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- TzoEtéreo
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[CL] Etéreo
Sáb Ago 29, 2020 9:30 pm
Relembrando a primeira mensagem :
Emme
EtéreoMonastério Shijiang
Missões
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Sorte para os que se foram, resiliência a quem permanece
Descrição: Diversos iniciados ficaram completamente estagnados com as notícias recentes sobre a morte de Knoe. Os mestres reuniram-se em templos mais sagrados, boatos correram acerca do próprio Anisimn ter agido como uma autoridade em ministrar tais reuniões e chegar num acordo em comum. Contudo, enquanto nada está decidido ainda, uma atividade foi encarregada a Tzo por um monge que encontrava-se repleto de afazeres: conseguir acalmar uma equipe inteira de iniciados. Composta por pessoas de todas as idades, talvez não fosse algo tão fácil, hm? Principalmente considerando a rebeldia da iniciação.
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- TzoEtéreo
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Re: [CL] Etéreo
Sáb Set 12, 2020 8:30 pm
O restante do percurso não fora nada, nada simples. O cansaço e sintomas da altitude eram quase que apenas agentes complementares diante dos próprios obstáculos em si pelo caminho. Qualquer passo em falso e eu caíria, qualquer toque numa rocha solta e eu só poderia orar à Balança e pedir que poupasse a vida de seu servo, pois eu ainda precisava cumprir com meu objetivo. Era nele que meus pensamentos focalizavam-se, quase que atuando como um suprimento adicional de energia para locomover meu corpo, para continuar rumando naquela eterna e tortuosa subida.
Com quinze minutos, tentar o controle consciente de respiração se tornava completamente ineficaz para mim. Os músculos de ambas as pernas doíam, meu coração pulsava acelerado, meus pulmões enchiam e esvaziavam rapidamente por meio de respirações curtas que em nada ajudavam meu corpo a prosseguir. O suor frio escorria em demasia pela testa e tórax, minhas mãos que sempre foram ásperas tinham esse estado ainda mais acentuado agora devido ao toque constante com pedregulhos nos quais apoiava-me para seguir em frente. A sola de meus pés ardiam como se queimassem.
Piscando, vi alguns pontos pretos e comecei a preocupar-me. Não havia trazido comigo as poções de estamina ganhas, pois achava que seria desonroso usá-las para tal propósito. Eu deveria superar meus limites sem auxílios da magia, somente com meus punhos e condicionamento físico, ou de nada valeria alcançar Ji'hao.
Quando olhei para o alto, pouco à direita, pude vê-lo sentado na comum posição de lótus, mas ainda distante. Pelo o que fui capaz de calcular com a visão turva, pouco menos de duzentos metros ainda nos separavam. Isso, em uma montanha como aquela, acabava sendo mais dificultoso que um percurso com o triplo de distância em solo comum. Não importa, eu precisava continuar.
— Eu c-caminho entre as silhu.. silhuetas da ordem e do caos... cana... Iniciei o mantra visando fortalecer-me, mas mal conseguia o proferir direito. — Canalizando am-ambos, mas não me tornan-d-do nen... Eu sentia o ar relutando para entrar por minhas narinas e encher meus pulmões. Mais pontos pretos surgiram em minha vista e eu soube que não conseguiria continuar. — J... Ji'hao!
Dei alguns passos cambaleantes para a frente, alcançando um ponto pouco mais plano e então tudo ficou escuro.
Com quinze minutos, tentar o controle consciente de respiração se tornava completamente ineficaz para mim. Os músculos de ambas as pernas doíam, meu coração pulsava acelerado, meus pulmões enchiam e esvaziavam rapidamente por meio de respirações curtas que em nada ajudavam meu corpo a prosseguir. O suor frio escorria em demasia pela testa e tórax, minhas mãos que sempre foram ásperas tinham esse estado ainda mais acentuado agora devido ao toque constante com pedregulhos nos quais apoiava-me para seguir em frente. A sola de meus pés ardiam como se queimassem.
Piscando, vi alguns pontos pretos e comecei a preocupar-me. Não havia trazido comigo as poções de estamina ganhas, pois achava que seria desonroso usá-las para tal propósito. Eu deveria superar meus limites sem auxílios da magia, somente com meus punhos e condicionamento físico, ou de nada valeria alcançar Ji'hao.
