava uma cabeça com curtos cabelos, além de um par de braços e de asas como as de borboletas.

- Keiko, isso não é uma fada! É uma ninfa. - exclamei, boquiaberto. Agora fazia total sentido.

- Fada, ninfa... Se eu o chamasse de gato, por acaso deixaria de ser um Tabaxi, bichano? - respondeu imediatamente a ninfa de língua afiada - Vamos, Keiko, divida alguns comigo, você sabe que são meus favoritos, mas que sou proibida de colhê-los sozinha!

- Está bem, dona fada, mas só com uma condição! - disse o gatinho, parando no meio o ato de entregar um grande e rechonchudo cogumelo colorido, dando ênfase às suas palavras com o gesto - Quero que leve eu e tio Leo lá naquele castelo da clareira que me levou no outro dia, pode 'cê?

A ninfa pareceu pensar por um instante extremamente breve - quase inexistente, pra falar a verdade - e logo tascou o cogumelo da mão de Keiko, balançando afirmativamente sua cabeça enquanto abocanhava o fungo. Logo após a pequena ninfa bateu suas diminutas asinhas e alçou voo, fazendo sinal para que a seguíssemos.

Apesar de seu tamanho, acabei precisando admitir que a ninfa tinha um voo bem rápido, fazendo com que eu tivesse que me esforçar para conseguir acompanhá-la, ainda mais considerando que parecíamos nos embrenhar cada vez mais profundamente na floresta, cuja mata ficava a cada passo mais fechada.

- Ei, vai mais devagar, assim a gente não vai conseguir te acompanhar... Que?

A ninfa havia acabado de passar por um emaranhado de cipós e raízes, que para ela fora uma simples travessia, mas para mim e Keiko fora um verdadeiro desafio. Contudo, logo que pisei para além da passagem, não havia nem sequer final da ninfa, mas a visão que tive era muito mais impressionante.

Uma clareira gigantesca abria-se à minha frente, talvez com tamanho suficiente para talvez comportar metade das cabanas de Ngerupolis. Keiko chegou ao meu lado enquanto eu analisava a clareira. Ela parecia abandonada há muito tempo, tendo vários arbustos espalhados, de diversos tipos e tamanhos diferentes, sem falar do mato alto.

- É aqui! É aqui mesmo, tio Leo! Vem, vem, o castelo fica no centro, bem... Aqui!

Keiko seguiu correndo na frente, indicando o caminho, enquanto o seguia, olhava para todos os lados, em busca do tal do castelo, mas só quando chegamos bem ao centro da clareira foi que eu o enxerguei e acabei por me deparar com a realidade: no exato centro da clareira, mais parecendo com uma das casas de bonecas de crianças humanas, havia uma miniatura de castelo, cujos portões pareciam tão pequenos que possivelmente nem minha pata caberia.

O que eu havia feito para merecer tamanha sorte?

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[CL] Almofadas e peixes - Página 2 Empty Re: [CL] Almofadas e peixes

Sáb Dez 05, 2020 9:48 pm
Era para ser um belo dia de sol com uma fresca brisa, excelente pra fazer absolutamente nada e só curtir a boa vida. No entanto, lá estava eu, no meio de uma clareira sabe-se-lá em que lugar da floresta, guiado por uma ninfa que simplesmente desaparecera sem deixar vestígios, e acompanhado por um gato meio amalucado que jurava que dentro daquele castelo em miniatura haveria um tesouro. Será que se eu voltasse pra minha almofada e dormisse, poderia fingir que fora tudo só um pesadelo?

- Hum... Era isso? Esse é o teu castelo com o tesouro? - comentei, sem energia emocional pra sequer esbravejar algo elaborado.

- Sim, esse mesmo, tio Leo! A fada me trouxe aqui da outra vez e disse que tinha algo inestimável aí dentro, mas quando eu entrei tava cheio de monstros e eu...

- Pera... - o interrompi, tentando encontrar sentido em algo que tinha tudo, menos sentido - Tu estás dizendo que entrastes aí dentro? Como? Olhe para o tamanho disso!

- Sim, sim, eu entrei. Ele é pequeno, mas se o problema é tamanho, eu consigo resolver. Com magia! - explicara Keiko, seus olhinhos brilhando de excitação e empolgação com a possibilidade de demonstrar seus dotes mágicos.

Encarei o mais jovem por alguns instantes, impressionado com a conclusão que simplesmente surgia bem à frente de meus olhos. Nunca eu poderia - e provavelmente os demais tabaxi tampouco - imaginar que Keiko, com sua fama de... avoado... seria capaz de fazer magia, ainda mais com tamanha utilidade.

- Ah, mas então porque não dissestes antes?! Vamos lá, aumente esse castelo para que possamos explorar. - sentia certa empolgação surgindo em meu âmago, finalmente. Ao que parecia, apesar do jeito sonhador, Keiko até que não era tão louco quanto diziam...

- Claro, tio! - exclamou, sacando um galho seco que levava preso sobre sua orelha - não me pergunte como - e erguendo ambos os braços como um maestro - Assim que diminuirmos vamos entrar facinho lá dentro. - disse, por fim.

