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- KallistoHemomancia
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[CL] Confiança
Seg Nov 16, 2020 5:23 pm
chansudesu gosta desta mensagem
Re: [CL] Confiança
Sáb Nov 21, 2020 10:38 pm
Quest Comum
Eles Morrem pelas Bocas (chances de elevação)
Descrição: A taverna em que encontrava-se pôde abrigá-lo durante a noite em seu âmago no quarto dividido com o meio-orc, mas Calixto entendeu que a estadia não seria tão tranquila com o passar dos dias. Pela primeira vez, o mural de missões jazia vazio — Caldeirão Furado não encontrava-se em bons lençóis. Durante a madrugada, pelo visto, algum influente mago errante chari havia sido envenenado numa das bebidas servidas pela taverna, sua guilda, um clã de estudiosos de magias caóticas, teciam ameaças ao estabelecimento que, lentamente, fechava as cortinas para debandar dos palcos da Baía para sempre. Contudo, Valeska, uma das prostitutas mais almejadas do lugar, colecionou algumas informações de ouro a respeito de uma taverna rival que havia armado um plano perfeito para o alargamento do furo no caldeirão. Para o tiefling? Restava a escolha de ajudar com provas seguindo as pistas ou pagar uma taxa exorbitante pela noite dormida devido à crise enfrentada. O meio-orc, Fjord, parecia inclinado a ajudar.
Recompensas: 50 de XP — Baú Básico — Ouro a ser definido na conclusão — Possibilidade de Contatos Fixos e Boas Relações com a Taverna — Introdução a Guildas de Charissa
- KallistoHemomancia
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Missão: Eles morrem pelas bocas [parte 1]
Dom Nov 22, 2020 9:49 am
Um fraco raio solar invadiu uma fresta da janela e atingiu o rosto do tiefling acordando-o quase que imediatamente. Calixto sentou-se e olhou para o meio-orc ao seu lado com uma expressão apática. Fjord estava jogado na cama dormindo tranquilamente. A noite fora um tanto agitada e Calixto aprendeu que o vigor inerente aos orcs era herdado praticamente intacto pelos seus mestiços. Vestiu sua roupa e tomou seu baralho em mãos. Embaralhou umas duas vezes, cortou o baralho ao meio e retirou uma carta.
— “Julgamento”?
O tiefling guardou o baralho e seguiu para baixo. A taverna estava um caos. As cadeiras todas viradas sobre a mesa; as prostitutas todas em um canto com uma expressão de lamentação; e Baldur organizando os copos sobre o balcão.
— Alguém morreu aqui? — Era uma pergunta retórica, uma piadinha, mas, pelo olhar severo do orc, entendeu que de fato algo ruim acontecera ali. — O que rolou aqui, Baldur?
— Sem tempo pra isso. Espero que você e seu amiguinho encontrem outro alojamento porque essa taverna não funcionará mais.
— Não somos amiguinhos…
— Não ligue para ele, amor. Baldur está mal-humorado porque estamos sendo ameaçados. — Valeska chegou por trás segurando um cigarro e com os cabelos presos.
— E alguém vai me contar o que aconteceu aqui?
O orc grunhiu e deu um soco no balcão fazendo com que uns três copos caíssem no chão e quebrassem.
— A porra de afrescado resolveu morrer aqui. E agora a porra da guilda dele está nos culpando. Eu deveria ir diretamente a eles e esmagar seus crânios.
— Opa, opa, calma, grandão. Você não tem idade pra enfrentar uma guilda.
— Um mago morreu envenenado. — A meretriz tragou e expeliu a fumaça do cigarro. — Eu disse a Baldur que isso tudo foi uma armação, mas ele é um cabeça dura e quer o caminho mais fácil. Fugir. — Valeska lançou um olhar reprovador para o orc, mas foi ignorada.
— Você parece saber de alguma coisa.
— Uma ou duas, talvez. Por quê? — A mulher sorriu maliciosamente para o tiefling.
— Porque agora vocês têm alguém no caso. Jamais abandonarei essa taverna que fora o local de tanto prazer para mim. — Calixto puxou Valeska para longe do balcão e fez um sinal para que ela falasse.
— Infelizmente meu coração está partido, Cali. Fui trocada por você. Deixada de lado. — A voz da mulher soava dramática, um tanto teatral. No exato momento, Fjord apareceu nas escadas e seguiu na direção deles. Valeska apenas esboçou um sorriso malicioso.
— Uma peça de ouro.
— Hey! O que tá rolando aqui?
— Assim fico até ofendida. Você já foi mais benevolente. Três peças.
— Duas peças.
— QUATRO!!! — Fjord gritou animado como se tivesse ganhado um jogo.
— Quatro e não se fala mais nisso. — Valeska fez uma expressão vitoriosa e que não iria ceder mais.
Calixto lançou um olhar reprovador para o meio-orc que mantinha uma expressão confusa. O tiefling retirou as moedas do bolso e entregou para a mulher.
— O ouro sempre conforta o coração de uma dama solitária. Bem, eu estive pela cidade nos últimos dias e ouvi conversas na Taverna Santo Corno. Aparentemente, eles não estavam felizes com sua baixa clientela e estavam culpando a nós. Cá entre nós — a mulher se aproximou do rosto do tiefling — uma amiga minha disse que o dono da taverna queria destruir Baldur. Você não acha isso estranho? — A mulher tragou o cigarro e baforou a fumaça para o lado. — Isso é tudo o que eu sei. Eu não estou a fim de procurar um novo lugar para trabalhar, então espero que resolva isso.
— E sobre essa guilda que está ameaçando Baldur?
— Infelizmente não tenho informações, mas o papiro com a ameaça está no lixo. Recomendo que você procure o velho Edgard nas docas. Ele conhece muitas coisas.
Valeska se afastou tomando a direção das outras prostitutas. Diferente de todos ali, ela estava relativamente calma apesar da possibilidade de perder seu local de trabalho. De fato, pelo o que conhecia dela, Calixto sabia que ela era muito inteligente e calculista. Por vezes chegou a duvidar se ela seria a verdadeira dona da Taverna.
— Ei, o que aconteceu? — Fjord olhava curioso e confuso.
— Aconteceu que você me deve quatro moedas de ouro.
O tiefling seguiu para a lixeira e encontrou o papiro amassado. A caligrafia era muito bem desenhada e o papel possuía uma boa qualidade, o que fez o tiefling relembrar de seu trabalho da noite anterior. Em resumo, a mensagem lamentava a morte do mago e informava que o preço da morte seria cobrada com juros. Além disso, ao fim da mensagem, havia uma assinatura e um selo, ambos desconhecidos para Calixto e Fjord.
— Vamos para as docas. Te explico no caminho. — Calixto guardou a carta no bolso e deixou a taverna acompanhado de Fjord.
— “Julgamento”?
O tiefling guardou o baralho e seguiu para baixo. A taverna estava um caos. As cadeiras todas viradas sobre a mesa; as prostitutas todas em um canto com uma expressão de lamentação; e Baldur organizando os copos sobre o balcão.
— Alguém morreu aqui? — Era uma pergunta retórica, uma piadinha, mas, pelo olhar severo do orc, entendeu que de fato algo ruim acontecera ali. — O que rolou aqui, Baldur?
— Sem tempo pra isso. Espero que você e seu amiguinho encontrem outro alojamento porque essa taverna não funcionará mais.
— Não somos amiguinhos…
— Não ligue para ele, amor. Baldur está mal-humorado porque estamos sendo ameaçados. — Valeska chegou por trás segurando um cigarro e com os cabelos presos.
— E alguém vai me contar o que aconteceu aqui?
