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[CL] Almofadas e peixes Empty [CL] Almofadas e peixes

Dom Ago 30, 2020 3:45 pm
[CL] Almofadas e peixes 1691351814
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[CL] Almofadas e peixes Empty Re: [CL] Almofadas e peixes

Dom Ago 30, 2020 5:28 pm

Lvl 01 (00/100)

HP (125/125)

MANA (200/200)

ST (100/100)
Acordei em tempo de ouvir o farfalhar da cortina que cobria a entrada de minha cabana. Sem abrir os olhos, revirei-me em minha macia almofada, esticando o braço e confirmando que eu estava só. Perfeito. Não havia maneira melhor de terminar uma excelente noite do que dispensar cordialidades desnecessárias pela manhã.

Abri meus olhos, que rapidamente adaptaram-se a fraca luz que adentrava, e visualizei um punhado de moedas de ouro, certamente deixadas pelo casal que acabara de partir. Recolhi as moedas com minha pata, aproveitando o movimento de esticar para espreguiçar-me, sorrindo enquanto recordava da noite anterior, quando o casal aparecera em minha porta. Alias, era assim desde que eu retornara de minha primeira viagem às terras humanas com minha escovinha, quando eu era apenas um jovem não muito maior do que um gato comum.

Era um rito de passagem dentre os Tabaxi. Jovens iam até cidades humanas, passando-se por gatos comuns, e retornavam trazendo algum souvenir. No meu caso, eu retornara com minha mais fiel e amada companheira: minha escovinha. Lembro-me que nas primeiras semanas desde meu retorno os outros Tabaxi faziam fila para passar a noite em minha almofada e deliciar-se das maravilhas de que eu era capaz. Por vezes acordava enroscado em outros cinco felinos, nem sempre da mesma espécie que a nossa. Era totalmente compreensível, afinal tal item em meu poder era capaz de limpar e alinhar os pelos, fazendo qualquer um ronronar em questão de poucos segundos.

Nessa noite um casal viera relembrar dos prazeres que eu podia lhes proporcionar, dessa vez juntos. Achei bastante curioso quando revelaram estarem em uma relação fixa, afinal, dentre nós, evitávamos esse tipo de limitação, sempre preferindo a liberdade de estar com quem quiser, quando quiser, por quanto tempo quiser. Nem mesmo os filhotes ficavam sob a guarda de seus progenitores, visto que todos eram criados juntos como filhos da vila, até crescerem o suficiente para alimentar-se sozinhos e construir a própria cabana, que lhes acompanharia pelo resto da vida e seria queimada em seu rito de passagem para o outro mundo.

Levantei-me sem preocupações e peguei um pouco de leite para o dejejum. Havia poucos dias que eu retornara de minha última viagem. Muitos dos Tabaxi aprendiam magia por conta, em Ngerupolis, por vezes mentoreados por algum ancião. Contudo, as artes mágicas mais comuns dentre nosso povo eram as de ordem Bestial e Etéreo, por vezes um ou outro Arcano. Contudo, eu queria algo diferente, que me destacasse, motivo pelo qual viagem até encontrar um mago Elementalista que me aceitasse como seu aprendiz. Pobre humano, esperava que ele não falecesse de desgosto ao perceber que eu partira. Para mim era monótono passar tempo demais no mesmo lugar. Havia retornado à vila apenas temporariamente, para... reencontrar os demais e também, é claro, exibir a magia que agora era capaz de realizar.

Espreguicei-me novamente, libertando um bocejo, sentindo meu corpo um pouco leve e relaxado demais. Havia ficado muito tempo parado enquanto estava com o mago, talvez fosse bom dar uma volta e exercitar-me um pouco, afinal seria uma lástima perder a forma tão bela que eu já apresentava há tantos anos.