Quando olhei para o alto, pouco à direita, pude vê-lo sentado na comum posição de lótus, mas ainda distante. Pelo o que fui capaz de calcular com a visão turva, pouco menos de duzentos metros ainda nos separavam. Isso, em uma montanha como aquela, acabava sendo mais dificultoso que um percurso com o triplo de distância em solo comum. Não importa, eu precisava continuar.
— Eu c-caminho entre as silhu.. silhuetas da ordem e do caos... cana... Iniciei o mantra visando fortalecer-me, mas mal conseguia o proferir direito. — Canalizando am-ambos, mas não me tornan-d-do nen... Eu sentia o ar relutando para entrar por minhas narinas e encher meus pulmões. Mais pontos pretos surgiram em minha vista e eu soube que não conseguiria continuar. — J... Ji'hao!
Dei alguns passos cambaleantes para a frente, alcançando um ponto pouco mais plano e então tudo ficou escuro.
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Formação de Equipe
Descrição: Após ter sido convocado, Tzo precisa encontrar aliados para que possa seguir seu caminho para fora do Monastério Shijiang. Pelas palavras de Anisimn, é necessário que os outros sejam um Monge e um Mestre para auxiliá-lo no trabalho. Contudo, nos dias que se decorreram, Ma’ren, Zhang He, Guong Liu, Verhitan e Anisimn encontram-se completamente desaparecidos dentro do próprio monastério, seja realizando suas responsabilidades ou não, Bakshi percebe que deve contar com a ajuda de algum outro Mestre para a realização de sua missão. Mas quem?
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- Considerações:
— Cogitar o primeiro treino do ATRIBUTO Resistência e da PERÍCIA Escalada, Parte II;
— Tzo acabou desmaiando devido ao grande esforço num ambiente que ainda está acima de suas capacidades.
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Re: [CL] Etéreo
Sáb Set 12, 2020 10:41 pm
A bri os olhos com dificuldade, sentindo a cabeça ser martelada por uma enchaqueca de átimo. Notei a silhueta de um homem ao meu lado e tentei entender onde estava, até finalmente lembrar que havia desmaiado. Pisquei algumas vezes, passei as palmas das mãos sobre os olhos e minha visão desembaçou, permitindo que eu me orientasse.
— Sente-se devagar. Ji'hao olhava-me com um semblante sério, mas livre de qualquer preocupação maior. Era como se estivesse acostumado a encontrar pessoas nesse estado diariamente. — Fique parado por um tempo e se acostume com o ar.
Fiz conforme ele pediu, respeitando sua experiência. Enquanto recuperava o folego, permiti que meus olhos admirassem o horizonte matutino. Daquele ponto, podia-se desfrutar de uma vista ainda mais privilegiada. O sol ainda nascia por entre os picos, seus raios nos aquecendo levemente do frio presente naquelas alturas. Nuvens eram sopradas pelos ventos e algumas delas estavam tão próximas que talvez acabassem por nos cercar e fazer com que nos perdêssemos em meio a todo o seu branco.
Ficamos em silêncio por longos minutos, até Ji'hao finalmente tornar a falar.
— Por que decidiu ir além do que seu corpo aguentava?
Seu tom soava firme e eu sentia que qualquer resposta nesse assunto que fugisse ao esperado, podia desrespeitá-lo. Sua crença em nossa fé e em si mesmo deveriam estar muito além do que eu poderia mensurar. Ele era um exemplo incontestável de resistência e força, afinal. O que pensava a respeito de um mero Acólito tentar alcançar uma altura que ele treinara por anos para atingir?
— Eu tenho uma missão para com a Balança, uma missão me passada diretamente por Anisimn e os demais Mestres.
Seu rosto transformou-se em um grande sinal de dúvida, mas não por achar que eu mentia. Talvez pensasse que o ar rarefeito me fizera mais mal do que imaginou num primeiro momento, pois trouxe as costas de sua mão até minha testa, checando a temperatura. Quando notou-a normal, seu semblante endureceu.
— Você sabe o quão grave é dizer inverdades. A entonação em grave foi forte o suficiente para fazer com que meus ombros sentissem o peso de suas palavras.
Contei então a respeito do ocorrido antes que ele decidisse deixar-me. Expliquei sobre Mestre Ma'ren ter me guiado, mas não revelei para onde exatamente por achar que o local deveria ser mantido em segredo. Compartilhei com ele a presença dos demais durante a conversa com o Quatro Faces e dei-lhe detalhes dos motivos e de como tudo deveria ser feito longe de quaisquer olhos. Disse também que eu não tinha resposta para as perguntas que se formaram até mesmo em minha cabeça, mas confiava nos Mestres e em sua vontade.