O orc grunhiu e deu um soco no balcão fazendo com que uns três copos caíssem no chão e quebrassem.
— A porra de afrescado resolveu morrer aqui. E agora a porra da guilda dele está nos culpando. Eu deveria ir diretamente a eles e esmagar seus crânios.
— Opa, opa, calma, grandão. Você não tem idade pra enfrentar uma guilda.
— Um mago morreu envenenado. — A meretriz tragou e expeliu a fumaça do cigarro. — Eu disse a Baldur que isso tudo foi uma armação, mas ele é um cabeça dura e quer o caminho mais fácil. Fugir. — Valeska lançou um olhar reprovador para o orc, mas foi ignorada.
— Você parece saber de alguma coisa.
— Uma ou duas, talvez. Por quê? — A mulher sorriu maliciosamente para o tiefling.
— Porque agora vocês têm alguém no caso. Jamais abandonarei essa taverna que fora o local de tanto prazer para mim. — Calixto puxou Valeska para longe do balcão e fez um sinal para que ela falasse.
— Infelizmente meu coração está partido, Cali. Fui trocada por você. Deixada de lado. — A voz da mulher soava dramática, um tanto teatral. No exato momento, Fjord apareceu nas escadas e seguiu na direção deles. Valeska apenas esboçou um sorriso malicioso.
— Uma peça de ouro.
— Hey! O que tá rolando aqui?
— Assim fico até ofendida. Você já foi mais benevolente. Três peças.
— Duas peças.
— QUATRO!!! — Fjord gritou animado como se tivesse ganhado um jogo.
— Quatro e não se fala mais nisso. — Valeska fez uma expressão vitoriosa e que não iria ceder mais.
Calixto lançou um olhar reprovador para o meio-orc que mantinha uma expressão confusa. O tiefling retirou as moedas do bolso e entregou para a mulher.
— O ouro sempre conforta o coração de uma dama solitária. Bem, eu estive pela cidade nos últimos dias e ouvi conversas na Taverna Santo Corno. Aparentemente, eles não estavam felizes com sua baixa clientela e estavam culpando a nós. Cá entre nós — a mulher se aproximou do rosto do tiefling — uma amiga minha disse que o dono da taverna queria destruir Baldur. Você não acha isso estranho? — A mulher tragou o cigarro e baforou a fumaça para o lado. — Isso é tudo o que eu sei. Eu não estou a fim de procurar um novo lugar para trabalhar, então espero que resolva isso.
— E sobre essa guilda que está ameaçando Baldur?
— Infelizmente não tenho informações, mas o papiro com a ameaça está no lixo. Recomendo que você procure o velho Edgard nas docas. Ele conhece muitas coisas.
Valeska se afastou tomando a direção das outras prostitutas. Diferente de todos ali, ela estava relativamente calma apesar da possibilidade de perder seu local de trabalho. De fato, pelo o que conhecia dela, Calixto sabia que ela era muito inteligente e calculista. Por vezes chegou a duvidar se ela seria a verdadeira dona da Taverna.
— Ei, o que aconteceu? — Fjord olhava curioso e confuso.
— Aconteceu que você me deve quatro moedas de ouro.
O tiefling seguiu para a lixeira e encontrou o papiro amassado. A caligrafia era muito bem desenhada e o papel possuía uma boa qualidade, o que fez o tiefling relembrar de seu trabalho da noite anterior. Em resumo, a mensagem lamentava a morte do mago e informava que o preço da morte seria cobrada com juros. Além disso, ao fim da mensagem, havia uma assinatura e um selo, ambos desconhecidos para Calixto e Fjord.
— Vamos para as docas. Te explico no caminho. — Calixto guardou a carta no bolso e deixou a taverna acompanhado de Fjord.
Lvl 02 (40/200)
HP (21/21)
Mana (41/41)
ST (25/25)
HP (21/21)
Mana (41/41)
ST (25/25)
- Pendência de dado:
- 1.
Informação(Informação sobre a taverna com Valeska)
2. Monstro
3. Missão (em andamento)
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Missão: Eles morrem pelas bocas [parte 2]
Dom Nov 22, 2020 4:01 pm
Durante o caminho para as docas, Calixto explicou toda a parte da história que o meio-orc perdera. Fjord se solidarizou com a situação e afirmou que ajudaria a solucionar o caso. Afinal de contas, ele não teria para onde ir caso a taverna fosse fechada.
O Sol já estava levemente erguido acima do oceano e seus raios solares eram tímidos. As ruas enchiam-se de vendedores e compradores. Alguns corpos eram arrastados para os becos, algo normal. Os pescadores preparavam suas embarcações, redes e arpões. Sentado sobre uma caixa próximo a um galpão, um homem de idade avançada afiava a ponta de um harpão enquanto fumava um charuto.
Edgard Baroque. Esse nome era famoso pela baía, pois o homem tinha sua certa influência sendo um lobo do mar. Ex-soldado de Alastrine, sofreu um naufrágio enquanto em missão pela grande cidade dos humanos. Alguns dizem que ele chegou à baía na boca de um monstro marinho, outros, mais sensatos, dizem que fora um grupo de pescadores que o resgatou. Ele tentou voltar para sua cidade diversas vezes, mas, como que por obra do destino, algo sempre acontecia para impedi-lo atravessar o mar. A cada tentativa frustrada, ele ia crescendo e aprendendo a ocupar seu lugar na baía. Um excelente pescador, bom de briga e quase um regente das docas.
— Ocupadinho, Ed?
O homem levantou os olhos para a dupla e cuspiu no chão ao lado.
— Diga. — Sua voz era grossa e um tanto rouca.
Calixto retirou a carta da guilda de seu bolso e mostrou para ele. Edgard olhou de relance para a carta e voltou a mexer com seu harpão.
— Por um acaso reconhece algo daqui?
— Diga o quer.
— Digamos que um amigo meu está sendo ameaçado por essa guilda e eu gostaria de dar uma palavrinha com eles.
— A um custo, posso dizer algo.
— O que que houve nessa baía que todos estão querendo arrancar dinheiro de mim??? Diga quanto você quer. — O tiefling já estava pegando sua bolsa de moedas com uma expressão triste.
— Não quero dinheiro, quero um trabalhador para um pequeno serviço.
— Não nego serviço não. — Fjord bateu no peito já demonstrando iniciativa e tirando um riso do homem.
— Gosto disso, meu jovem. Pois bem…
— Você nos colocou num mau negócio. Esse velho explora qualquer um que vê na frente. — Calixto cochichou para o meio-orc, mas logo se calou para ouvir o que Edgard queria.
— Já fazem dois dias que os peixes do galpão estão desaparecendo. Meus homens dizem que viram uma criatura correndo pelo beco atrás e se esgueirando para dentro dos esgotos. O trabalho é muito simples. Entrem nos esgotos, encontrem tal criatura e tragam a cabeça dela para mim.
— Só isso? — O tiefling falou em tom de sarcasmo.
— E nada mais.
— Alguma chance de você aceitar ouro?
— Não. — Curto e grosso, voltou a afiar a ponta do harpão.
Aparentemente a dupla não havia escolha, mas, diferente do tiefling, o meio-orc estava com uma expressão animada com a ideia de brigar com alguma criatura.
Calixto e Fjord seguiram para o beco logo atrás do galpão e localizaram a entrada para os esgotos: um bueiro com uma tampa semiaberta. Calixto fez um sinal para que Fjord fosse na frente. Com o orquino desaparecendo para dentro do bueiro, o tiefling pulou atrás.