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[CL] Almofadas e peixes Empty Re: [CL] Almofadas e peixes

Dom Ago 30, 2020 6:57 pm
[CL] Almofadas e peixes 3062073becea1425959b0acf1a5fe399
Nível Simples
Quest: Não, Não são Novelos de Lã.
Descrição: A pequena e pacata aldeia dos Tabaxi vem lidando com alguns problemas em suas plantações ao longo de um mês. Já tentaram de tudo com poções específicas contra pragas e encantamentos de proteção, mas parece que a incomum espécie de minhocas só tem ganhado resistência às adversidades e seguido corroendo seus pomares. Talvez seja o momento certo para que Leoster, junto de sua escovinha, consiga mais do que apenas satisfazer os prazeres de seus conterrâneos — mas também lidar diretamente com as problemáticas de Ngerupolis. As criaturas são pequenas e frágeis, mas reproduzem-se muito rapidamente e se escondem com maestria. Se ao menos ele pudesse descobrir de onde elas vêm...
Recompensas: 50 de XP — Baú Básico — Ouro a ser definido na conclusão.

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[CL] Almofadas e peixes Empty Re: [CL] Almofadas e peixes

Seg Ago 31, 2020 9:45 pm

Lvl 01 (00/100)

HP (125/125)

MANA (200/200)

ST (100/100)
Após meu dejejum, vesti-me como era apropriado para um felino de classe - como eu -, saquei minha inseparável escovinha e saí de minha cabana, logo sendo banhado pelos raios solares matinais, aquecendo meu pelo escuro.

- Prrrrr... - ronronei baixo, sentindo o calor gostoso do sol - Mas que belo dia, não é mesmo? Vejamos o que temos por aqui.



Enquanto passava meus olhos pela vila, via os demais Tabaxi em seu comum dia-a-dia. Alguns marchavam, levando consigo redes, em direção à praia, onde certamente encontrariam as canoas que usávamos para pescar. Outros cuidavam dos filhotes mais novos, que ainda precisavam de mais atenção, levando-os para pegar sol e andar um pouco.

Haviam ainda aqueles que estavam construindo ou reformando suas cabaninhas, os mais novos sempre recebendo ajuda de alguém mais experiente, normalmente os anciões. Mais ao lado, um grupinho dava conta das plantações que tínhamos.

Tantos outros passeavam alegremente pela vila, crianças e adultos brincando com um novelo de lã que ainda não havia sido desfiado. Senti meus bigodes vibrarem ao ver aquela bolinha pulando pra cá e pra lá. Quem sabe só um pouquinho...

Já me encaminhava, a passos silenciosos e sorrateiros, em direção ao grupinho, meus olhos vidrados, fixos no novelo, todos meus músculos prontos pro bote, quando um murmurinho vindo das plantações chamou minha atenção. Conversa alta, exclamações. Reclamações.

Ergui uma de minhas orelhas e direcionei ao local, para poder ouvir melhor o que estava ocorrendo. - Eu não aguento mais, todo o dia isso! Esses vermes inúteis, por mais que eu me livre deles sempre voltam!

Olhei em direção de onde vinham as vozes. Aquele que falava enraivecido era Ronron, o responsável pelas plantações. Ele saltava e pisava com força, aparentemente esmagando alguma coisa que havia no chão, movimento esse que passou a ser imitado pelos ajudantes do dia.

Curioso como naturalmente sou, fui até o lugar. Ronron era um antigo amigo. Fizemos nossa viagem às terras humanas na mesma época e sempre aproveitávamos quando podíamos para nos encontrar e rir dos humanos que acreditavam que éramos simples gatos. Ele sempre fora muito engraçado, mas hoje seu bom humor não parecia se fazer presente.

- Ei, Ronron, quanto tempo! Tudo bem por aqui? - cumprimentei, sem mais delongas, enquanto me aproximava.

- Leo! Mas que saudade! - deixando os demais de lado, Ronron veio até mim e me deu um abraço apertado, esfregando seu rosto contra o meu, entre ronronados, o que foi correspondido por mim - um comum cumprimento entre dois Tabaxis que são próximos. Em seguida, tomou espaço novamente e seguiu com sua explicação - Para ser sincero, bem que podiam estar melhores, viu? Desde já uma semana que esses vermes infelizes aparecem pelas plantações, comendo tudo o que vêem pela frente. Não servem pra pescar, nem pra atrair outros animais, só são nojentos e fedorentos mesmo. Já tentei descobrir de onde eles vêm, mas parece que saem do chão, igual minhocas, só que nojentos.