— Farei conforme me foi pedido, e agora que compartilhei a missão com você, só posso pedir que aceite me acompanhar.
— Você não entende os perigos que existem lá fora. Em alguns locais nem mesmo eu arrisco dar um passo. Você seria facilmente eliminado pela mais simples das bestas.
— Não pretendo fracassar em minha missão, mas por isso preciso de sua força e experiência. Você é o mais apto a ajudar-me a passar pelas cordilheiras.
Ele virou seu rosto, pensativo, e eu podia compreender sua preocupação. Um Acólito e um Monge foram mortos recentemente e isso não acontecia há muito tempo. O que quer que os tenha assassinado, Ji'hao ainda não havia enfrentado ou visto de perto. Contudo, acredito que o que mais o preocupava não era a própria vida, mas sim a responsabilidade de ter alguém mais fraco em sua companhia.
Ele tocou no cilindro que jazia ao seu lado, ainda processando as informações que lhe passei e depois de alguns segundos voltou seu olhar para o horizonte montanhoso.
— "Somente através de dificuldades conhecemos os nossos limites, e somente conhecendo eles, podemos finalmente os quebrar." Fez uma pausa, raciocinando, e só depois prosseguiu. — Hoje você enfrentou sua limitação para chegar até mim, e o que o monastério passa no momento também é uma difícil provação.
— Sim, irmão. Peço que me ajude a encará-la e eliminá-la, pelo bem de todos nós. Pelo bem da Balança.
Ele levantou, segurando o grande armamento especial e apoiando-o em seguida sobre o ombro direito. Tirou os olhos das montanhas e os pousou diretamente sobre mim. Senti a força de seu espírito tão forte, tão intensa, que o ar se tornou pesado, precisando render-se à sua convicção.
— Partirei em segredo com você, mas com uma exigência. O Mestre que você deve escolher... tem de ser o Mestre Kharazim. Eu posso enfrentar monstros, mas não se for pego de surpresa por eles.
Sem esperar por qualquer resposta, iniciou a descida do cume, deixando-me para trás com a tarefa de dialogar com um dos homens mais enigmáticos do Shijiang.
— Sente-se devagar. Ji'hao olhava-me com um semblante sério, mas livre de qualquer preocupação maior. Era como se estivesse acostumado a encontrar pessoas nesse estado diariamente. — Fique parado por um tempo e se acostume com o ar.
Fiz conforme ele pediu, respeitando sua experiência. Enquanto recuperava o folego, permiti que meus olhos admirassem o horizonte matutino. Daquele ponto, podia-se desfrutar de uma vista ainda mais privilegiada. O sol ainda nascia por entre os picos, seus raios nos aquecendo levemente do frio presente naquelas alturas. Nuvens eram sopradas pelos ventos e algumas delas estavam tão próximas que talvez acabassem por nos cercar e fazer com que nos perdêssemos em meio a todo o seu branco.
Ficamos em silêncio por longos minutos, até Ji'hao finalmente tornar a falar.
— Por que decidiu ir além do que seu corpo aguentava?
Seu tom soava firme e eu sentia que qualquer resposta nesse assunto que fugisse ao esperado, podia desrespeitá-lo. Sua crença em nossa fé e em si mesmo deveriam estar muito além do que eu poderia mensurar. Ele era um exemplo incontestável de resistência e força, afinal. O que pensava a respeito de um mero Acólito tentar alcançar uma altura que ele treinara por anos para atingir?
— Eu tenho uma missão para com a Balança, uma missão me passada diretamente por Anisimn e os demais Mestres.
Seu rosto transformou-se em um grande sinal de dúvida, mas não por achar que eu mentia. Talvez pensasse que o ar rarefeito me fizera mais mal do que imaginou num primeiro momento, pois trouxe as costas de sua mão até minha testa, checando a temperatura. Quando notou-a normal, seu semblante endureceu.
— Você sabe o quão grave é dizer inverdades. A entonação em grave foi forte o suficiente para fazer com que meus ombros sentissem o peso de suas palavras.
Contei então a respeito do ocorrido antes que ele decidisse deixar-me. Expliquei sobre Mestre Ma'ren ter me guiado, mas não revelei para onde exatamente por achar que o local deveria ser mantido em segredo. Compartilhei com ele a presença dos demais durante a conversa com o Quatro Faces e dei-lhe detalhes dos motivos e de como tudo deveria ser feito longe de quaisquer olhos. Disse também que eu não tinha resposta para as perguntas que se formaram até mesmo em minha cabeça, mas confiava nos Mestres e em sua vontade.