A baía não era cheirosa, mas seus moradores já eram acostumados com seu odor. Mas seu esgoto era o que havia de pior para aqueles que possuem um olfato sensível. Além de todo lixo e dejetos ali presentes, não era difícil encontrar corpos em decomposição sendo um verdadeiro banquete para vermes e ratos. Mas, como disse Edgard, era um trabalho simples.
O Sol já estava levemente erguido acima do oceano e seus raios solares eram tímidos. As ruas enchiam-se de vendedores e compradores. Alguns corpos eram arrastados para os becos, algo normal. Os pescadores preparavam suas embarcações, redes e arpões. Sentado sobre uma caixa próximo a um galpão, um homem de idade avançada afiava a ponta de um harpão enquanto fumava um charuto.
Edgard Baroque. Esse nome era famoso pela baía, pois o homem tinha sua certa influência sendo um lobo do mar. Ex-soldado de Alastrine, sofreu um naufrágio enquanto em missão pela grande cidade dos humanos. Alguns dizem que ele chegou à baía na boca de um monstro marinho, outros, mais sensatos, dizem que fora um grupo de pescadores que o resgatou. Ele tentou voltar para sua cidade diversas vezes, mas, como que por obra do destino, algo sempre acontecia para impedi-lo atravessar o mar. A cada tentativa frustrada, ele ia crescendo e aprendendo a ocupar seu lugar na baía. Um excelente pescador, bom de briga e quase um regente das docas.
— Ocupadinho, Ed?
O homem levantou os olhos para a dupla e cuspiu no chão ao lado.
— Diga. — Sua voz era grossa e um tanto rouca.
Calixto retirou a carta da guilda de seu bolso e mostrou para ele. Edgard olhou de relance para a carta e voltou a mexer com seu harpão.
— Por um acaso reconhece algo daqui?
— Diga o quer.
— Digamos que um amigo meu está sendo ameaçado por essa guilda e eu gostaria de dar uma palavrinha com eles.
— A um custo, posso dizer algo.
— O que que houve nessa baía que todos estão querendo arrancar dinheiro de mim??? Diga quanto você quer. — O tiefling já estava pegando sua bolsa de moedas com uma expressão triste.
— Não quero dinheiro, quero um trabalhador para um pequeno serviço.
— Não nego serviço não. — Fjord bateu no peito já demonstrando iniciativa e tirando um riso do homem.
— Gosto disso, meu jovem. Pois bem…
— Você nos colocou num mau negócio. Esse velho explora qualquer um que vê na frente. — Calixto cochichou para o meio-orc, mas logo se calou para ouvir o que Edgard queria.
— Já fazem dois dias que os peixes do galpão estão desaparecendo. Meus homens dizem que viram uma criatura correndo pelo beco atrás e se esgueirando para dentro dos esgotos. O trabalho é muito simples. Entrem nos esgotos, encontrem tal criatura e tragam a cabeça dela para mim.
— Só isso? — O tiefling falou em tom de sarcasmo.
— E nada mais.
— Alguma chance de você aceitar ouro?
— Não. — Curto e grosso, voltou a afiar a ponta do harpão.
Aparentemente a dupla não havia escolha, mas, diferente do tiefling, o meio-orc estava com uma expressão animada com a ideia de brigar com alguma criatura.
Calixto e Fjord seguiram para o beco logo atrás do galpão e localizaram a entrada para os esgotos: um bueiro com uma tampa semiaberta. Calixto fez um sinal para que Fjord fosse na frente. Com o orquino desaparecendo para dentro do bueiro, o tiefling pulou atrás.
A baía não era cheirosa, mas seus moradores já eram acostumados com seu odor. Mas seu esgoto era o que havia de pior para aqueles que possuem um olfato sensível. Além de todo lixo e dejetos ali presentes, não era difícil encontrar corpos em decomposição sendo um verdadeiro banquete para vermes e ratos. Mas, como disse Edgard, era um trabalho simples.
Lvl 02 (40/200)
HP (21/21)
Mana (41/41)
ST (25/25)
HP (21/21)
Mana (41/41)
ST (25/25)
- Pendência de dado:
- 1.
Informação(Informação sobre a taverna com Valeska)
2. Monstro
3. Missão (em andamento)
Re: [CL] Confiança
Dom Nov 22, 2020 6:04 pm
Para aqueles de olfato apurado: o caminho da morte.
O terrível odor subia pelas águas que caíam pelas grades circulares nas laterais rochosas como se pudessem rasgar as narinas de Calixto e Fjord. A estranha sensação de sustentar uma parte impactante do subterrâneo da baía acima de suas cabeças era mais um detalhe a compor todo o estranho ambiente ao redor — conforme a correnteza castigava os seus calcanhares como se tentassem levá-los para longe dali, a dupla percebeu diversas galerias disponíveis ao longo das paredes como se levassem por labirintos por debaixo da própria zona portuária. O meio-orc fechou o semblante como se tivesse sentido algo azedo, é claro, além do cheiro do lugar.
Algumas grades jaziam levantadas como se há muito tivessem sido construídas como uma medida de proteção para não acessarem a zona tão facilmente. Sabia-se apenas que, pelo menos por agora, elas não mais interpunham o caminho, quer dizer, pelo menos não em sua totalidade. O corredor à frente encontrava-se completamente disponível, tão amplo que sequer poderiam ver seu final encoberto pela escuridão.
Os poucos raios solares adentravam algumas frestas presentes no teto do ambiente e também por algumas aberturas laterais. Calixto quase foi completamente engolfado caso não tivesse percebido o específico som de algo deslizando mais ao lado — sendo guiado pelos seus instintos e recuando, deixou uma pilha de dejetos ser expelida de um canal lateral sobre onde estava anteriormente, chocando-se contra parte da grade e escorrendo pela parede, por pouco não sujando seus pés. O cheiro pútrido subiu quase instantaneamente, fazendo o tiefling sentir provavelmente seu estômago revirar com o acontecimento. Talvez Fjord encontrasse um alívio cômico naquela situação, bem, isso se ignorasse o fato de que parecia ter pisado em algo gosmento com seus pés dentro da água esverdeada.
Mas aquele detalhe parecia ter sido cravado para que não focassem no que verdadeiramente importava: se os homens de Edgard estivessem corretos, havia alguma criatura desconhecida pelos esgotos.
Caminhando mais adiante, perceberam que o esgoto potencialmente, apesar do seu cheiro insuportável, possuía algumas vantagens sobre a superfície. Por exemplo, conseguiram ouvir a conversa de algumas senhoras donas de um prostíbulo que comentavam a respeito de tramar uma situação que as faria ganhar ainda mais dinheiro em cima do desespero da clientela. Para além disso, sendo guiados pelas incontáveis vozes, perceberam que estavam cada vez mais próximos do cais conforme também tornava-se possível ouvir o som das águas chocando-se contra as madeiras e toras. Ali, o fluxo de correnteza encontrava-se ainda mais constante, chegando até à altura da cintura do tiefling. Os arredores pareciam ainda menos amistosos agora — os dejetos eram levados adiante, caminhando por túneis diversos que mais do que bifurcavam o caminho à frente à medida em que a escuridão se proliferava.
Fjord fez um sinal para que ficasse em silêncio.
Eles ouviram algo similar a passos. Na realidade, não parecia nada como os seus próprios dados dentro da água também responsáveis por espalhá-la. O meio-orc, se anteriormente estava com a guarda baixa, agora não passava apenas de uma lembrança distante: armou-se como se entrasse em confronto, observando os arredores — mas não havia qualquer outro sinal de vida exceto pelos líquens, musgos e fungos que nasciam nas entradas de dutos que levavam ao largo corredor em que jaziam. Para além disso, o tiefling percebeu que, naquela situação, conseguia enxergar melhor do que o parceiro com a ajuda dos genes de sua raça — os detalhes absorvidos pareciam muito mais vívidos para si do que para o outro, afinal.