Isso explicava a sua irritação. Ronron havia sido designado como responsável da plantação havia alguns anos, e desde então ele sempre fora muito zeloso com suas tarefas. Dei uma olhada por cima de seu ombro e pude avistar, por todo o solo entre as verduras, vermes nojentos e asquerosos se contorcendo e rastejando, de aspecto nada agradável ou que parecesse divertido de brincar e fazer rolar - o que era bastante estranho.

- Eles são... eca, repulsivos. - exclamei, enquanto via um deles ser esmagado por um dos outros Tabaxi, desmanchando-se sobre sua pata em uma pasta nojenta e fedida. De fato, uma visão por deveras desagradável. - Você disse que não conseguiu ver nenhuma trilha de onde eles possam ter vindo e que saem do solo, mas eles devem vir de algum lugar, não é? Já tentou procurar pela região para ver se descobre algo?

- Então, na verdade essa manhã um garoto voltou da primeira expedição dele um pouco... traumatizado. Parece que na floresta, no caminho pra cá, ele tava andando distraído e acabou tropeçando e caindo numa clareira, bem no meio de um monte de vermes nojentos. Então ele fugiu e veio correndo e gritando até aqui. Eu não falei com ele ainda, mas acredito que só podem ser eles. Pelo que as cuidadoras que estão acalmando ele disseram, ele veio daquela direção. - fez sinal com sua garra para dentro da floresta, mais ao longe. - Eu tava pretendendo ir verificar assim que terminássemos de nos livrar dos que estão aqui, gostaria de vir junto, como nos velhos tempos?

- Mas é claro! Eu não perderia isso por nada.

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[CL] Almofadas e peixes Empty Re: [CL] Almofadas e peixes

Ter Set 01, 2020 12:48 pm

Lvl 01 (00/100)

HP (125/125)

MANA (200/200)

ST (100/100)
Seguimos pela direção que Ronron havia indicado, acompanhados pelos ajudantes das plantações. O caminho era um tanto quanto afastado da trilha principal para entrada e saída da vila, de modo que fomos tendo que desbravar a mata para seguir. Por sorte, por ser pelas redondezas, não se tratava de nada muito fechado, o que não nos dificultou acesso.

Caminhamos bem por uns 15 minutos até que finalmente chegamos no lugar que havia sido descrito, e era totalmente compreensível o pavor do jovem Tabaxi que acabara tropeçando na clareira mais cedo.

- Mas o que...?! - exclamou um dos ajudantes, sentimento compartilhado por todos nós, certamente.

Pude sentir meus pelos se eriçando completamente enquanto eu apreendia sob meus olhos o que havia ali. Graças à visão privilegiada que nossa raça possuía, tudo ficava ainda mais grotesco e repulsivo. Em meio à clareira haviam diversos tipos de... bulbos pulsantes e esburacados, que se projetavam do solo por uma haste. Talvez pudessem passar por algum tipo de fungo, não fosse o fato de parecerem carne viva. Dos buracos que haviam nos bulbos, saíam, vez ou outra, um verme igual aos que havíamos encontrado nas plantações, como se os tivesse criando.

O solo na clareira parecia ser um pouco mais baixo do que o resto da floresta, como se tivesse sido levemente escavado, e eu agradecia ao Gato por isso, pois era a única coisa que mantinha contido um verdadeiro mar daqueles vermes repulsivos. A quantidade era tanta que simplesmente era impossível ver o chão sob eles. As criaturas se moviam, rastejavam e contorciam umas sobre as outras, em um verdadeiro show de horrores.

Como se não bastasse, bem no centro da clareira, em meio a isso tudo, havia o que parecia ser uma montanha daqueles mesmos vermes, só que levemente maiores, como se fossem mais velhos. Eles subiam uns sobre os outros em uma formação estranha, que não me passava uma impressão nada boa. Meus sentidos estavam todos em alerta, como se houvesse um perigo à espreita. Ao olhar para meus irmãos e irmãs, reparei que o mesmo semblante em suas faces e a mesma tensão em seus corpos.