— Farei conforme me foi pedido, e agora que compartilhei a missão com você, só posso pedir que aceite me acompanhar.
— Você não entende os perigos que existem lá fora. Em alguns locais nem mesmo eu arrisco dar um passo. Você seria facilmente eliminado pela mais simples das bestas.
— Não pretendo fracassar em minha missão, mas por isso preciso de sua força e experiência. Você é o mais apto a ajudar-me a passar pelas cordilheiras.
Ele virou seu rosto, pensativo, e eu podia compreender sua preocupação. Um Acólito e um Monge foram mortos recentemente e isso não acontecia há muito tempo. O que quer que os tenha assassinado, Ji'hao ainda não havia enfrentado ou visto de perto. Contudo, acredito que o que mais o preocupava não era a própria vida, mas sim a responsabilidade de ter alguém mais fraco em sua companhia.
Ele tocou no cilindro que jazia ao seu lado, ainda processando as informações que lhe passei e depois de alguns segundos voltou seu olhar para o horizonte montanhoso.
— "Somente através de dificuldades conhecemos os nossos limites, e somente conhecendo eles, podemos finalmente os quebrar." Fez uma pausa, raciocinando, e só depois prosseguiu. — Hoje você enfrentou sua limitação para chegar até mim, e o que o monastério passa no momento também é uma difícil provação.
— Sim, irmão. Peço que me ajude a encará-la e eliminá-la, pelo bem de todos nós. Pelo bem da Balança.
Ele levantou, segurando o grande armamento especial e apoiando-o em seguida sobre o ombro direito. Tirou os olhos das montanhas e os pousou diretamente sobre mim. Senti a força de seu espírito tão forte, tão intensa, que o ar se tornou pesado, precisando render-se à sua convicção.
— Partirei em segredo com você, mas com uma exigência. O Mestre que você deve escolher... tem de ser o Mestre Kharazim. Eu posso enfrentar monstros, mas não se for pego de surpresa por eles.
Sem esperar por qualquer resposta, iniciou a descida do cume, deixando-me para trás com a tarefa de dialogar com um dos homens mais enigmáticos do Shijiang.
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Descrição: Após ter sido convocado, Tzo precisa encontrar aliados para que possa seguir seu caminho para fora do Monastério Shijiang. Pelas palavras de Anisimn, é necessário que os outros sejam um Monge e um Mestre para auxiliá-lo no trabalho. Contudo, nos dias que se decorreram, Ma’ren, Zhang He, Guong Liu, Verhitan e Anisimn encontram-se completamente desaparecidos dentro do próprio monastério, seja realizando suas responsabilidades ou não, Bakshi percebe que deve contar com a ajuda de algum outro Mestre para a realização de sua missão. Mas quem?
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- Ji'hao Senzou:
- Ji'hao é um dos mais notáveis no que se refere a habilidades físicas e combate corpo a corpo. Por si só, possui grande força e resistência, sendo capaz de escalar grandes altitudes e levantar rochas pesadas como quase nenhum outro no monastério. Costuma treinar muito e procura sempre superar-se, por vezes partindo em jornadas sozinho nas montanhas para enfrentar feras e se fortalecer.
Outra razão pela qual sempre frequenta o exterior do monastério é devido ao tipo de magia que usa. Em seu cilindro, consegue de alguma forma selar a mana das bestas que enfrenta e usá-la posteriormente para elevar ainda mais suas capacidades corporais.
Dizem que quando usa os atributos do temido Rorgran, não há nada que possa cortá-lo quando atacado, ou pará-lo quando investe contra inimigos. Muitos são os que admiram-no por sua grande determinação e sonham com a oportunidade de vê-lo em um de seus combates contra monstros.
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Re: [CL] Etéreo
Sáb Set 12, 2020 11:21 pm
Tzo Bakshi recebeu 15 de EXP pela Interação
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- TzoEtéreo
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Re: [CL] Etéreo
Dom Set 13, 2020 11:41 pm
E ncontrar Mestre Kharazim não era um grande problema. Todos sabíamos de seu apreço por um dos templos mais altos, local onde ele passava grande parte do seu dia exceto pelos momentos de meditações em grupo e demais atividades rotineiras. Particularmente dentre os Iniciados era muito conhecido e temido, não por ser um homem exigente e de feições duras como Mestre Verhitan, mas sim por suas habilidades perceptivas.