Por conta disso, foi Calixo que enxergou assim que olhou para cima.
Olhos extremamente esbugalhados sobre uma pele lisa e úmida na face, apesar de enrugada, com algumas pústulas e glândulas saltadas que denotavam logo aonde deveria estar o pescoço. Um colar de espinhos erguido sobre seus ombros suspendia-se devido à forma como encontrava-se de quatro engatinhando no teto do esgoto — entre os dedos haviam membranas e, para além disso, Calixto enxergou uma guelra presente na lateral da criatura. Uma barbatana protuberante saltava de suas costas e, de cintura abaixo, onde os pés jaziam, escamas nasciam como uma espécie de defesa da própria espécie. Os detalhes marcantes do ser dos mares e vívidos foram vislumbrados apenas pelo tiefling, visto que na altura em que jaziam nos dutos, a iluminação não passava de alguns pequenos fios dourados caindo do teto.
Outro detalhe? Um arpão enferrujado preso por um suporte em suas costas.
— Khoa daliursh! — A criatura se exasperou com uma voz rouca.
E fugiu, mas não sem antes atirar o arpão que carregava. Calixto observou o objeto aproximando-se em meio à escuridão tendo como alvo o meio-orc que provavelmente seria pego desprevenido — uma mira perfeita por parte da criatura, visto que o projétil tinha como alvo a nuca de Fjord. Apesar de estar de quatro e no teto, a criatura aquática não demonstrava tanta velocidade conforme se exasperava a correr completamente desengonçado por um caminho à esquerda, seguindo o seu trajeto sem sequer saber se havia ou não atingido um dos dois desbravadores.
O terrível odor subia pelas águas que caíam pelas grades circulares nas laterais rochosas como se pudessem rasgar as narinas de Calixto e Fjord. A estranha sensação de sustentar uma parte impactante do subterrâneo da baía acima de suas cabeças era mais um detalhe a compor todo o estranho ambiente ao redor — conforme a correnteza castigava os seus calcanhares como se tentassem levá-los para longe dali, a dupla percebeu diversas galerias disponíveis ao longo das paredes como se levassem por labirintos por debaixo da própria zona portuária. O meio-orc fechou o semblante como se tivesse sentido algo azedo, é claro, além do cheiro do lugar.
Algumas grades jaziam levantadas como se há muito tivessem sido construídas como uma medida de proteção para não acessarem a zona tão facilmente. Sabia-se apenas que, pelo menos por agora, elas não mais interpunham o caminho, quer dizer, pelo menos não em sua totalidade. O corredor à frente encontrava-se completamente disponível, tão amplo que sequer poderiam ver seu final encoberto pela escuridão.
Os poucos raios solares adentravam algumas frestas presentes no teto do ambiente e também por algumas aberturas laterais. Calixto quase foi completamente engolfado caso não tivesse percebido o específico som de algo deslizando mais ao lado — sendo guiado pelos seus instintos e recuando, deixou uma pilha de dejetos ser expelida de um canal lateral sobre onde estava anteriormente, chocando-se contra parte da grade e escorrendo pela parede, por pouco não sujando seus pés. O cheiro pútrido subiu quase instantaneamente, fazendo o tiefling sentir provavelmente seu estômago revirar com o acontecimento. Talvez Fjord encontrasse um alívio cômico naquela situação, bem, isso se ignorasse o fato de que parecia ter pisado em algo gosmento com seus pés dentro da água esverdeada.
Mas aquele detalhe parecia ter sido cravado para que não focassem no que verdadeiramente importava: se os homens de Edgard estivessem corretos, havia alguma criatura desconhecida pelos esgotos.
Caminhando mais adiante, perceberam que o esgoto potencialmente, apesar do seu cheiro insuportável, possuía algumas vantagens sobre a superfície. Por exemplo, conseguiram ouvir a conversa de algumas senhoras donas de um prostíbulo que comentavam a respeito de tramar uma situação que as faria ganhar ainda mais dinheiro em cima do desespero da clientela. Para além disso, sendo guiados pelas incontáveis vozes, perceberam que estavam cada vez mais próximos do cais conforme também tornava-se possível ouvir o som das águas chocando-se contra as madeiras e toras. Ali, o fluxo de correnteza encontrava-se ainda mais constante, chegando até à altura da cintura do tiefling. Os arredores pareciam ainda menos amistosos agora — os dejetos eram levados adiante, caminhando por túneis diversos que mais do que bifurcavam o caminho à frente à medida em que a escuridão se proliferava.
Fjord fez um sinal para que ficasse em silêncio.
Eles ouviram algo similar a passos. Na realidade, não parecia nada como os seus próprios dados dentro da água também responsáveis por espalhá-la. O meio-orc, se anteriormente estava com a guarda baixa, agora não passava apenas de uma lembrança distante: armou-se como se entrasse em confronto, observando os arredores — mas não havia qualquer outro sinal de vida exceto pelos líquens, musgos e fungos que nasciam nas entradas de dutos que levavam ao largo corredor em que jaziam. Para além disso, o tiefling percebeu que, naquela situação, conseguia enxergar melhor do que o parceiro com a ajuda dos genes de sua raça — os detalhes absorvidos pareciam muito mais vívidos para si do que para o outro, afinal.
Por conta disso, foi Calixo que enxergou assim que olhou para cima.
Olhos extremamente esbugalhados sobre uma pele lisa e úmida na face, apesar de enrugada, com algumas pústulas e glândulas saltadas que denotavam logo aonde deveria estar o pescoço. Um colar de espinhos erguido sobre seus ombros suspendia-se devido à forma como encontrava-se de quatro engatinhando no teto do esgoto — entre os dedos haviam membranas e, para além disso, Calixto enxergou uma guelra presente na lateral da criatura. Uma barbatana protuberante saltava de suas costas e, de cintura abaixo, onde os pés jaziam, escamas nasciam como uma espécie de defesa da própria espécie. Os detalhes marcantes do ser dos mares e vívidos foram vislumbrados apenas pelo tiefling, visto que na altura em que jaziam nos dutos, a iluminação não passava de alguns pequenos fios dourados caindo do teto.
Outro detalhe? Um arpão enferrujado preso por um suporte em suas costas.
— Khoa daliursh! — A criatura se exasperou com uma voz rouca.
E fugiu, mas não sem antes atirar o arpão que carregava. Calixto observou o objeto aproximando-se em meio à escuridão tendo como alvo o meio-orc que provavelmente seria pego desprevenido — uma mira perfeita por parte da criatura, visto que o projétil tinha como alvo a nuca de Fjord. Apesar de estar de quatro e no teto, a criatura aquática não demonstrava tanta velocidade conforme se exasperava a correr completamente desengonçado por um caminho à esquerda, seguindo o seu trajeto sem sequer saber se havia ou não atingido um dos dois desbravadores.
- Spoiler:
- Por enquanto, sem necessidade de HPs
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Missão: Eles morrem pelas bocas [parte 3]
Seg Nov 23, 2020 7:32 pm
Se não bastasse o terrível odor dos esgotos, agora estávamos parcialmente mergulhados naquela água imunda. Isso se eu pudesse chamar isso de água. Dando uma bela olhada nos arredores, percebi que o local possuía diversos túneis. Coitado de quem se perdesse em um lugar como esse. Seguimos pelo corredor à frente. Sabíamos onde estávamos nos metendo? Não. Mas pelo simples fato dele estar mais acessível, era mais provável alguma criatura utilizar tal rota. Ao menos, eu esperava que assim o fosse, porque eu não conseguiria me imaginar rastejando por passagens mais complicadas.