- Leo, em alguma das tuas viagens tu já viu ou ouviu falar de algo assim? - questionou-me Ronron.

- Não, nunca. Acredito nunca sequer ter visto um tipo de verme tão repulsivo assim, quanto menos nessa quantidade.

- Alguma sugestão? Porque eu, particularmente, não pretendo deixar isso assim para ver no que vai dar.

Parei por alguns instantes para analisar melhor o lugar, enquanto pensava nas possibilidades. Reparei que a depressão que formava aquela piscina de vermes estava afastada pouco mais de dois metros da borda da clareira, espaço esse onde não havia nada: não crescia grama, flores, tampouco qualquer outro tipo de vegetação, e eu sabia que, se olhasse mais de perto, sequer encontraria qualquer tipo de vida animal ali. Era como se a terra perto daqueles bulbos e vermes estivesse morta.

- Sabe se temos bastante óleo de peixe sobrando na vila? - questionei, após vários minutos refletindo.

- Eu acredito que sim, fizemos a contagem semana passada, e haviam alguns barris a mais do que havíamos estipulado. - informou Ronron, olhando-me desconfiado - Porque tenho a impressão de que eu não vou gostar nada do que está pensando?

- Porque já me conhece o suficiente pra isso. - respondi, minha rizada se transformando quase em um rosnado, dada a tensão na clareira - Preciso que me tragam o máximo que puderem.

- Vamos lá, pessoal, vocês ouviram o gato. Tragam quantos barris conseguirem carregar.

Os ajudantes partiram, então, pelo caminho por onde viemos, deixando eu e Ronron à sós até seu retorno, que demoraria algum tempo.

- Mas então, Leo, você pretende realmente...?

- A não ser que tenha uma ideia melhor, acredito ser o mais eficiente.

O tabaxi engoliu em seco, o que era natural, visto o que estava por vir. Após alguns minutos de tensão, Ronron perguntou-me sobre minha última expedição, afinal ele não saía da vila há anos, desde que fora designado responsável pelas plantações - não como se ele fosse obrigado, mas sim por gostar do que fazia.

Contei-lhe que viajei para leste de Alastrine, por terras menos lotadas de humanos e nas quais, em minha busca por um lugar para dormir, encontrei um moinho aparentemente abandonado. Ao chegar no moinho, contudo, conheci um humano já idoso e que parecia completamente senil, sem falar coisa com coisa. Surpresa minha foi a de descobrir que ele era um poderoso mago elementalista, que me ensinou os princípios de sua magia, e que me doou generosamente - ainda que ele não soubesse - o grimório que agora carregava comigo.

Os ajudantes chegaram um pouco mais rapidamente do que eu havia previsto. Talvez sua ânsia por livrarem-se dos bichos os houvesse impulsionado. Cada um trouxera consigo um barril cheio de óleo de peixe, uma substância extremamente inflamável, que usávamos tanto como combustível para cozinha ou lâmpadas quanto para as fogueiras que nos aqueciam no inverno.

- Vamos, pessoal. Me ajudem a jogar óleo sobre isso tudo. Acho que não precisa usar todo o óleo, só precisamos pelo menos encharcar a clareira toda. - comecei pegando uma das canecas medidoras que acompanhavam os barris, enchendo-a de óleo e lançando ao substância por sobre os vermes e bulbos. Não fui capaz de alcançar a estranha formação de criaturas no centro - que durante nosso tempo de espera percebi estarem se envelopando, como se formassem um casulo - dada minha força não muito impressionante, mas era certo que algum dos outros o faria.

Todos passaram a circundar a clareira, carregando um barril de óleo consigo, sempre jogando a substância na maior extensão possível, até gastarmos pelo menos três dos cinco barris que trouxeram.