Durante meus primeiros meses no monastério, os novatos que pretendiam fugas ou praticar quaisquer outros atos considerados como proibidos no Shijiang, sempre reconsideravam diante da possibilidade de estarem sendo observados por ele. Era tão misterioso e isolado que não recordo-me de ter ouvido sua voz uma única vez sequer, somente vislumbres de suas vestes balançando aos ventos quando partia do pátio principal para retornar ao templo.
Quando minhas obrigações e treinamentos encerraram-se, o sol estava prestes a nos deixar mais uma vez. Despedi-me de meus irmãos no piso onde praticamos as artes marciais com Mestre Lien - que nos comunicou estar como substituto de Vheritan pelos dias seguintes - e me dirigi até as escadarias que me levariam ao homem com quem precisava conversar.
Lá de cima, podia-se observar toda a propriedade e diversos dos pontos onde meditávamos ou treinávamos. Fontes termais, o telhado do pátio de orações onde eu havia interceptado os Iniciados, a grande escadaria a qual subi com o Monge Knoe nos braços e tantos outros locais específicos. É compreensível o porquê de um homem voltado às artes da observação ter apreço por esse lugar em particular.
Já mais próximo da entrada do pequeno templo, antes mesmo de poder alcançar a porta para anunciar minha presença, ela correu para o lado, permitindo que eu entrasse. O interior era iluminado somente por velas e pelos raios de sol que transpassavam as poucas janelas. Sentado no chão mais ao fundo sobre uma almofada, os olhos fechados e o rosto tomado por uma feição branda, estava Mestre Kharazim. Diante de minha hesitação, ele abriu as pálpebras e dirigiu-me um breve sorriso, como quem achara algo engraçado.
— Não conseguiremos tratar de qualquer assunto nessa distância, concorda?
— Desculpe-me, Mestre.
Repousei meu bastão na parede de madeira próxima da entrada e aproximei-me dele, sentando à sua frente. De perto, conseguia notar como toda sua pele era alva e livre de queimaduras provocadas pelo sol. O rosto ainda não apresentava qualquer ruga ou sinal de envelhecimento, indicando a pouca idade que tinha apesar de sua posição e reputação dentro do Shijiang.
— E então, caro Tzo, o que o traz até mim? Sua voz soava divertida, como se ele soubesse a resposta para a pergunta que fazia.
— Mestre, acredito que você tenha conhecimento de minha missão... Seria uma honra poder ser acompanhado por você. Declarei, inclinando meu dorso numa breve reverência como demonstração de respeito.
Ele sorriu, pensativo, depois aproximou as palmas das mãos paralelamente, deixando um espaço circular de distância entre ambas. Nele, uma esfera cristalina materializou-se como se sempre estivesse ali, refletindo minha figura. Seus olhos fixaram-se então diretamente nos meus, e pude sentir toda a pressão de ser analisado de perto pelo mestre das observações.
— Diga-me, quantas desta você é capaz de enxergar? Indicou com um dos dedos o objeto transparente e aguardou que eu o respondesse.
Havia apenas uma esfera ali, mas eu sabia que seu questionamento era uma espécie de teste; os mais sábios fazem isso o tempo todo conosco. Voltei meus olhos ao teto, para trás, cerrei-os para analisar pontos mais escondidos e escuros, porém não fui capaz de localizar qualquer outra além daquela entre suas palmas.
— Peço desculpas, Mestre, mas enxergo apenas essa.
Seu sorriso acentuou-se no canto dos lábios, embora ainda sútil. Levantou então a mão destra e uniu dois dos dedos, estalando-os numa sonoridade impecável que ecoou por todo o interior do pequeno templo. Tão logo o som dissipou-se, globos apareceram flutuando da mesma forma que o anterior, mas desta vez acima de nós, nos lados, atrás de suas costas e até mesmo na entrada. Eram incontáveis, muito além do que qualquer um dos Iniciados pensava existir de fato.
— Elas foram trazidas por magia? Não pude evitar a pergunta.
— Sempre estiverem aqui, caro Acólito. Só as oculto visualmente nos últimos anos, pois prefiro que passem desapercebidas pelos que não conseguem captar sua presença. Entenda que não sou apreciador de fama e títulos, então foi a maneira que encontrei de fazer com que parassem de me nomear Kharazim, Cem Olhos de Cristal.