Longe do bueiro, nossa iluminação era reduzida aos poucos raios solares que conseguiam a proeza de adentrar tal local. Para mim, não fazia muita diferença, dada minha capacidade de enxergar no escuro. Para o meio-orc isso poderia ser um problema. Mas com vantagem ou sem vantagem, eu que quase fui vítima de uma chuva de dejetos. Minha espinha arrepiou só de imaginar o que teria acontecido se eu não tivesse desviado daquilo.
Continuamos seguindo e aos poucos as conversas da cidade acima de nós se tornaram audíveis. Os esgotos poderiam ser um bom local para captar informação, mas a um preço muito caro. Eu, particularmente, não estaria disposto a repetir a experiência. A essa altura, a água estava em nossas cinturas e eu me esforçava para não vomitar. Maldito Edgard.
Repentinamente, senti o dedo de Fjord tocar minha boca, para que eu fizesse silêncio. Paramos de nos mover deixando o som da correnteza se sobressair e, logo em seguida, sons de passos se evidenciarem. O meio-orc criou uma espada de pedra e ficou em posição de ataque. Instantaneamente empunhei Cècil e passei a varrer o local com meus olhos. Nada nos arredores. Mas quando olhei para cima, vi uma criatura estranha, um tanto grotesca. Nunca havia visto tal coisa antes.
Do mesmo modo que vi, fomos percebidos pela criatura. Grunhindo algo que não consegui entender, lançou na direção de Fjord o arpão que carregava consigo e pôs-se a correr em direção a um caminho pela esquerda.
“Seu merdinha!”
Com Cècil em mãos, avancei para interceptar o arpão. Se o destino assim permitisse, daria uma bela bronca em Fjord. Não é possível que ele não ouviu aquela criatura grunhir algo. Após, tentar alcançar aquela criatura asquerosa.
Longe do bueiro, nossa iluminação era reduzida aos poucos raios solares que conseguiam a proeza de adentrar tal local. Para mim, não fazia muita diferença, dada minha capacidade de enxergar no escuro. Para o meio-orc isso poderia ser um problema. Mas com vantagem ou sem vantagem, eu que quase fui vítima de uma chuva de dejetos. Minha espinha arrepiou só de imaginar o que teria acontecido se eu não tivesse desviado daquilo.
Continuamos seguindo e aos poucos as conversas da cidade acima de nós se tornaram audíveis. Os esgotos poderiam ser um bom local para captar informação, mas a um preço muito caro. Eu, particularmente, não estaria disposto a repetir a experiência. A essa altura, a água estava em nossas cinturas e eu me esforçava para não vomitar. Maldito Edgard.
Repentinamente, senti o dedo de Fjord tocar minha boca, para que eu fizesse silêncio. Paramos de nos mover deixando o som da correnteza se sobressair e, logo em seguida, sons de passos se evidenciarem. O meio-orc criou uma espada de pedra e ficou em posição de ataque. Instantaneamente empunhei Cècil e passei a varrer o local com meus olhos. Nada nos arredores. Mas quando olhei para cima, vi uma criatura estranha, um tanto grotesca. Nunca havia visto tal coisa antes.
Do mesmo modo que vi, fomos percebidos pela criatura. Grunhindo algo que não consegui entender, lançou na direção de Fjord o arpão que carregava consigo e pôs-se a correr em direção a um caminho pela esquerda.
“Seu merdinha!”
Com Cècil em mãos, avancei para interceptar o arpão. Se o destino assim permitisse, daria uma bela bronca em Fjord. Não é possível que ele não ouviu aquela criatura grunhir algo. Após, tentar alcançar aquela criatura asquerosa.
Ações escreveu:Ação 1: Usar espada para interceptar o arpão
Ação 2: Se possível, atacar a criatura com ataque básico
Perícia escreveu:Visão no Escuro — Tieflings possuem uma visão superior no escuro e na penumbra. Enxergam na penumbra a até 18 metros como se fosse luz plena, e no escuro como se fosse na penumbra. Eles não podem discernir cores no escuro, apenas tons de cinza.
- Sobre Fjord:
- Fjord é um elementalista Gea. Nível 1, sabe usar a magia Forja de Pedra que é a capacidade de criar uma arma com sua mana. Deixando aqui caso queira usar.
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Re: [CL] Confiança
Qua Nov 25, 2020 11:35 am
Na escuridão: um estálido.
O tinitar do metal da lâmina de Calixto contra o arpão fez com que faíscas nascessem naquele ponto em meio à penumbra, a rápida movimentação e a súbita iluminação serviu como um sinal para o meio-orc que rapidamente empunhou seu machado pétreo em mãos. O tiefling observou o arpão cair sobre as águas que chegavam até seus joelhos ser carregado pela correnteza até o fim do túnel — para além disso, noticiou como a criatura presa ao teto colocava todo o seu esforço para seguir adiante. Fjord ainda não tinha notado sua presença, mas confiou nas ações do seu parceiro que mostraram-se mais do que afiadas diante daquilo que enfrentava na escuridão.
Calixto precisou correr até a criatura, seguindo com Fjord ao seu lado após terem virado no mesmo corredor que o perseguido.
Com um salto, o corneado brandiu Cècil e conseguiu desenhar um corte logo nas costas daquilo que perseguia. O ser gritou, agonizando de tanta dor, e desprendeu-se do teto. Antes de chocar-se contra a água da correnteza, um feixe de luz advindo de uma das brechas no teto revelou sua aparência para Fjord que, franzindo o cenho, parecia ter no mínimo uma noção do que tratava-se. A criatura tentou mover-se nas águas, contudo, seu sangue já saía aos montes do lugar atingido e, para além disso, o esverdeado da água lentamente mesclava-se ao vermelho de seu ferimento. Provavelmente sua pele era mais frágil do que Calixto imaginava.
— Khoa dithilish! — levou ambas as mãos à frente do rosto.
Fjord estalou a língua.
— Então os boatos são verdadeiros — trocou o machado terroso de mão — essas merdas estão vivendo debaixo dos nossos pés na baía.
No final daquele corredor em que estavam, perceberam que a correnteza encontrava-se em direção contrária à que seguiam. Junto com as águas, não demorou até que sentissem um odor fétido advindo das profundezas daquele caminho — não de dejetos ou do ferro oxidado que compunha as grades, mas sim um muito específico e que rodeava principalmente as regiões do cais da Baía Cinzenta: de peixe. Como se pilhas e pilhas estivessem espalhadas e a circulação de ar que vinha junto da força d’água fizesse-os ser envolto pelo abraço indesejado daquele aroma puramente azedo.
Fjord levou os dedos ao nariz, como se desejasse não inalar aquele cheiro.
— Daqui pra frente é pior — seu olhar caiu sobre a criatura — algo me diz que não tem só ele roubando os peixes não. Acho melhor levar a cabeça desse daqui e meter o pé.
CALIXTO
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FJORD
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O tinitar do metal da lâmina de Calixto contra o arpão fez com que faíscas nascessem naquele ponto em meio à penumbra, a rápida movimentação e a súbita iluminação serviu como um sinal para o meio-orc que rapidamente empunhou seu machado pétreo em mãos. O tiefling observou o arpão cair sobre as águas que chegavam até seus joelhos ser carregado pela correnteza até o fim do túnel — para além disso, noticiou como a criatura presa ao teto colocava todo o seu esforço para seguir adiante. Fjord ainda não tinha notado sua presença, mas confiou nas ações do seu parceiro que mostraram-se mais do que afiadas diante daquilo que enfrentava na escuridão.
