[H] O Manancial

O Manancial se comunica com o coração daqueles que ouvem o som das águas.

Um dos afluentes mais importantes em toda Visydia encontra-se justamente na Península da Progênise, tratando-se de um dos pilares principais em parte da construção histórica da região e de sua cultura tão distante de todo o restante do território vysen. Os mitos antigos enraizados na região dizem que o Manancial é a estrada de todas as vidas para o pós-morte, mas não necessariamente os corpos devem ser jogado às águas. Primeiro, na cultura dos progênitos, os mortos devem ser enterrados no lugar que mais amam. A partir de então, deve-se colher uma hogu — espécie de flor de lótus imbuída de mana — que nasce ao longo de um vale específico na península para que, com um pedido final, seja colocada sobre a superfície do rio.

A flor de lótus boiando sobre a superfície do rio carrega o desejo para que a alma do finado seja guiada pela sua luz em meio à noite para o descanso eterno.

O jogo de palavras na composição de seu nome deriva também da questão manarial — dizem que banhar-se nas águas do rio durante certo período de tempo é o suficiente para restaurar suas fontes de mana. Além disso, sendo um fato ligado à sua origem, o afluente é, em poucas palavras, uma corrente constante de fonte mágica — dizem que há visões que podem ser tidas apenas de se observar a superfície das águas e, por conta de tamanha importância, existe uma importância quase que mítica a respeito de sua preservação. Diz-se que, com a escassez dessas águas, grande parte de toda a vida presente na Península também estará perdida.

As margens do Manancial são tomadas por rochas cobertas de limo e vegetação rasteira. Sua importância é grande para a divisão da península em dois pontos que são cruciais para todo o desenrolar da história da Progênise. Ao sul, atravessando o rio que cruza a parcela de território, encontra-se o temido lugar responsável por ser dominado por Qishi, aqueles que travam uma disputa territorial pela península com os Azami. Existem caminhos ao longo de todo o percurso das águas tomados por pedras e alguns bambús deitados que formam pontes seguras para a travessia.

Contudo, sabe-se que criaturas diversas utilizam o rio como habitat, sejam elas pacíficas ou não. Uma dessas, os Kawappa são vistos como guardiões das almas levadas pelos rios, contudo, boatos dizem que por conta dos Qishis, novos seres perturbam a paz do Manancial, afetando a harmonia que deveria ser mantida.