Durante meus primeiros meses no monastério, os novatos que pretendiam fugas ou praticar quaisquer outros atos considerados como proibidos no Shijiang, sempre reconsideravam diante da possibilidade de estarem sendo observados por ele. Era tão misterioso e isolado que não recordo-me de ter ouvido sua voz uma única vez sequer, somente vislumbres de suas vestes balançando aos ventos quando partia do pátio principal para retornar ao templo.
Quando minhas obrigações e treinamentos encerraram-se, o sol estava prestes a nos deixar mais uma vez. Despedi-me de meus irmãos no piso onde praticamos as artes marciais com Mestre Lien - que nos comunicou estar como substituto de Vheritan pelos dias seguintes - e me dirigi até as escadarias que me levariam ao homem com quem precisava conversar.
Lá de cima, podia-se observar toda a propriedade e diversos dos pontos onde meditávamos ou treinávamos. Fontes termais, o telhado do pátio de orações onde eu havia interceptado os Iniciados, a grande escadaria a qual subi com o Monge Knoe nos braços e tantos outros locais específicos. É compreensível o porquê de um homem voltado às artes da observação ter apreço por esse lugar em particular.
Já mais próximo da entrada do pequeno templo, antes mesmo de poder alcançar a porta para anunciar minha presença, ela correu para o lado, permitindo que eu entrasse. O interior era iluminado somente por velas e pelos raios de sol que transpassavam as poucas janelas. Sentado no chão mais ao fundo sobre uma almofada, os olhos fechados e o rosto tomado por uma feição branda, estava Mestre Kharazim. Diante de minha hesitação, ele abriu as pálpebras e dirigiu-me um breve sorriso, como quem achara algo engraçado.
— Não conseguiremos tratar de qualquer assunto nessa distância, concorda?
— Desculpe-me, Mestre.
Repousei meu bastão na parede de madeira próxima da entrada e aproximei-me dele, sentando à sua frente. De perto, conseguia notar como toda sua pele era alva e livre de queimaduras provocadas pelo sol. O rosto ainda não apresentava qualquer ruga ou sinal de envelhecimento, indicando a pouca idade que tinha apesar de sua posição e reputação dentro do Shijiang.
— E então, caro Tzo, o que o traz até mim? Sua voz soava divertida, como se ele soubesse a resposta para a pergunta que fazia.
— Mestre, acredito que você tenha conhecimento de minha missão... Seria uma honra poder ser acompanhado por você. Declarei, inclinando meu dorso numa breve reverência como demonstração de respeito.
Ele sorriu, pensativo, depois aproximou as palmas das mãos paralelamente, deixando um espaço circular de distância entre ambas. Nele, uma esfera cristalina materializou-se como se sempre estivesse ali, refletindo minha figura. Seus olhos fixaram-se então diretamente nos meus, e pude sentir toda a pressão de ser analisado de perto pelo mestre das observações.
— Diga-me, quantas desta você é capaz de enxergar? Indicou com um dos dedos o objeto transparente e aguardou que eu o respondesse.
Havia apenas uma esfera ali, mas eu sabia que seu questionamento era uma espécie de teste; os mais sábios fazem isso o tempo todo conosco. Voltei meus olhos ao teto, para trás, cerrei-os para analisar pontos mais escondidos e escuros, porém não fui capaz de localizar qualquer outra além daquela entre suas palmas.
— Peço desculpas, Mestre, mas enxergo apenas essa.
Seu sorriso acentuou-se no canto dos lábios, embora ainda sútil. Levantou então a mão destra e uniu dois dos dedos, estalando-os numa sonoridade impecável que ecoou por todo o interior do pequeno templo. Tão logo o som dissipou-se, globos apareceram flutuando da mesma forma que o anterior, mas desta vez acima de nós, nos lados, atrás de suas costas e até mesmo na entrada. Eram incontáveis, muito além do que qualquer um dos Iniciados pensava existir de fato.
— Elas foram trazidas por magia? Não pude evitar a pergunta.
— Sempre estiverem aqui, caro Acólito. Só as oculto visualmente nos últimos anos, pois prefiro que passem desapercebidas pelos que não conseguem captar sua presença. Entenda que não sou apreciador de fama e títulos, então foi a maneira que encontrei de fazer com que parassem de me nomear Kharazim, Cem Olhos de Cristal.