Calixto precisou correr até a criatura, seguindo com Fjord ao seu lado após terem virado no mesmo corredor que o perseguido.
Com um salto, o corneado brandiu Cècil e conseguiu desenhar um corte logo nas costas daquilo que perseguia. O ser gritou, agonizando de tanta dor, e desprendeu-se do teto. Antes de chocar-se contra a água da correnteza, um feixe de luz advindo de uma das brechas no teto revelou sua aparência para Fjord que, franzindo o cenho, parecia ter no mínimo uma noção do que tratava-se. A criatura tentou mover-se nas águas, contudo, seu sangue já saía aos montes do lugar atingido e, para além disso, o esverdeado da água lentamente mesclava-se ao vermelho de seu ferimento. Provavelmente sua pele era mais frágil do que Calixto imaginava.
— Khoa dithilish! — levou ambas as mãos à frente do rosto.
Fjord estalou a língua.
— Então os boatos são verdadeiros — trocou o machado terroso de mão — essas merdas estão vivendo debaixo dos nossos pés na baía.
No final daquele corredor em que estavam, perceberam que a correnteza encontrava-se em direção contrária à que seguiam. Junto com as águas, não demorou até que sentissem um odor fétido advindo das profundezas daquele caminho — não de dejetos ou do ferro oxidado que compunha as grades, mas sim um muito específico e que rodeava principalmente as regiões do cais da Baía Cinzenta: de peixe. Como se pilhas e pilhas estivessem espalhadas e a circulação de ar que vinha junto da força d’água fizesse-os ser envolto pelo abraço indesejado daquele aroma puramente azedo.
Fjord levou os dedos ao nariz, como se desejasse não inalar aquele cheiro.
— Daqui pra frente é pior — seu olhar caiu sobre a criatura — algo me diz que não tem só ele roubando os peixes não. Acho melhor levar a cabeça desse daqui e meter o pé.
CRIATURA
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Missão: Eles morrem pelas bocas [parte 4]
Qua Nov 25, 2020 7:52 pm
A criatura jazia no chão usando o que restava de suas forças numa tentativa vã de proteger-se. Calixto olhava pensativo na direção de onde vinha o terrível odor de peixe. A fala de Fjord sobre a possibilidade de mais daquela criatura estarem morando nos esgotos não preocupou o tiefling. Afinal de contas, a superfície já era repleta de ladrões. Se tais criaturas se tornassem uma praga, eventualmente serão eliminadas. Com um manejar de sua espada, decepou a criatura e tomou sua cabeça em mãos.
— Nojento.
Tiefling e meio-orc refizeram todo o caminho de volta à superfície. Edgard estava próximo a um barco aparentemente dando ordens. Calixto se aproximou e jogou a cabeça da criatura aos pés do homem.
— Perfume novo? — Edgard satirizou e cuspiu em cima da cabeça e depois levantou o olhar para a dupla. — E como vou saber que esta é a criatura que estava roubando os peixes?
Fjord tomou iniciativa avançando em direção ao homem e apontando o dedo em sua cara.
— Você deu o trabalho de irmos aos esgotos e trazermos a cabeça da criatura. Só havia isso lá! — Calixto puxou o ombro do meio-orc para que ele se contivesse.
— Talvez você já deva saber sobre os boatos de que tais criaturas estivessem vivendo nos esgotos. Então, você ainda foi recompensando com a confirmação da informação. Agora, como você irá lidar com isso, é um problema seu.
Calmamente Edgard retirou um cigarro do bolso e o acendeu. Olhou para os dois e tragou.
— O selo da carta pertence aos Hierofantes. Uma guilda de estudiosos de magia não-usual. Sei que um pequeno grupo deles está na Valindra. Agora saiam da minha frente.
— Valinda, hum? Não poderemos nos apresentar assim.
Fjord olhou para suas próprias roupas e só então percebeu que os dois estavam chamando atenção das pessoas que passavam devido ao fedor dos esgotos.
— A gente resolve isso fácil.
Sem avisar, o meio-orc pegou Calixto nos braços e seguiu correndo pelas docas até o cais. Quando chegou no limite, jogou o tiefling no mar e pulou em seguida.
— Nojento.
Tiefling e meio-orc refizeram todo o caminho de volta à superfície. Edgard estava próximo a um barco aparentemente dando ordens. Calixto se aproximou e jogou a cabeça da criatura aos pés do homem.
— Perfume novo? — Edgard satirizou e cuspiu em cima da cabeça e depois levantou o olhar para a dupla. — E como vou saber que esta é a criatura que estava roubando os peixes?
Fjord tomou iniciativa avançando em direção ao homem e apontando o dedo em sua cara.
— Você deu o trabalho de irmos aos esgotos e trazermos a cabeça da criatura. Só havia isso lá! — Calixto puxou o ombro do meio-orc para que ele se contivesse.
— Talvez você já deva saber sobre os boatos de que tais criaturas estivessem vivendo nos esgotos. Então, você ainda foi recompensando com a confirmação da informação. Agora, como você irá lidar com isso, é um problema seu.
Calmamente Edgard retirou um cigarro do bolso e o acendeu. Olhou para os dois e tragou.
— O selo da carta pertence aos Hierofantes. Uma guilda de estudiosos de magia não-usual. Sei que um pequeno grupo deles está na Valindra. Agora saiam da minha frente.
— Valinda, hum? Não poderemos nos apresentar assim.
Fjord olhou para suas próprias roupas e só então percebeu que os dois estavam chamando atenção das pessoas que passavam devido ao fedor dos esgotos.
— A gente resolve isso fácil.
Sem avisar, o meio-orc pegou Calixto nos braços e seguiu correndo pelas docas até o cais. Quando chegou no limite, jogou o tiefling no mar e pulou em seguida.
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Missão: Eles morrem pelas bocas [parte 5]
Qui Nov 26, 2020 7:06 pm
O banho repentino assustou Calixto, mas ver o meio-orc todo atrapalhado tentando pescar algo rendeu boas risadas. O Sol avançava no céu sinalizando mais ou menos estar na metade da manhã. Fjord exibia três peixes pescados enquanto o tiefling havia terminado de improvisar uma fogueira nos rochedos próximos ao mar. Enquanto as roupas secavam estendidas ao Sol, a dupla aproveitava o café da manhã.
— E por que você veio parar aqui na baía? — A voz do orquino cortou o tímido som da mastigação e das ondas se quebrando contra as rochas.
Por um segundo, um flash de memória saltou diante dos olhos do tiefling. Diante de si, seu mestre estava caído ao chão com uma espada encravada em seu peito e lobos se aproximando para estraçalhar sua carne. Calixto sacudiu a cabeça para voltar a si e sorriu para seu companheiro eventual.
— Digamos que quando não se sabe para onde ir, qualquer lugar serve. — E mordeu o peixe.
Fjord fez uma expressão confusa, como se estivesse tentando decifrar as palavras do tiefling. Demorou um pouco, mas logo fez uma expressão aliviada. Supostamente havia entendido. Ambos terminaram suas refeições e vestiram suas roupas agora secas. De pé, diante do mar, os olhos de Calixto percorreram a imensidão azul até alcançar o horizonte. Ele ouviu histórias de como as terras a oeste eram férteis e havia uma diversidade imensa de criaturas.
— Vamos? — Mais uma vez a voz de Fjord cortou o silêncio retirando o tiefling de seu torpor.