- Pronto, acho que isso já é o suficiente. - disse, ajudando os outros a reunir os barris com o que restara de óleo no solo morto na beirada da clareira - Agora, se puderem se afastar, acredito que não vão gostar nada de ver isso muito de perto.

Era chegado o meu momento. Saquei minha escovinha, que estava segura em meu sinto, e meu grimório, que carregava em minhas costas, concentrando-me no encantamento que canalizava minha magia de fogo.

- An fuinneamh ionam a dhó, a dhó, a thiontú agus a dhó mar an ghrian féin... - pronunciava, sentindo a magia que corria por meu sangue arder como se eu estivesse sendo preenchido por chamas vivas. Canalizei tal poder através de minha escovinha, gerando uma bola de fogo em sua ponta. Concentrado como estava, mal pude perceber quando os demais tabaxis, todos, deram alguns passos para trás, afastando-se do fogo que eu criava. Quando estava pronto, lancei aquela energia contra o centro da clareira, bradando - FOGO FELINO!

Com minha pontaria, fui capaz de atingir em cheio o alvo imóvel no qual eu mirara: a formação de vermes bem no centro da clareira. No instante do impacto, a bola de chamas eclodiu, tomando conta de toda a montanha de vermes que ali havia. Um instante depois, pareceu explodir, graças ao óleo que havíamos jogado, espalhando-se até a beirada da depressão onde estavam os vermes. Foi quando um tipo de grito pavoroso passou a ecoar pelo lugar, vindo do centro da clareira, fazendo nossas espinhas arrepiarem ainda mais, se é que era possível.

- GRRRRHHHYAAAAAA

Senti uma leve oscilação no chão sob meus pés, por sorte meus sentidos e meu instinto me alertaram em tempo. - NYAAAAHHHH - berrei, sem tempo suficiente para formar palavras, e saltei com força para uma arvore, agarrando-me em seu tronco com minhas garras, tal qual os demais tabaxi, e posso dizer que foi o que nos salvou.

Quando olhei para trás, aquela formação toda - que então descobrimos ser uma coisa só e que cobria TODA a clareira - estava puxando as bordas de seu corpo principal para o centro, incluindo os dois metros de terra aparentemente morta que havia na beirada, onde estavam os barris com o que ainda havia de óleo. As bordas daquilo tudo se elevaram do solo, revelando uma espécie de membrana pútrida do que parecia ser carne podre, que fechou-se sobre o centro como uma flor, engolindo o fogo, os vermes, e o óleo.

A terra e as arvores estremeceram quando o fogo consumiu os barris, inflamando em um único instante todo o óleo, causando uma explosão dentro daquela bola fechada, que estremeceu e então esmoreceu. Levou uns bons minutos para que aquilo tudo fosse consumido pelas chamas, tempo esse em que todos passamos seguramente grudados nos troncos das árvores, incapazes de mover uma garra sequer. Quando finalmente pareceu ser seguro, descemos.

Tudo o que havia restado na clareira era cinzas. Olhando atentamente o solo, pudemos ver que haviam buracos por onde os vermes provavelmente estavam indo até as plantações para se alimentar, mas agora vazios.

- Pelo Gato, faz alguma ideia do que possa ser ou de onde possa ter vindo essa coisa??? - questionou Ronron, sobressaltado, seus olhos arregalados.

- Tenho algumas ideias, mas nenhuma certeza, e uma mais pavorosa do que a outra para que eu me sinta confortável em verbalizar. Pelo Gato, eu espero que algo assim não volte a aparecer nunca mais por aqui.

Com nossos sentidos ainda em alerta, retornamos todos para a vila. Não sobrara óleo algum dos barris que os ajudantes haviam levado, mas, pelo menos, a crise dos vermes havia sido contida.

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Ter Set 01, 2020 5:30 pm
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[CL] Almofadas e peixes Empty Re: [CL] Almofadas e peixes

Qua Set 02, 2020 6:45 pm
Todos voltamos à vila mentalmente exaustos demais para conversas pelo caminho. Alias, não havia o que ser dito, apenas era o que era. Ao atravessarmos a orla da floresta, finalmente chegando às plantações da vila, foi um dos ajudantes quem finalmente quebrou o silêncio.