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Re: [CL] Etéreo
Ter Set 15, 2020 11:27 pm
C om um segundo estalo dos dedos, todos os orbes tornaram-se invisíveis aos meus olhos novamente exceto por aquele entre nós, que ainda refletia minha figura. Imaginei o quão divertido não foi para ele ver-me entrando ali em meio as esferas flutuantes, completamente alheio a presença delas. Talvez seja por isso que tenha esboçado o sútil sorriso anteriormente.
— Ji'hao estava certo em suas palavras. Você, sozinho, não estaria em condições de cumprir com o objetivo que lhe foi incumbido. Então até mesmo aquela conversa foi captada por seus olhos? Senti meu rosto corar. Não fosse minha barba volumosa, certamente ele teria notado.
De qualquer forma, Mestre Kharazim tinha razão. Por mais que minha convicção e fé para com o nosso propósito fossem imensas, ainda haviam coisas que somente a força de vontade não era capaz de mudar. O que eu sabia fazer de extraordinário além de ser razoavelmente um bom lutador e estar próximo de aperfeiçar minha técnica com o bastão? Eu não conseguia meditar de modo correto, não estava apto a escalar nossos cumes mais altos sem que a exaustão me abatasse, nem mesmo dispunha de magias ou demais habilidades como os mais evoluídos de nós.
— Contudo, conforme lhe disseram, você será apenas a chave, não o líder. Acompanhado das escolhas certas, acreditamos que tudo ocorrerá da melhor forma e o grande enigma que nos aflige será enfim solucionado. Prosseguiu, parecendo ler meus pensamentos e decidir interrompê-los antes de meu equilíbrio ser abalado.
— Mestre, nem mesmo você foi capaz de descobrir o que atacou nossos irmãos?
— Não por falta de tentativas, caro Tzo. Porém, no que se trata de magias, encantamentos ou qualquer outro tipo de esforço, não há muita diferença de sua falha tentativa de escalada hoje mais cedo. Sempre há uma linha a qual, ao menos temporariamente, não conseguimos cruzar. Fez uma pausa breve para concluir algum raciocínio, e então questionou com seu tom calmo e folgaz. — Me diga, Acólito: você está disposto a superar essa linha com o máximo de si, mesmo que seu corpo clame o contrário? Mesmo que ele todo clame por descanso?
Quando deixei a posição de Iniciado, havia firmado tal juramento para com a Balança. Em meu ser, não existia qualquer hesitação a respeito de usar todas as minhas forças em prol de nossos objetivos. Eu treinava diariamente meu corpo, mente e alma para que se alinhassem e eu pudesse utilizá-los da melhor maneira possível em minhas ações. Se a pergunta de Mestre Kharazim tinha intuito de testar-me, esperava que meu estado de espírito falasse por si só ainda mais forte e claro que minha resposta.
— Sim, Mestre. Eu jurei ser um agente do equilíbrio. Conforme o respondia, a esfera que jazia flutuando entre nós começou a emitir uma tênue luz azulada. — Há dois anos entendi meu caminho e tenho o traçado da melhor forma que consigo, sendo guiado pelos melhores Mestres e aperfeiçoando-me nas práticas que me são compatíveis. O brilho do orbe intensificava-se. — Todo o meu ser está preparado para essa missão. A Balança pede que eu me mova, e pretendo o fazer independente de quanto peso eu carregue sobre os ombros enquanto ando. Não há linha que me dirá meu limite, pois apagarei qualquer uma que ouse se impor em meu caminho.
Quando terminei o que mais soou como um desabafo, o globo irradiava filetes de energia, não... filetes de mana que iluminavam o local agora que o sol partira. Mestre Kharazim estava com ambos os olhos fechados em repouso, mas com um sorriso de satisfação pregado nos lábios.
— Uma forte e vigorosa convicção se considerarmos que ainda nem é um Monge. Abriu os olhos, estes que acompanhavam o humor nos cantos de sua boca. — Fique em paz, caro Acólito, pois acredito que de uma forma ou de outra, nossa peregrinação até Alastrine renderá bons frutos.
— Ji'hao estava certo em suas palavras. Você, sozinho, não estaria em condições de cumprir com o objetivo que lhe foi incumbido. Então até mesmo aquela conversa foi captada por seus olhos? Senti meu rosto corar. Não fosse minha barba volumosa, certamente ele teria notado.