Valindra era uma mulher poderosa na baía que possuía um hotel em uma área “nobre”, se é que se possa dizer que exista uma área nobre na baía. Em um passado não muito distante, Calixto havia interferido nos negócios da mulher, o que criou uma pequena inimizade da parte dela. Mas, o que mais o preocupava era em encontrar os membros da guilda.
Após atravessarem a baía, finalmente estavam diante do hotel de Valindra. Assim que adentraram, ambos perceberam que haviam passado por uma fina película de mana. Fjord olhou confuso para Calixto, mas deu de ombros. Na área de recepção, Valindra estava encostada na parede com os braços cruzados. A mulher exibia uma expressão pouco amistosa e nada disse, apenas fazendo um sinal com a cabeça para que os recém chegados subissem as escadas. A cada degrau deixado para trás, o tiefling sentia seu coração disparado e uma sensação ruim ao seu redor. Era como se ele estivesse indo adentrar o covil de um dragão.
O andar superior era repleto de quartos, entretanto, não seria difícil identificar qual deles era de seu interesse. Dois guardas fortemente armados com pesadas armaduras e machados estavam diante de uma das portas. Ao avistarem o tiefling e o meio-orc, apenas afastaram-se e abriram a porta. O quarto estava escuro possuindo iluminação apenas de algumas velas espalhadas sobre uma mesa. Calixto identificou quatro pessoas em pé ocultos em túnicas com capuz de coloração preta. Do outro lado da mesa, uma figura ameaçadora estava sentada. Sua face estava oculta por uma máscara adornada com o que parecia ser ouro.
— Sussurros me informaram que haviam mundanos interessados em um encontro. Por que eu não deveria matá-los aqui como um agradecimento à Baía por ter tirado a vida de um dos nossos?
— E por que você veio parar aqui na baía? — A voz do orquino cortou o tímido som da mastigação e das ondas se quebrando contra as rochas.
Por um segundo, um flash de memória saltou diante dos olhos do tiefling. Diante de si, seu mestre estava caído ao chão com uma espada encravada em seu peito e lobos se aproximando para estraçalhar sua carne. Calixto sacudiu a cabeça para voltar a si e sorriu para seu companheiro eventual.
— Digamos que quando não se sabe para onde ir, qualquer lugar serve. — E mordeu o peixe.
Fjord fez uma expressão confusa, como se estivesse tentando decifrar as palavras do tiefling. Demorou um pouco, mas logo fez uma expressão aliviada. Supostamente havia entendido. Ambos terminaram suas refeições e vestiram suas roupas agora secas. De pé, diante do mar, os olhos de Calixto percorreram a imensidão azul até alcançar o horizonte. Ele ouviu histórias de como as terras a oeste eram férteis e havia uma diversidade imensa de criaturas.
— Vamos? — Mais uma vez a voz de Fjord cortou o silêncio retirando o tiefling de seu torpor.
Valindra era uma mulher poderosa na baía que possuía um hotel em uma área “nobre”, se é que se possa dizer que exista uma área nobre na baía. Em um passado não muito distante, Calixto havia interferido nos negócios da mulher, o que criou uma pequena inimizade da parte dela. Mas, o que mais o preocupava era em encontrar os membros da guilda.
Após atravessarem a baía, finalmente estavam diante do hotel de Valindra. Assim que adentraram, ambos perceberam que haviam passado por uma fina película de mana. Fjord olhou confuso para Calixto, mas deu de ombros. Na área de recepção, Valindra estava encostada na parede com os braços cruzados. A mulher exibia uma expressão pouco amistosa e nada disse, apenas fazendo um sinal com a cabeça para que os recém chegados subissem as escadas. A cada degrau deixado para trás, o tiefling sentia seu coração disparado e uma sensação ruim ao seu redor. Era como se ele estivesse indo adentrar o covil de um dragão.
O andar superior era repleto de quartos, entretanto, não seria difícil identificar qual deles era de seu interesse. Dois guardas fortemente armados com pesadas armaduras e machados estavam diante de uma das portas. Ao avistarem o tiefling e o meio-orc, apenas afastaram-se e abriram a porta. O quarto estava escuro possuindo iluminação apenas de algumas velas espalhadas sobre uma mesa. Calixto identificou quatro pessoas em pé ocultos em túnicas com capuz de coloração preta. Do outro lado da mesa, uma figura ameaçadora estava sentada. Sua face estava oculta por uma máscara adornada com o que parecia ser ouro.
— Sussurros me informaram que haviam mundanos interessados em um encontro. Por que eu não deveria matá-los aqui como um agradecimento à Baía por ter tirado a vida de um dos nossos?
- Spoiler:
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Sex Nov 27, 2020 1:01 pm
Calixto olhou para Fjord e fez um sinal para que ele não falasse nada. Se o meio-orc falasse alguma bobagem ali, poderia colocar a vida dos dois em risco. Engolindo em seco e dando um passo à frente, o tiefling fez uma reverência respeitosa.
— Venho em defesa à Taverna onde vosso colega fora assassinado. Temos indícios de que a culpa deve recair sobre outrem, e estamos dispostos a provar.
— Caduceus era um mago respeitado em nosso meio e líder de projeto em um estudo em particular. Sua morte irá atrasar nossos interesses. Particularmente, não tenho a pretensão em estender minha estadia nesta cidade a ponto de aguardar sua investigação.
— Suplico que aguarde ao menos até o pôr-do-sol.
— Meio-dia. — O tom de voz era incisivo não deixando espaço para barganha. — Quando o Sol atingir o mais alto ponto do céu, alguém irá sucumbir.
— S-sim.
A figura mascarada fez um sinal para um dos encapuzados e logo ele fez um sinal de mãos conjurando uma magia em Calixto. A testa do tiefling pareceu queimar surgindo ali um símbolo.
— Este sigilo me deixará informada de suas ações. Agora vá, tiefling. O tempo não lhe é favorável.
Calixto reverenciou mais uma vez e puxou Fjord pelo braço conduzindo-o para fora.
— Eu poderia facilmente esmagar a cabeça dela.
— Calado e venha logo.
Agora Calixto tinha noção que sua única aposta seria na taverna Santo Corno. Se, por alguma razão, a informação dada por Valeska fosse falsa, ele não teria tempo em investigar outro suspeito. De volta às ruas, o tiefling seguiu para um beco e parou pensativo.
— Sabemos que a taverna Santo Corno havia interesse direto com a ruína de Baldur. — Ele andava de um lado para outro sendo seguido pelos olhos do meio-orc que estava encostado no muro. — Nossa única opção é investir algo na própria taverna e sermos agraciados com a sorte de encontrar-mos algo incriminatório. Encontrar vestígios do veneno, perseguir uma confissão, ou mesmo poderíamos forj… — Hesitou ao se lembrar do sigilo em sua testa. Tossiu. — Vamos investigar a taverna mesmo. Nunca entrei naquele lugar então vamos definir dois papéis bem simples. Você irá criar uma distração enquanto eu investigo o local.
— Que tipo de distração?
— O que um orc faz de melhor?
Fjord sorriu maliciosamente.Lvl 02 (40/200)
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Sex Nov 27, 2020 8:03 pm
De fato, Calixto nunca estivera na taverna Santo Corno, mas já ouvira falar muito bem do local. Diziam que a bebida era produzida no subsolo e que todo o estabelecimento cheirava bem. Entretanto, os preços baixos e as prostitutas d’O Caldeirão Furado eram muito mais atrativos para a população da baía. Baldur nunca se importou com as queixas de seu rival, afinal de contas não era um oponente à altura.