Suas palavras demoraram alguns instantes até fazerem sentido para mim. Quando finalmente entendi, tentei questionar, mas já era tarde - Dimin... O que?! Espera, como a- - foi tudo o que consegui dizer, antes de Keiko baixar os braços em um movimento rápido e eu sentir uma puxada para baixo bem no meio do estômago.

Em um piscar de olhos, tudo à minha volta pareceu crescer vertiginosamente. As árvores, às margens da clareira, subiam aos céus como montanhas verdes, cada vez mais altas, como se quisessem alcançar as nuvens. A grama subia por minhas patas, passando por minha cintura até encontrar-se acima de minha cabeça. O castelo à frente, que mais parecera um brinquedo de criança, anteriormente, tornava-se uma construção descomunal, imponente e reforçada.

O único problema é que tive que corrigir minha própria mente. Não eram as coisas à minha volta que estavam crescendo, mas sim eu que estava diminuindo, até atingir o tamanho de um tomate pequeno.

Olhei à volta, procurando Keiko. Ele já estava me esperando, bem à frente das portas do castelo. Agora que via melhor - alias, agora que conseguia enxergar melhor os detalhes, que antes me eram muito pequenos para serem percebidos - reparava que a construção parecia bastante antiga, desgastada e abandonada.

- Vem, tio. Vamos entrar. - chamou, esperando-me para empurrar as agora enormes portas do castelo.

- Porque nos diminuiu, ao invés de fazer crescer o castelo? - perguntei, assim que alcancei o outro gato.

- Ah, isso é simples! Eu sei fazer as coisas diminuírem, mas ainda não aprendi a fazer as coisas crescerem. - respondeu, simplesmente, empurrando a porta aparentemente sem perceber minha expressão de choque. Como iríamos voltar ao normal, então?! Bem, isso era algo a ser resolvido depois...

Assim que as portas cederam, um enorme saguão se abriu à nossa frente. Ao que tudo indicava, estava completamente vazio. Contudo, havia algo muito diferente e que chamara minha atenção. Em diversas partes da construção, como nas paredes, no teto, e principalmente em algumas pilastras, havia um tipo de plasma vermelho, como se fosse fogo líquido. Olhando bem, parecia estar preenchendo lacunas deterioradas na construção, como se estivesse mantendo o castelo em ruínas em pé.

- Parece que dessa vez ta vazio... - sussurrou Keiko, seguindo a passos cuidados.

Segui ao seu lado, também em silêncio, explorando com os olhos o lugar à minha volta, cheio de arcos, portas, corredores, e escadas que subiam e desciam.

Foi nesse instante que ouvimos um estalido às nossas costas, seguido do som das pesadas portas sendo arrastadas e fechadas com força. Antes mesmo que tivéssemos tempo de nos virar, vários desses estalidos surgiram por toda a nossa volta, cada um oriundo de uma faísca que surgia em pleno ar, a qual crescia em uma chama que avolumava-se e tomava forma.

Em poucos segundos, o saguão estava fortemente iluminado pelas diversas criaturas feitas de chamas que apareceram à nossa volta.

- Essa não, são os guardas! Eles deviam estar escondidos... - choramingou o jovem, olhando para todos os lados - Eu acho... Acho que a gente pode seguir por ali!

O gato apontou em uma direção onde havia uma escada que descia para um lugar mais escuro, possivelmente sem aquelas criaturas.

- Rápido, vá na frente! Eu vou distrair eles. - disse, sacando minha lendária escovinha e tomando posição de modo a reunir todos em uma única direção - Vocês vão se arrepender de terem cruzado caminho com o Grande Leoster, o Elementalista! - exclamei, conjurando uma esfera maciça de chamas na ponta de minha escovinha e lançando-a contra os inimigos.

O sorriso satisfeito de minha boca logo escorreu como cera ao fogo, quando minha magia os atingiu em cheio, explodindo sobre eles, mas totalmente inefetiva. Alias, pior do que isso: eles pareceram ter absorvido as chamas que eu conjurara contra eles, parecendo agora ainda maiores e mais ferozes!

- Er... Era brincadeira, era brincadeiraaaahh! - exclamei, quando alguns deles começaram a conjurar pequenas bolas de fogo e as lançar em minha direção, uma quase chamuscando meus pelos ao passar perigosamente próxima de mim. - Saiam daqui!

Convergi uma grande quantidade de ar com minha magia, conduzindo-o através de minha escovinha, e então lancei em forma de um vendaval contra o grupo de criaturas. Enquanto disparava, pude sentir a força daqueles ventos percorrendo meu corpo, tornando-me mais ágil por algum tempo.

Aproveitando da velocidade ganha, disparei na direção onde Keiko havia ido, sem sequer olhar para trás para ver se estava sendo seguido. Mas, onde estava aquele gato?! Minha pergunta, no entanto, logo foi substituída por outra antes mesmo de ser respondida: onde estava o chão?


Senti meu corpo em queda livre, e logo a pancada sobre uma superfície macia e felpuda, que exclamou um sonoro "AI!" ao amortecer minha queda, abençoado seja. Como estava correndo muito rápido e estava meio escuro, não tive tempo de notar em uma parte faltando do chão do castelo, que possivelmente havia desabado há muito tempo.

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