[H] Península da Progênise
Seg Out 05, 2020 7:52 am
Nível 9 Recomendado
Antes do Coração de Visydia, o que havia nas terras mais ao sul era um bosque tomado por longas planícies de árvores que fugiam completamente dos tons tão verdejantes presentes no âmago vysen. Os cânticos esquecidos pelo próprio tempo revelam que a península sempre foi um território muito sensível dentre todos os outros presentes na região conhecida por sua diversidade racial e cultural. Isso devido ao fato de desconhecidas forças desde os exórdios da formação territorial serem extremamente hostis, realizando conflitos intermináveis entre si mesmas que perduravam noites e dias inteiros, modelando cada detalhe dessa área como um artista pincela sua obra — cada relevo, cada fissura no solo de onde nascera um rio, cada penhasco coroado por flores delicadas.
Contudo, com o surgimento do Coração de Visydia, a situação tornou-se outra.
Das forças descontroladas, nasceram frutos extremamente específicos moldados não apenas para a região em si, mas por ela própria. Um trio de raças nasceu como se rasgassem o véu da inexistência e passassem a clamar cada vez mais partes desse mesmo território para os seus ideais, seja por conquistas através do derramamento de sangue ou por pura influência de poder, aos poucos a península foi se tornando um local cada vez mais hostil para aqueles que pouco conheciam a região. O que antes tratavam-se de bosques vívidos e tomados por grandes árvores de cerejeira, atualmente são arvoredos afilados, com poucas pétalas róseas cálidas, de troncos esguios e curvados e galhos retorcidos. Os relevos tornaram-se montes melancólicos, tomados pela vastidão e a incerteza do que se esconde no âmago da floresta taciturna.
Para além disso, o nevoeiro tornou-se algo comum na península. Seja devido à alta umidade presente dos arredores de alto-mar ou por pura ação daqueles que forjaram seu território, a espessa névoa age diferentemente dos gases de Infernal Glades — não é tóxica, mas carrega certa agonia e melancolia que combina em muito com os tons púrpuros e róseos presente nos cumes das árvores que, mesmo com tanta guerra e disputa, continuam a se manterem vivas como fios de esperança em meio ao esmorecimento tão presente no lugar. Mesmo de dia, o sol não é capaz de irradiar ao máximo e espantar o intrigante frio presente na península — por conta disso, as manhãs são, em sua grande maioria, nubladas, enquanto as noites completamente engolfadas pela algidez cruel.
Com alguma falta de sorte, talvez um forasteiro desavisado e encantado apenas com as maravilhas vysens perca-se pela morbidez da península encantando-se com o bailar das luzes bruxuleantes sob as folhas dos arboredos que brincam em tons púrpuros e róseos. Ainda que não seja um fenômeno facilmente explicável, bem como muito do que ocorre pelo território, talvez encontre acalento ao deparar-se com algum dos raros Ubi — seres que originaram-se na região, guias misteriosos e sábios que caminham perfeitamente entre os dois opostos tão conflituosos na progênise. São eles os representantes da verdadeira incerteza do lugar — a beleza na morbidez, a voz da morte em meio ao silêncio melancólico e o início como algoz de seu próprio fim.
De toda forma, descobrir vilarejos e cidadelas Azami podem trazer um bom presságio àqueles que precisam de alguns dias para recuperarem-se e seguirem adiante: tratam-se de criaturas imbuídas de características voltadas ao modelo humano, ainda que possuam chifres ou presas, bem afeiçoadas num geral e muitas das vezes até mesmo estonteantes pela aparência tão encantadora. Nem todos possuem ideais parecidos com os dos outros: por serem criaturas que possuem grandes fontes manariais, acabam seguindo por rumos filosóficos diferentes entre si e até mesmo guerreando quando necessário a fim de estabelecer um único senso.
Por outro lado, em nenhuma ocasião se é saudável encontrar com um Qishi. Contrapostos aos anteriormente apresentados, possuem características monstruosas, bestiais: chifres protuberantes, garras, presas enormes no lugar de dentes e músculos saltados. Tratam-se de criaturas vorazes, sedentas por sangue, com pouca fonte de mana a princípio e, por conta disso, precisam se alimentar o quanto antes para manterem-se vivos. Ingerem corpos muitas das vezes inteiros a fim de uma drenagem manarial bem sucedida com o intuito de manterem-se cada vez mais fortes.