A dupla de “investigadores” chegou ao local e a primeira coisa que perceberam foi o agradável odor no lugar. Além disso, viram que o local era bastante limpo e organizado. Ambos chegaram à conclusão que aquilo ali era um universo totalmente contrastante com a baía.
Uma garçonete se aproximou e os direcionou a uma mesa. Calixto passou o dedo na mesa e percebeu que poderia comer algo diretamente dela haja vista o nível de limpeza. Fjord se acomodou na cadeira e pediu uma cerveja. O tiefling escaneava o local com seus olhos procurando algum ponto de interesse. As escadas para o subsolo poderiam ser um bom início.
— Caaara… você viu aquilo? — Fjord recebeu a cerveja e falou alto olhando para uma mesa ao canto.
— Nossa, o quê? — Calixto olhou curioso na direção em que o meio-orc apontava e ria.
— O cara passou a mão na bunda da mulher do outro. Porra, eu não deixava. — E riu de forma debochada.
— É por isso que chamam essa taverna de Santo Corno? — O tiefling prosseguiu com uma expressão confusa e curiosa.
— QUEM PASSOU A MÃO EM QUEM?
O homem que estava na mesa levantou-se alterado e batendo as mãos na mesa. Olhou em direção ao meio-orc e visualizou o mesmo apontando discretamente para um weretiger. Fjord não conseguia disfarçar a cara de cínico e tentava ao máximo segurar a risada pelo o que estava fazendo;
— E AÍ? GOSTA DE METER A MÃO NA MULHER DOS OUTROS? — Chegou quebrando uma garrafa na mesa e apontando contra o suposto aliciador.
— METER A MÃO NO QUÊ, SEU OTÁRIO?
— EU NÃO DEIXAVA!!! — Fjord gritou levantando-se da mesa e jogando a caneca de cerveja no chão.
O vidro da caneca se quebrando no chão foi o som de largada para que o caos iniciasse. Garçonetes corriam desesperadas. Humano e weretiger brigavam trocando socos. A situação piorou quando um deles esbarrou na mesa de um draconato. Sem pensar duas vezes, o draconato levantou-se, pegou uma cadeira e quebrou nas costas do weretiger. Fjord gritava animado enquanto fazia duas armas de pedra para os combatentes e pedia mais cerveja para uma garçonete que passou correndo por ele.
Calixto possuía a distração que queria. Toda a organização do local havia cedido espaço ao caos e conflito. O tiefling esgueirou-se para a escada que levava ao porão e desceu até encontrar uma porta de madeira trancada com um cadeado. Cècil resolveu o problema facilmente permitindo a entrada.
O porão não era bem iluminado, apenas algumas velas impediam a total escuridão. Calixto logo identificou um conjunto de equipamentos que entendeu se tratar de um alambique. Os rumores estavam certos. A bebida era destilada ali mesmo. Uma mesa ao lado continha diversos vidros cheios com líquidos de várias cores. Bem, Calixto não imaginava que teria algum frasco escrito “veneno” ali, mas um frasco em especial chamou sua atenção. O frasco continha um líquido incolor e inodoro. “Água talvez?”, pensou ao tentar cheirar o conteúdo. Guardou o frasco consigo e deu uma última vasculhada no local. Nada mais ali era útil. Sua aposta era o conteúdo do frasco.
— Q-quem é você? — Uma voz surgiu na direção das escadas.
Tratava-se do filho do taverneiro que estava servindo bebidas diretamente no balcão. Calixto disfarçou o espanto em ser encontrado ali e caminhou calmamente em direção ao rapaz.
— Quando vi a confusão lá em cima, corri para procurar um lugar seguro. — Ele percebeu que os olhos do rapaz fitaram a espada.
— M-mas aqui estava trancado, n-não é?
Calixto olhou para a porta com uma expressão confusa.
— Nãaao… Estava exatamente assim. Será que alguém veio aqui antes de mim? — O tiefling retirou o frasco do bolso e empurrou para fora a rolha que o tampava.
— É-é… de-deve ter sido isso mes
Com um movimento rápido, Calixto levou o frasco até à boca do jovem fazendo-o beber parte do líquido. O jovem arregalou os olhos e levou ambas as mãos para a garganta. Começou a tossir e aparentava não conseguir respirar. Subitamente seus olhos perderam a luz da vida e caiu no chão. O tiefling assistia a cena enquanto balançava o frasco em suas mãos com o pouco que restava do líquido, agora confirmado ser veneno.
— EI! POR QUE A DEMORA AÍ EMBAIXO? — Do alto da escada, Fjord gritava como se apressasse o companheiro.
— Preciso de sua ajuda aqui!— O meio-orc desceu as escadas correndo. Ele estava suado e sangrado, mas com uma expressão animada no rosto. — Preciso que leve o corpo para cima.
Mal terminara de falar, sua testa ardeu. Ele sentia como se a marca do sigilo estivesse desprendendo de sua testa. E assim ocorreu. O sigilo caiu no chão e formou outro formato. Uma espécie de círculo de aproximadamente 2m de diâmetro brilhou ao redor do sigilo. O corpo do jovem fora puxado para dentro do círculo e o mesmo fechou-se em seguida. Tiefling e meio-orc se entreolharam e saíram correndo escada acima e, em seguida, seguiram de volta para a rua.
— Aquele corpo foi pra eles, né? — Fjord estava confuso.
— Tudo indica que sim.
Fjord acendeu um cigarro e ficou olhando para a taverna.
— Esperamos? — Calixto deu de ombros como resposta à pergunta do orquino.
Demorou alguns minutos e uma gritaria veio da rua de baixo. Aproximadamente oito lobos rubros como sangue surgiram correndo passando entre as pessoas e entraram na taverna. A gritaria de desespero veio do local onde pessoas tentavam fugir pela porta, mas logo eram puxadas de volta e estraçalhadas. Os transeuntes na rua passavam rapidamente evitando ao máximo chegar perto do local. Fjord e Calixto assistiam à cena. O meio-orc ofereceu o cigarro para o tiefling, mas o mesmo recusou. Preferia manter sua saúde intacta.
O silêncio reinou na taverna. Um dos lobos saiu correndo da taverna e avançou em direção à dupla que já estava preparada para se defender de um possível ataque. Mas o lobo liquefez-se no chão formando o símbolo dos Hierofantes no chão e, logo em seguida desapareceu. Fjord apagou o cigarro no muro da casa e Calixto respirou aliviado.
— E o julgamento caiu sobre eles… — O tiefling falou pensativo lembrando da carta que tirara quando acordou.
— O quê?
— Vamos dar as boas novas para Baldur?
A dupla seguiu de volta para a taverna e encontrou o orc de malas prontas. Calixto explicou sobre seu encontro com os Hierofantes e sobre o resultado de sua investigação com Fjord. A princípio, Baldur ficou receoso e acreditou que a guilda ainda poderia querer persegui-lo, mas uma carta que chegaria minutos depois deixaria claro que as ameaças contra a taverna foram retiradas. O orc urrou em comemoração e quase quebrou as costelas de Calixto e Fjord com um abraço demasiadamente apertado. As prostitutas comemoraram e prometeram uma noite de cortesia com os dois investigadores que salvaram a taverna. Valeska, em especial, exigiu que precisaria de uma noite entre eles três.
Calixto observava aquela cena com um certo carinho. Apesar de suas ações terem levado a morte a inocentes que se encontravam na taverna Santo Corno, ele havia protegido um local que lhe era caro. Além disso, Fjord havia chegado tão repentinamente em sua vida, mas o tiefling sentia que podia confiar no companheirismo daquele meio-orc desajeitado.
— BEBIDA POR CONTA DA CASA! — Baldur gritou.Lvl 02 (40/200)
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