- Aquele... Não é O Ancião?

Todos rapidamente olhamos atentos na direção em que o jovem indicava. De fato, nos esperando ali, no meio das hortaliças, estava o mais velho dentre os Tabaxis da vila, conhecido apenas como O Ancião. Ele não possuía status de líder ou comandante, mas sua sabedoria e experiência era muito respeitada dentre todos.

Nos aproximamos dele, cumprimentando-o com respeito. Não era comum ele ser visto rondando pela vila, muito menos aguardando pela chegada de alguém.

- Pelo visto vocês conseguiram resolver o problema. Deve ter sido uma aventura e tanto. Muito bem, muito bem. - disse o gato, logo esfregando sua pata em seu rosto, fosse para lhe clarear a visão ou por qualquer outro motivo. O Ancião, então, com uma agilidade impressionante para alguém tão velho quanto ele, aproximou-se de mim, pegando meu rosto com suas patas e observando-me atentamente, como se pudesse ler através de mim - Huum, entendo, entendo... Recomendo que tire um bom descanso, nunca se sabe quando vamos precisar de um pouco mais de fogo. Agora, se me dão licença... - e com essa nota enigmática, partiu em direção à sua cabana.

- Você entendeu alguma coisa do que ele disse? - perguntou Ronron, confuso.

- Não, mas quer saber? Vou fazer exatamente o que ele disse e descansar. Nos vemos mais tarde?

- Claro, até mais.

Segui de volta para minha cabana, com as palavras do idoso ainda ecoando em minha mente. Por alguma razão, tinha a estranha sensação de que algo ainda estava por vir.

Lvl 01 (65/100)
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MANA (180/200)

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[CL] Almofadas e peixes Empty Re: [CL] Almofadas e peixes

Qui Set 03, 2020 3:27 pm
[CL] Almofadas e peixes 24cbb96443087b6133bd504768870609
Quest: Aventureiro? Não, cientista!
Descrição: Talvez o sábio Ancião estivesse querendo algo bem além do que o jovem tabaxi Leoster imaginava. Na manhã seguinte, o Ancião apareceu de supetão na porta do gato elemental com uma pequena comissão de outros sábios. Eles requisitavam a ajuda do elemental para catalogar algumas criaturas selvagens da região para que eles soubessem dos perigos que os rondavam. Realmente, como não tinham pensado em algo assim antes? "Meow, somos preguiçosos", respondeu um dos sábios. O Ancião apenas riu baixinho e pediu certa urgência na missão.
Recompensas:

  • 50 XP
  • Baú básico
  • Ouro (a ser definido de acordo com as descobertas)

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[CL] Almofadas e peixes Empty Re: [CL] Almofadas e peixes

Ter Set 08, 2020 11:13 pm
Aquela não parecia ser a minha semana. Ou talvez eu não devesse ter ficado tanto tempo na vila. Fosse como fosse, cada vez mais problemas chegavam à minha porta. Sim, literalmente. Um gato não podia mais nem acordar e querer tomar um pouco de ar puro sem dar de cara com uma trupe de anciões em Ngerupolis, ao que me parecia. E uma coisa era certa: quando esses se reuniam assim, não podia ser coisa boa.

Aah, e não me venha com essa de "catalogar criaturas da região" ou de "não fizemos isso antes porque somos preguiçosos"! Como se todos já não soubéssemos do tipo de criaturas que viviam pela floresta desde que a vila era vila. Ah não, certamente que por trás daquele pedido haviam intenções ocultas, só restava saber se eu seria capaz de descobri-las.

Claro que aceitei a incumbência de pronto. Não apenas pela bajulação dos anciões, mas também porque não é como se alguém pudesse simplesmente recusar com eles todos olhando daquele jeito cheio de expectativas. Ainda era cedo quando peguei minha escovinha, prendi meu grimório em minhas costas - onde era fácil de carregar - e abasteci minha bolsa com poções variadas, e parti para a beirada da vila, adentrando na floresta que nos circundava.