Embora os três — tidos como Progênitos — sejam protagonistas do lugar, não são as únicas raças a serem encontradas. Para isso, talvez um pouco de coragem seja necessária para lidar com a face da morte em cada parte do nevoeiro em que se é envolto pelo desconhecido.
Contudo, com o surgimento do Coração de Visydia, a situação tornou-se outra.
Das forças descontroladas, nasceram frutos extremamente específicos moldados não apenas para a região em si, mas por ela própria. Um trio de raças nasceu como se rasgassem o véu da inexistência e passassem a clamar cada vez mais partes desse mesmo território para os seus ideais, seja por conquistas através do derramamento de sangue ou por pura influência de poder, aos poucos a península foi se tornando um local cada vez mais hostil para aqueles que pouco conheciam a região. O que antes tratavam-se de bosques vívidos e tomados por grandes árvores de cerejeira, atualmente são arvoredos afilados, com poucas pétalas róseas cálidas, de troncos esguios e curvados e galhos retorcidos. Os relevos tornaram-se montes melancólicos, tomados pela vastidão e a incerteza do que se esconde no âmago da floresta taciturna.
Para além disso, o nevoeiro tornou-se algo comum na península. Seja devido à alta umidade presente dos arredores de alto-mar ou por pura ação daqueles que forjaram seu território, a espessa névoa age diferentemente dos gases de Infernal Glades — não é tóxica, mas carrega certa agonia e melancolia que combina em muito com os tons púrpuros e róseos presente nos cumes das árvores que, mesmo com tanta guerra e disputa, continuam a se manterem vivas como fios de esperança em meio ao esmorecimento tão presente no lugar. Mesmo de dia, o sol não é capaz de irradiar ao máximo e espantar o intrigante frio presente na península — por conta disso, as manhãs são, em sua grande maioria, nubladas, enquanto as noites completamente engolfadas pela algidez cruel.
Com alguma falta de sorte, talvez um forasteiro desavisado e encantado apenas com as maravilhas vysens perca-se pela morbidez da península encantando-se com o bailar das luzes bruxuleantes sob as folhas dos arboredos que brincam em tons púrpuros e róseos. Ainda que não seja um fenômeno facilmente explicável, bem como muito do que ocorre pelo território, talvez encontre acalento ao deparar-se com algum dos raros Ubi — seres que originaram-se na região, guias misteriosos e sábios que caminham perfeitamente entre os dois opostos tão conflituosos na progênise. São eles os representantes da verdadeira incerteza do lugar — a beleza na morbidez, a voz da morte em meio ao silêncio melancólico e o início como algoz de seu próprio fim.
De toda forma, descobrir vilarejos e cidadelas Azami podem trazer um bom presságio àqueles que precisam de alguns dias para recuperarem-se e seguirem adiante: tratam-se de criaturas imbuídas de características voltadas ao modelo humano, ainda que possuam chifres ou presas, bem afeiçoadas num geral e muitas das vezes até mesmo estonteantes pela aparência tão encantadora. Nem todos possuem ideais parecidos com os dos outros: por serem criaturas que possuem grandes fontes manariais, acabam seguindo por rumos filosóficos diferentes entre si e até mesmo guerreando quando necessário a fim de estabelecer um único senso.
Por outro lado, em nenhuma ocasião se é saudável encontrar com um Qishi. Contrapostos aos anteriormente apresentados, possuem características monstruosas, bestiais: chifres protuberantes, garras, presas enormes no lugar de dentes e músculos saltados. Tratam-se de criaturas vorazes, sedentas por sangue, com pouca fonte de mana a princípio e, por conta disso, precisam se alimentar o quanto antes para manterem-se vivos. Ingerem corpos muitas das vezes inteiros a fim de uma drenagem manarial bem sucedida com o intuito de manterem-se cada vez mais fortes.
Embora os três — tidos como Progênitos — sejam protagonistas do lugar, não são as únicas raças a serem encontradas. Para isso, talvez um pouco de coragem seja necessária para lidar com a face da morte em cada parte do nevoeiro em que se é envolto pelo desconhecido.
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