De qualquer forma, Mestre Kharazim tinha razão. Por mais que minha convicção e fé para com o nosso propósito fossem imensas, ainda haviam coisas que somente a força de vontade não era capaz de mudar. O que eu sabia fazer de extraordinário além de ser razoavelmente um bom lutador e estar próximo de aperfeiçar minha técnica com o bastão? Eu não conseguia meditar de modo correto, não estava apto a escalar nossos cumes mais altos sem que a exaustão me abatasse, nem mesmo dispunha de magias ou demais habilidades como os mais evoluídos de nós.
— Contudo, conforme lhe disseram, você será apenas a chave, não o líder. Acompanhado das escolhas certas, acreditamos que tudo ocorrerá da melhor forma e o grande enigma que nos aflige será enfim solucionado. Prosseguiu, parecendo ler meus pensamentos e decidir interrompê-los antes de meu equilíbrio ser abalado.
— Mestre, nem mesmo você foi capaz de descobrir o que atacou nossos irmãos?
— Não por falta de tentativas, caro Tzo. Porém, no que se trata de magias, encantamentos ou qualquer outro tipo de esforço, não há muita diferença de sua falha tentativa de escalada hoje mais cedo. Sempre há uma linha a qual, ao menos temporariamente, não conseguimos cruzar. Fez uma pausa breve para concluir algum raciocínio, e então questionou com seu tom calmo e folgaz. — Me diga, Acólito: você está disposto a superar essa linha com o máximo de si, mesmo que seu corpo clame o contrário? Mesmo que ele todo clame por descanso?
Quando deixei a posição de Iniciado, havia firmado tal juramento para com a Balança. Em meu ser, não existia qualquer hesitação a respeito de usar todas as minhas forças em prol de nossos objetivos. Eu treinava diariamente meu corpo, mente e alma para que se alinhassem e eu pudesse utilizá-los da melhor maneira possível em minhas ações. Se a pergunta de Mestre Kharazim tinha intuito de testar-me, esperava que meu estado de espírito falasse por si só ainda mais forte e claro que minha resposta.
— Sim, Mestre. Eu jurei ser um agente do equilíbrio. Conforme o respondia, a esfera que jazia flutuando entre nós começou a emitir uma tênue luz azulada. — Há dois anos entendi meu caminho e tenho o traçado da melhor forma que consigo, sendo guiado pelos melhores Mestres e aperfeiçoando-me nas práticas que me são compatíveis. O brilho do orbe intensificava-se. — Todo o meu ser está preparado para essa missão. A Balança pede que eu me mova, e pretendo o fazer independente de quanto peso eu carregue sobre os ombros enquanto ando. Não há linha que me dirá meu limite, pois apagarei qualquer uma que ouse se impor em meu caminho.
Quando terminei o que mais soou como um desabafo, o globo irradiava filetes de energia, não... filetes de mana que iluminavam o local agora que o sol partira. Mestre Kharazim estava com ambos os olhos fechados em repouso, mas com um sorriso de satisfação pregado nos lábios.
— Uma forte e vigorosa convicção se considerarmos que ainda nem é um Monge. Abriu os olhos, estes que acompanhavam o humor nos cantos de sua boca. — Fique em paz, caro Acólito, pois acredito que de uma forma ou de outra, nossa peregrinação até Alastrine renderá bons frutos.
Lvl 02 (35/200)
HP (250/250)
MANA (150/150)
ST (150/150)
HP (250/250)
MANA (150/150)
ST (150/150)
- Missão 1:
Quest Simples
Formação de Equipe
Descrição: Após ter sido convocado, Tzo precisa encontrar aliados para que possa seguir seu caminho para fora do Monastério Shijiang. Pelas palavras de Anisimn, é necessário que os outros sejam um Monge e um Mestre para auxiliá-lo no trabalho. Contudo, nos dias que se decorreram, Ma’ren, Zhang He, Guong Liu, Verhitan e Anisimn encontram-se completamente desaparecidos dentro do próprio monastério, seja realizando suas responsabilidades ou não, Bakshi percebe que deve contar com a ajuda de algum outro Mestre para a realização de sua missão. Mas quem?
Recompensas: 50 de XP — Baú Básico — Ouro a ser definido na conclusão
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Re: [CL] Etéreo
Qua Set 16, 2020 9:59 pm
- Tzo Bakshi recebeu 50 de EXP;
- Tzo Bakshi recebeu 30 de Ouro;
- Tzo Bakshi recebeu Baú Básico;
- Tzo Bakshi está perto da possível perícia em Escalada.
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