Tudo parecia calmo e tranquilo, como sempre por ali. Havia um ou outro animal, mas nada extraordinário que eu já não visse há tantos anos pelo local. Nem me dei ao trabalho de observar qualquer coisa sobre eles, após notar que estavam em seu comportamento ordinário. Eles pouco me interessavam, e pelo que conhecia dos anciões, pouco interessavam a eles também. Eu estava ali em busca de algo fora do normal.

E não demorou muito para que finalmente encontrasse. Estava um pouco para o norte da vila quando pude cheirar, antes de ver. O bem da verdade é que eu acabei pisando antes de qualquer coisa, mas isso não importa muito. Um pequeno cogumelo de aparência e cheiro muito estranho aparecera por ali, de um tipo que eu nunca havia visto antes. Sua colocação pulsante, bem como a seiva que escorria após eu tê-lo esmagado me passava impressão de algo tóxico, fora de seu habitat.

- Huuum, então é por aqui, nyawn...

Agora com um pouco mais de cautela, segui desbravando a vegetação do lugar, tentando manter o máximo de silêncio o possível, e acabei sendo recompensado por toda a cautela. Escondido por detrás de uma moita, pude observar quando um grupo de pequenos seres fungos - cujo nome eu não conhecia - parecia arrastar e empurrar algo que lembrava uma massa compacta de carne moída.

Os pequenos seres-fungos se escorçavam ao carregar aquela massa de carne para o centro da clareira, mas pareciam fazê-lo a contragosto, ao que indicava as expressões em seus miúdos rostinhos, bem como o esbravejar agudo em uma língua que eu não conhecia. Foi apenas quando eles conseguiram arrastar aquilo até o centro e se afastaram que eu finalmente pude reconhecer como o que eu queimara na noite anterior, no meio de todos aqueles vermes nojentos.

Enquanto observava, pude ver uma outra figura se aproximando pelo outro lado da clareira. Contudo, de onde eu estava, não pude ver com muita clareza. Tentei me mover, quem sabe conseguir um ponto de observação melhor, mas o barulho alertou todas as criaturas ali presentes, que simplesmente fugiram, em direção ao norte.

- Aff, faltou só mais um pouco pra eu descobrir o que era aquilo... - balbuciei, logo virando-me para o bolo de carne, que agora aprecia pulsar levemente - Bem, seja como for, acho melhor me livrar logo de você e reportar o que encontrei aos anciões... - afirmei, sacando minha escovinha - Pra você, não vou precisar do meu grimório ou mesmo de um feitiço de canalização, sua coisa nojenta.

~x~

De volta para a vila, encontrei-me com os anciões na cabana onde eles se reuniam, onde estavam à minha espera, e contei-lhes sobre o que havia encontrado.

- Myconid, é como chamamos os seres-fungos que você encontrou. - explicou o mais velho deles, após alguns instantes de silêncio que seguiram do término de meu relatório - Não são criaturas hostis, tampouco estranhas a nós, mas nunca os havíamos avistado tão próximos assim da floresta. Eles costumam habitar as terras inóspitas do pântano mais ao norte, junto de outras criaturas não tão amistosas assim. - mais alguns instantes se passaram, enquanto o ancião parecia perdido em suas próprias reflexões - O que realmente me intriga é o que um ciclo - como é chamado o grupo de Mycrolins - estaria fazendo tão longe assim de casa, e também o que era aquilo que estariam carregando e quem era o outro ser com eles.

- Também fiquei intrigado com isso, anciões, mas acredito que, de alguma forma, esteja relacionado com os vermes que exterminamos ontem.

- Sim, sim, concordo com seu ponto. Bem, cedo ou tarde descobriremos isso. Por hora, somos gratos pelas informações.

Com isso, me despedi e saí da cabana onde estavam reunidos. Acho que eu não poderia partir tão cedo quanto eu havia imaginado.


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[CL] Almofadas e peixes Empty Re: [CL] Almofadas e peixes

Qua Set 09, 2020 10:30 pm
Quest "Aventureiro? Não, cientista!" CONCLUÍDA

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